Não nasci de óculos - nem de lentes. De manhã cedo, após ler o jornal, me debruço sobre a pia. Enquadro o olho esquerdo no espelho. Esse é barbada, na primeira oportunidade a lente se adere. Com a do lado direito é outra história, sempre é assim, diversas as tentativas. Sempre me pergunto, o que passa com meu olho direito?
Aos 25 passei a não enxergar mais as legendas no cinema, o nome da linha do lotação, o número do ônibus. O Doutor me prescreveu óculos. Juro que não fiquei tão chateado. Comecei a usar, mas sempre achei muito estranho. Tentei as lentes - não me adaptei com as primeiras, mas quando desembarcaram as descartáveis - tudo mudou. Eu as uso direto; coloco -- com alguns percalços -- de manhã cedo e só tiro quando vou dormir. Nunca durmo com elas, é que nem dormir de sapato.
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