Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Viva o Bom Senso e a Razoabilidade, Pois Não Podemos Ser Radicais

Isso doi
Está havendo um grande terremoto nos corações e mentes da nossa certa esquerda complicada por conta dos últimos atos do governo Dilma, sobretudo a aprovação do Código Florestal com a participação de eminentes companheiros históricos petistas que -- parece -- viraram de lado e estão a votar com Ronaldo Caiado.

Estava lendo agora um post do RS Urgente -- Código Florestal: a luta entre a razão e a morte -- questionando o clichê de "que não podemos ser radicais".

Diz o post e meu pitaco, of course, vem depois:

Os meios de comunicação e seus profissionais funcionam, em sua maioria, como produtores, reprodutores e amplificadores dessa suposta usina de bom senso e racionalidade. Em um cenário muito, mas muito otimista, algum dia poderão ser considerados como criminosos ambientais. Mas ainda estamos muito longe disso.


Em 1962, Rachel Carson lançou “A Primavera Silenciosa” nos Estados Unidos, um livro que acabou forçando a proibição do DDT e despertou a fúria da indústria dos agrotóxicos. Está publicado em português pela editora Gaia. É um livro extraordinário e luminoso que Carson dedicou a Albert Schweitzer. “O ser humano”, escreveu Schweitzer, “perdeu a capacidade de prever e de prevenir. Ele acabará destruindo a Terra”. O deputado Aldo Rebelo talvez considere essa afirmação como uma típica expressão de um representante do imperialismo que já destruiu todo o meio ambiente em seu país e agora quer evitar que “exploremos nossas riquezas naturais”. Ele parece apreciar esse tipo de falácia. Schweitzer também disse: “O ser humano mal reconhece os demônios de sua criação”. Talvez seja esse o problema.


Tudo isso, obviamente, é vã e retrógada filosofia para os porta-vozes do bom senso. Hoje, eles dominam o debate público. Mas estão errados e propagam a mentira, não a verdade. Isso precisa ser dito assim, em alto e bom tom. São produtores de mentira, de irracionalidade e de morte. E a nossa sociedade vem consumindo avidamente esses produtos. Rachel Carson pergunta-se: “Estamos correndo todo esse risco – para quê? Os historiadores futuros talvez se espantem com o nosso senso de proporção distorcido”. A consciência da natureza da ameaça ainda é muito limitada, escreve ela. E conclui:

Precisamos urgentemente acabar com essas falsas garantias, com o adoçamento das amargas verdades. A população precisa decidir se deseja continuar no caminho atual, e só poderá fazê-lo quando estiver em plena posse dos fatos. Nas palavras de Jean Rostand: “a obrigação de suportar nos dá o direito de saber”.

É disso que se trata. A sociedade tem o direito de saber e o dever de decidir querer saber. Do outro lado, estão a mentira, a destruição do planeta e a morte

Meu Pitaco:

A busca do bom senso e da razoabilidade é um caminho sem volta. Assim caminha a humanidade que não necessita de lado, religião ou ideologia (apesar desse discurso ser..... ideológico). Isso faz parte do tão questionado mundo pós moderno, que muitos detestam, mas é fascinante.


Mas não se pode considerar razoável ou bom senso anistiar que dolosamente desmatou. Isso sim é um absurdo.

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