Ronaldinho criança vestindo a camiseta do clube que o formou. |
Leio no Blog Alfabetizados Políticos um post sobre o caso Ronaldinho com o título: Novela Ronaldinho e o arroubo ético na imprensa brasileira, com a colaboração do estudante de comunicação Rodolfo Mohr do Blog Jornalismo B. O artigo critica a postura ética da grande mídia que sempre defendeu o capitalismo e seus valores. Em suma, o artigo diz isso, meu pitaco vem depois.
"Todos os valores capitalistas difundidos e defendidos pelos meios de comunicação de massa a exaustão acima de qualquer valor humano foram esmagados pelas reações populares diante das atitudes mesquinhas e canalhas cometidas pela dupla Assis Moreira, big e little brothers."
O post peca pela generalização. Capitalismo é processo e, como tal, está sempre em dinâmica transformação. Assim caminha a vida, nos ensinou Hegel, o pai da dialética. Eu não conheço ninguém que defenda, hoje em dia, idéias retrógradas como "a volta do capitalismo selvagem". Muito embora tenha alguns amigos liberais (como também tenho de esquerda) nenhum deles defende a liberdade absoluta e o total livre mercado. Quem assim pensa está defendendo idéias do século XIX. Numa sociedeade complexa e difusa o mercado tem de ter sua regulação e seus padrões de conduta. Vivemos na época do estado regulador. E existem, portanto, regras de negociação, as quais foram quebradas pela família Assis Moreira. Uma delas é que quando se fecha todos os detalhes de um acordo as partes tem a obrigação moral de fazer cumprir o que ali ficou estabelecido. O que fez Roberto Assis? Após acertar os detalhes contratuais, primeiro com o Palmeiras e depois com o Grêmio corria para o celular e digitava torpedos conclamando a concorrência a fazer propostas. Assis quebrou as regras morais do mercado, do capitalismo e da concorrência e isso é inadmissível.
A família Assis Moreira pensa que o Brasil ainda continua respirando os ares do capitalismo selvagem. Não estamos.
5 comentários:
Eu, como adepto, teria gostado de ver um dos melhores a regressar ao clube que o fez. Mas se te serve de consolo, amigo Maia, o Ronaldinho neste momento é um bluff. Pesado, alcoólico, mau profissional. Eu gostava dele era no escrete sob o comando do Scolari, e nos primeiros dois anos de Barcelona. O resto é o eterno caso de "puto estúpido".
Um abraço
Maia
Não há razão para comportamentos e arroubos apaixonados nos dias de hoje, especialmente quando o assunto é fubebol-negócio.
Estranho as suas manifestações.
O Gremio, como instituição, é muito maior que o Ronaldinho ou qualquer outro jogador que tenha passado por lá.
Tive acesso a uma minuta do contrato proposto pelo Gremio, que o Avila me mostrou.
É uma piada
Parece os compromissos do Governo Lula contando com os recursos do "Pre-sal", ainda enterrados no alto mar da Bacia de Campos.
Se eu fosse o Assis, vendo minha familia ameaçada, MOSTRARIA O CONTRATO AO PÚBLICO,
O presidente do Gremio está extrapolando, ao incentivar o ódio junto a torcida.
Conclamando selvageria contra a família do jogador, estabelecida em POA.
Seria os gauchos um bando de selvagens e ignorantes que entendem o orgulho ferido pelo Ronaldo ??
Não.
Claro que não.
O povo do Rio Grande do Sul deveria ficar com vergonha de passar a hipótese que pode cometer alguma coisa desse tipo de não civilidade.
Esse idiota que preside o Gremio deveria ser preso.
Ronaldo vai passar, Maia
O Gremio vai ficar para todo o sempre no amor e respeito de metade do povo do Rio Grande do Sul
No capitalismo, não há espaço para o que a dupla fez. Este espaço é dado em um capitalismo capenga como o nosso, onde existe a lei de Gerson (pobre Gerson...), a vantagem a qualquer custo. Em uma civilização decente, estes pulhas não teriam espaço para fazer o que fizeram. Aliás, foram escorraçados de uma... De qualquer maneira, ligar o esporte a um atleta baladeiro é um erro grave, não do clube, do esporte em si, do ídolo, do que ele representa para jovens em formação.
Afinal, qual a lição que ficou? Que vale a pena ser como eles são... nosso povo é corrupto por natureza. Pode até não fazer, mas preza e valoriza quem faz.
O Grêmio jogou com o "amor pela camisa" apenas para conseguir pagar menos. Só isso.
O resto é teatrinho dos dirigentes para não ficar mal com a torcida.
Pessoal, obrigado pelas manifestações. Acho que o Grêmio - seu presidente Paulo Odone -- se precipitou. Tentou levar vantagem em cima do Milan. Mas quem saiu chamuscado moralmente com todo o episódio foi R10 e A$$i$.
Postar um comentário