Egipcias protestam em Telaviv, Israel contra Mubarak. |
500 apoiadores de Mubarak nas ruas do Cairo |
Sei que o Egito vive uma ditadura ou ditabranda de 30 anos. Sei que o povo está descontente com o custo de vida. o desemprego é generalizado. Sei que os twitters e facebooks da vida são armas importantes de mobilização no mundo dos nossos dias. Sei de tudo isso. Sei que ontem 1 milhão de pessoas protestaram contra o governo Mubarak. Sei que existe uma oposição democrática. Sei também - e isso me preocupa - os oportunistas radicais que estão louquinhos para transformar o Egito numa espécie de Irã, uma república fundamentalista islâmica. Sei que existem os inocentes úteis, que adoram vestir a grife Guevara, e que sempre acham que se um governo apóia ou é amigo do todo-poderoso americano, é um governo capacho. Melhor ser amigo dos americanos, do que do Ahmadinejad. Sei, também, que Mubarak -- que já conta com 82 anos bem vividos -- prometeu ontem não concorrer nas eleições de setembro. Sei que tudo é muito complicado - e complicado é uma palavra que não diz nada, mas diz tudo. Sei que quem esperou 30 anos pode esperar 8 meses. Menos de um parto. Sei que as eleições abertas, justas e democráticas sempre será a melhor saída para os grandes impasses. Fiquei sabendo hoje que os líderes oposicionistas querem mais, querem a saída imediata de Mubarak. Eles não querem esperar até setembro. Pois é tudo o que eu sei, por enquanto.
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