Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 10 de maio de 2011

Eis Porque Sou Contra o "Controle Social da Mídia"



Do Blog "Somos Andando" copio e colo o seguinte post. Volto depois.

Esgotaram as almofadas no mercado. Os consumidores, loucos pelo conforto, disputam a única que sobrou na loja aos tapas.

Almofada. Um objeto. Podia ser caneta, relógio, espelho, bolsa.
Mas na verdade são domésticas. Um objeto.
Na visão da Veja, um objeto. Exatamente isso. O preconceito de classe estampa a capa da Veja São Paulo, com a qual tive o desprazer de topar no aeroporto de Congonhas.
A matéria era a diminuição no número de empregadas domésticas. Pauta: trabalho. Em tantas matérias que tratam de questões trabalhistas, avalia-se o que muda na vida do trabalhador. Aqui não. Aqui, trata-se única e exclusivamente do conforto das donas de casa.
Repara ainda em outro detalhe: todas as personagens da capa são mulheres. Ou donos de casa ou dondocas ou domésticas. Porque quem cuida das coisas da casa, claro, são as mulheres, não importa se mandando ou obedecendo. Os homens nem tomam conhecimento a respeito, é assunto de mulher. Pff.
Os termos são sempre no feminino também, explicitando que quem trabalha nessas funções são sempre mulheres.
Preconceito de classe e de gênero em uma só capa de revista. Bingo.

Voltei.
O meu grande receio do chamado “controle social da mídia” é exatamente esse. Se a  Veja resolve -- porque isso interessa ao seu público consumidor --  fazer uma matéria para a classe média paulistana, a patrulha ideológica vai considerar “preconceito de classe e gênero”. Tudo vai ser pautado pelo discurso simplista (e perigoso) do “politicamente correto".

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