Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Os "Sem Religião" Avançam no Brasil
Como ateu ou agnóstico (qual é mesmo a diferença?) só posso comemorar essa recente pesquisa do IBGE.
Leio na Folha, em matéria do Hélio Schwartsman, que "Os sem religião avançam nos extremos da pirâmide social".
Segundo a matéria, na década de 60, apenas 0,5% dos brasileiros se declaravam "sem religião". Em 2003 o número aumentou para 5,1% e em 2009 para 6,7%. 13 milhões de brasileiros se declaram "sem religião".
O detalhe interessante da pesquisa é que entre os brasileiros com menos de três anos de instrução, os irreligiosos são 7,3% (contra 6,7% na população). Já entre as pessoas com 12 ou mais anos de estudo, o número vai a 7,5%. O detalhe instigante é que, quando se consideram apenas mestres e doutores, a cifra salta para surpreendentes 17,4%.
Essa distribuição é compatível com um perfil de sem religião no qual ateus e agnósticos preponderariam nas camadas mais instruídas e pessoas com uma religiosidade indefinida e desinstitucionalizada reforçariam os estratos de menor escolaridade.
A correlação entre hiperinstrução e ateísmo está bem documentada em diversos trabalhos de diferentes países. Já o maior trânsito religioso é mais comum entre os menos escolarizados.
Até onde os sem religião podem crescer é uma incógnita. Se o Brasil seguir um padrão próximo ao dos EUA, é razoável esperar que, nos próximos anos, o número se aproxime dos 15%. Se o modelo for mais próximo ao da Europa ocidental, aí as cifras podem exceder os 40%.
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