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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Confonto que Emperra o Rio Grande


No fundo, no fundo, matéria de ZH elogia Tarso e critica Olívio

Muito boa a matéria de capa de Zero Hora deste domingo, gosto pelo confronto emperra o Rio Grande, uma grande verdade.

Tem gente que não gostou, como se lê aqui - Falácias, amnésia seletiva e má sociologia da RBS deseducam o “Rio Grande”

O grande ranço que certa esquerda tem com a ZH vem do governo Olívio, mas esse governo fez de tudo exatamente para atrapalhar o necessário empreendedorismo, afastou investidores, torceu o nariz para o capital e todos os projetos que haviam sido aprovados no governo anterior foram barrados. Um deles o projeto do cais do porto. Foi a partir dai que o RS começou a perder espaço para outras regiões. E as críticas que a ZH fez ao governo Olívio foram sim totalmente procedentes pelos motivos apontados acima. Olívio não fez uma revolução, ele foi eleito num regime capitalista e deveria ter respeitado as regras do jogo. Não respeitou. Rompeu com a Ford (e por favor não venham me dizer que foi FHC que mandou a Ford embora, porque bastava Olívio ter liberado os valores contratados para a multinacional, o que não fez) não fez o cais do Porto e muitos outros (bons) projetos foram arquivados.  Agora, com Tarso é diferente e bem diferente. Tarso está fazendo um grande governo exatamente porque é muiiiito diferente de Olívio. O artigo de ZH, no fundo, no fundo, é uma homenagem e reconhecimento a Tarso e uma rotunda crítica ao péssimo governo Olívio, que foi rejeitado até mesmo (vejam só) pelo seu próprio partido.

4 comentários:

guimas disse...

Outro post comédia? Vejamos:

Esse simplismo da matéria da ZH é o que mais me entristece na imprensa. Eu não gosto de ser tratado como imbecil. E a matéria foi escrita para imbecilizar quem lê.

Eu já dizia há tempos que não é o confronto que emperra o RS. É o pensar pequeno. E quem pensa que foi só o Olívio que pensou pequeno (e concordo em parte com isso), também é curto de idéias.

Dos últimos 16 anos (desde 95), tivemos só 4 anos de governo do PT. os outros 12 foram de uma coligação cujos principais objetivos são manter o status quo de seus aliados (a imprensa incluída), e impedir que o PT assuma o governo.

O governo Britto, o governo Rigotto e o governo Yeda pensaram pequeno todo o tempo. E só não viu quem não quis.

O RS perdeu espaço porque sua economia está emperrada nas mãos de uma elite financeira que pensa pequeno. Eu li a matéria, e independente de críticas que se faça ao PT e a Olívio, ela passa ao largo do assunto mais importante quando se trata de crescimento econômico, que é a macro economia. Não é um "sentimento" que faz o RS diminuir: são ações. E a maioria delas veio de governos anti-petistas.

Se alguém pensa que o RS está perdendo espaço no cenário nacional porque a Ford foi embora, tem a cabeça do tamanho de um amendoim. E, de novo, a Ford foi-se porque economicamente se tornou mais vantajoso ir a Bahia. Simples assim.

"Rompeu com a Ford (e por favor não venham me dizer que foi FHC que mandou a Ford embora, porque bastava Olívio ter liberado os valores contratados para a multinacional, o que não fez)"

Olívio foi eleito com a pauta de renegociar os contratos com a Ford e a GM. Sentar e renegociar os contratos foi uma promessa de campanha. Se discordas, paciência. Assim é a democracia. E não me diga que renegociar contratos é errado. Uma das âncoras da campanha de Serra foi renegociar todos os contratos do governo Lula, dito e redito várias vezes. Serra fez isso quando foi governador, e contratos renegociados foram assinados pelo Alckmin. Renegociar é legítimo e necessário, tanto no público como no privado.

Gelso Job disse...

Maia, se Olívio foi rejeitado até mesmo pelo seu próprio partido (o que não é verdade, a prévia existe exatamente para isso, para que OS FILIADOS possam decidir quem lhe representa e Olívio já tinha representado o partido 4 anos antes, nada mais justo que dar uma chance também a Tarso) o que dizer do seu (e da RBS) ídolo Britto que foi rejeitado 2 vezes pelo POVO GAÚCHO depois de ter mergulhado o RS nas trevas do neoliberalismo galopante. Menos mal que Olívio nos 4 anos subseqüentes conseguiu amenizar o desastre, ainda que passasse todo o mandato sendo sabotado pelo governo FHC, pela oposição selvagem e pela mídia rebessiana.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas e Gelso, vocês estão esquecendo que nos governos Britto e Yeda ( e um pouco menos no morno do Rigotto) a oposição do PT foi truculenta. Essa guerra onde o PT sempre está no meio é que emperra o desenvolvimento do RS. Ainda bem que Tarso -- espero -- está mudando essa lógica. Temos que ultrapassar essa imbecil luta ideológica que existe no RS.

guimas disse...

Maia,

E daí que houve oposição do PT? Até parece que o Olívio teve uma oposição que foi menos dura. Não foi, e quem pensa que foi está fechando os olhos. O pior cego é o que não quer ver.

Tanto faz. O que acontece é que, politicamente, há confronto, como há em qualquer lugar do mundo. O problema é justamente o que colocas na tua resposta. Quando o PT é oposição, é truculento. Os outros, não faz mal. Quando os empresarios emperram as coisas, a culpa é do governo. Quando o governo emperra, a culpa é do PT, esteja na situação ou na oposição.

Tem muito pensar pequeno no RS, principalmente dos setores mais ricos da sociedade, e é isso que emperra tudo. O confronto é um coadjuvante, e não dos mais importantes.