Esses soldados afegãos são do bem. Eles são do Exército Nacional Afegão que vem auxiliando o Exército Americano na guerra contra as forças do mal: os terroristas insurgentes ligados ao Taleban
Os insurgentes -- seja no Iraque ou no Afeganistão -- não querem saber de ajuda humanitária, porque eles entendem que as pessoas que prestam esse tipo de ajuda são cúmplices e colaboracionistas das forças de ocupação.
Exemplo vivo do que estou dizendo é o que ocorreu esta semana.
O Taleban atacou grupo médico no Afeganistão e matou dez pessoas. Segundo a Folha de hoje: Oito vítimas eram estrangeiras (seis americanos, uma britânica e uma alemã), e as outras duas, intérpretes afegãos. Eles eram médicos, enfermeiros e técnicos voluntários da ONG cristã Missão de Assistência Internacional (IAM, em inglês), informou o diretor da organização baseada em Cabul, Dirk Frans.
O Taleban assumiu a responsabilidade pelas mortes. O único sobrevivente do grupo, um motorista afegão, afirmou à polícia ter recitado trechos do Corão no momento em que seria assassinado. De acordo com o motorista, os militantes perceberam, então, que ele era muçulmano e o libertaram.
A polícia disse que habitantes locais advertiram a equipe de que ela poderia ser alvo de ataques na região. Entretanto, conforme o relato do sobrevivente afegão, eles disseram que estariam a salvo por trabalharem com ajuda humanitária. Porta-voz do Taleban, Zabihulá Muyahid afirmou que os integrantes do grupo médico foram mortos porque eram missionários cristãos e porque espionavam para os Estados Unidos.
Ele disse que o grupo levava Bíblias em dari, uma das línguas oficiais do Afeganistão, e mapas e sistemas de transmissão a serem usados para espionagem. "Quando nossa patrulha os encontrou, tentaram escapar e foram executados", disse ele.
A IAM informou que eles trabalhavam em hospitais oftalmológicos na capital Cabul, Herat, Mazar-i-Sharif e Candahar. Em nota, a ONG disse que a "tragédia impacta a nossa capacidade de continuar servindo o povo afegão, como a IAM tem feito desde 1996". "Esperamos que ela não interrompa o nosso trabalho, que beneficia mais de 250 mil afegãos."
A ONG negou a realização de atividades missionárias ou de espionagem.
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