A saga da família de Peppino Terranuova é contada por Tornatore em Baarìa
Giuseppe Tornatore nasceu em Bagheria (Baarìa em Siciliano) na Sicília e seu último filme conta a evolução, o progresso e a modernização (!) de sua cidade, a saga de uma família, o encanto das pessoas do sul da Itália. O fascismo, a máfia, os comunistas que -- dizem -- comem criancinhas. E as criancinhas, inclusive Tornatore (que inicia e termina o filme) que correm pela rua empoeirada de todos os tempos, marcando seu espaço, suas conquistas e suas imagens. As cenas hilárias, o moribundo, a caminho da morte, que pede para escreverem -- porque ele pode esquecer -- os recados aos que já morreram. O homem que entra na farmácia a procura de um remédio para acabar com sua vida. O farmacêutico que prepara numa taça -- com toda a calma e serenidade-- o líquido negro que o homem bebe até a última gota. O cambista que compra dólar no meio do comício dos comunistas. "Estamos todos bem", "Cinema paradiso", Sempre aos domingos" Baarìa é uma mistura boa de todos esses filmes, fotografia maravilhosa, música cativante, elenco de primeira linha. Vida longa ao siciliano Giuseppe Tornatore. Recomendo.
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