O grande Ernest Hemingway posa ao lado das forças republicanas na guerra civil espanhola (1936/39) |
Por Quem os Sinos Dobram
Depois de ter assistido o último filme de Woody Allen me deu uma vontade louca de ler Ernest Hemingway. Então, fui buscar numa prateleira o clássico, "Por Quem os Sinos Dobram". É uma obra de 1940 desse escritor que se engajou nas fileiras republicanas na sangrenta Guerra Civil Espanhola (1936/39) que dividiu ideológicamente a Espanha. Robert ou Roberto Jordan talvez seja Hemingway, porque americano, professor de espanhol e engajado nas brigadas internacionais que tinham o apoio da antiga União Soviética. Não, o livro não exalta a babaquice do sonho esquerdista.
Ele faz uma análise ácida, com críticas à atuação extremamente violenta das tropas de ambos os lados: a direita auxiliada pelo governo fascista italiano e nazista alemão e a esquerda pelas brigadas internacionais e União Soviética. Critica também a burocratização e o panorama de privilégios rapidamente instaurado no lado da República.
Acima de tudo o livro trata, no entanto, da condição humana. O título é referência a um poema, e invoca o absurdo da guerra, mormente a guerra civil, travada entre irmãos. "Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade". (segundo a wikipédia)
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