Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"Coisas de Fascistas"

Os 'bolivarianos', Chávez, Correa e Morales.


Anões bolivarianos

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Ao contrário do que pensam os paleontólogos, fósseis estão renascendo na América do Sul
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O ditador do Equador, Rafael Correa, "mandou prender" alguns jornalistas de seu país porque eles o chamaram de ditador. Será que vai mandar um grupo secreto de "Kommandos" equatorianos me prender também porque eu estou dizendo que ele é ditador?


Ao processar os jornalistas (com a ajuda de seu criado, "o juiz"), provou que a hipótese do periódico "El Universo" (sobre ele ser um ditador) estava certíssima. Aliás, o mesmo caso de poder judiciário vítima de um ditador ocorre na Venezuela.


Ainda bem que o Brasil (ainda) é uma democracia e não uma ridícula república bolivariana como alguns anões políticos estão querendo criar na América do Sul.


Devemos ficar atentos aos abusos de poder que este "señor" está praticando em seu país porque, ao contrário do que pensam os paleontólogos, fósseis estão renascendo nas Américas. Duvidas?


A democracia não é um regime baseado na "aprovação popular", ou como dizia o ancestral de todo populista de esquerda, Jean-Jacques Rousseau, "vontade popular".


Democracia é um regime que busca institucionalizar as tensões múltiplas de uma sociedade criando condições históricas de um convívio o menos violento possível (em termos físicos) entre os diversos grupos de interesse.


E, neste sentido, criar órgãos de controle da mídia baseados em ideias vagas como "preconceitos", "justiça social", "honra", "igualdade política", "consciência social", e outros croquetes ideológicos é papinho de fascista.


O novo "gênero" de fascismo é se travestir de "fascismo do bem". Um bom governante não é alguém que se acha redentor de um povo, pelo contrário. Quanto menos "ideia" tiver sobre "o que deveria ser" a sociedade que governa, melhor, diz o filósofo inglês Michael Oakeshott, morto em 1990.


Redentores políticos facilmente corrompem a liberdade, como é o caso de Rafael Correa e Hugo Chávez, em nome do que eles chamam "justiça social" -tenho alergia a esse mantra.


Ou mesmo no caso do Partido dos Trabalhadores no Brasil, que corrompe a máquina do governo ideologizando a corrupção, realizando-a sob a desculpa de que quem os critica é porque são da elite.


Corrupção sob a tutela da ideologia é "pior" do que corrupção pura e simples porque os corruptores neste caso se julgam acima da lei porque representam o "povo" contra "as zelite".


Gente mal informada acha que "festa da democracia" é quando um bando de caras pálidas corre pelas ruas quebrando tudo ou berrando palavras de ordem (o nome já diz... palavras de ordem... coisa de fascista). Não, "festa da democracia" é quando você vai a uma balada e não lembra que o governo existe.


Um bom governo é aquele que você não se lembra que existe porque quase nunca precisa dele. A competência de um governo se revela em sua quase invisibilidade ideológica.


O teor religioso e alienante de governantes como os anões bolivarianos do tipo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa salta aos olhos. Chama-me atenção como muita gente dita "politicamente consciente" ainda adere a tais fósseis políticos.


Veja, por exemplo, a veneração que a bela musa da primavera estudantil chilena confessou cultivar pelo anão bolivariano Morales da Bolívia. Não foi ele que decidiu legalizar carros roubados? A ideia, mesmo que não se realize, deve se alimentar em sua cabeça pré-histórica da noção de que "toda propriedade privada é um roubo", logo, legalizar carros roubados dos outros é um ato de "libertad"...


Daí eu supor que estamos todos enganados quando supomos que fenômenos como esses (refiro-me a este croquete ideológico chamado "socialismo do século 21") seriam objetos da ciência política ou da filosofia política. Não, deveriam ser estudados por paleontólogos da política.


Quando soube que uma das instituições políticas por trás da primavera estudantil chilena era o partido comunista, me perguntei: "Em que século estamos mesmo?"


Não consigo não ver nesses caras personagens como aqueles xamãs do neolítico (ou paleolítico?) que tinham crises histéricas e gritavam que males aconteceriam aos nossos ancestrais caso eles não rezassem para algum deus do fogo.

Artigo de Luiz Felipe Pondé na Folha de hoje.

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