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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Só Falta Dizer Que o Corte Record nos Gastos Públicos é Culpa do Maldito "Neoliberalismo"


Muitos brasileiros  vêm dizendo -- faz muito tempo -- que o governo Lula aumentou consideravelmente os gastos públicos durante seus 8 anos de gestão.  E nosso pop ex presidente, seus militantes, partidários e simpatizantes  sempre alardearam que isso é papo de ceticista, direitista invejoso ou de neoliberal  e que nunca o governo do companheiro  deixaria uma herança maldita ou legado  de dívidas.

Mas como o tempo é o leme da verdade...

E depois das eleições realizadas, a consequente vitória da companheira, a  posse da presidente ou da presidenta, quando tudo parecia ingressar na calmaria, revela-se a notícia bombástica de que o governo vai bloquear gastos em torno de 50 bilhões de reais (é dinheiro para caramba) a título de "consolidação fiscal" nos gastos públicos.

Diz o governo que isso não vai afetar os gastos sociais ou obras do PAC.

D-u-v-i-d-o!

Porque mesmo que se faça todos esses cortes no orçamento da União dificilmente o governo vai atingir a meta de superávit primário (parcela da receita destinada ao abatimento da dívida pública)  de 3,1% do PIB -- que vem sendo, frise-se -- descumprida desde 2009.

Ou seja, a situação fiscal do estado brasileiro está muito mais próxima do desequilíbrio do que do equilíbrio. E a inflação, infelizmente, está a subir. Eis algo que ninguém quer. E ninguém está torcendo contra.

Hoje certos petistas estão a dizer que isso é resquício da crise de 2008, aquela da marolinha que não atingiu o Brasil.  Ou seja, o governo do Brasil -- leia-se Luiz Inácio Lula da Silva -- abriu demais a torneira dos gastos públicos de olho na eleição de Dilma.

A presidente, por sua vez, herdou sim uma herança maldita, da qual participou ativamente.

6 comentários:

Mínimo Ajuste disse...

Maia, amanhã, dia 11, festa de 1 ano de aniversário do Mínimo Ajuste. Vai lá assoprar a velinha :)
beijo
BF

Fábio Mayer disse...

O ministro Mantega afirmou que em 2011 as metas de superávit serão alcançadas sem artifícios contábeis e logo depois corrigiu dizendo que em 2010 foram alcançadas sem artificios contábeis.

Para bom entendedor.

Já se sabia desde meados do ano passado que o país precisaria fazer ajuste fiscal em razão do excesso de bondades no ano da eleição e do acumulo de despesas de custeio em cartões corporativos, cargos comisssionados demais e pouco controle sobre a operação da máquina pública, coisas que Dilma agora tenta consertar, apesar de que, para isso, terá que desconstruir a imagem de realizador perfeito de seu antecessor.

senna madureira disse...

A coisa aí tá preta....

É o que diz o WSJ aqui...

Começo a entender porque Lula escolheu a Dilma.

Pode ser que ela consiga arrumar a casa.

Carlos Silva disse...

É estranho, mas este seria o maior orçamento da história do Brasil. Com os cortes, ficou APENAS 4% ACIMA do anterior, que foi uma farra... e o ministro é o mesmo. Teriam eles inchado bastante para dar a impressão de austeridade nestes "cortes"? Para valer, ela deveria eliminar, no mínimo, uns 15 ministérios.

TARDE disse...

É isso ai, amigo. A Dona Dilma participou ativamente... e pensa que manda. É um triste espetáculo esse que o Lula proporcionou na hora de sua saída...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Bípede, temos todos de comemorar o primeiro de muitos anos do Minimo Ajuste.

Fábio, Senna, Buggyman, Tarde. Apesar de tudo, estou gostando dos primeiros dias do governo Dilma. Pelo menos, seu governo reconhece que tem de apertar os cintos. Seria melhor a extinção de alguns ministérios e outras medidas. Mas estamos torcendo...