Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Back Home
Pois estou de volta direto para a minha rotina. Muitos questionam, com razão, por que motivos fui parar em Orlando e Miami? Ora, caramba, algumas circunstâncias da vida nos faz aterrisar na Flórida. Desde 1993 não desembarcava nos EUA e posso dizer - hoje - que a viagem valeu a pena, apesar do calor impressionante e das multidões.
Sempre fui um defensor dos EUA e continuo sendo, mas com mais reservas do que antes. Penso que o chamado "american way of life" tem graves problemas e o principal deles é a própria filosofia de vida, a forma como parte considerável do povo americano encara a vida: em sua maioria é um povo sedentário, circula apenas de carro, come exacerbadamente, faz pouquíssimo exercícios físicos e tem muita titica na cabeça. Circulei 9 dias pela Flórida e não consegui enxergar nenhuma livraria.
Mas é uma civilização que, apesar de tudo, conquistou avanços sociais invejáveis. Com exceção de alguns bêbados cambaleantes nas ruas de South Beach em Miami não vi nenhuma miséria e pobreza. Por outro lado, vi muitas pessoas idosas e deficientes físicos trabalhando e isso realmente chama a atenção. Outro aspecto a ser destacado é a quantidade de casais de raças diferentes, consolidando os EUA como país multirracial. E, por incrível que pareça, nos EUA após 9/11, apesar de todo o preconceito, são vários americanos (brancos, loiros e de olhos verdes) que estão ingressando na religião muçulmana. Cat Stevens está fazendo adeptos. Pena que não tirei uma foto de uma mulher de burka entrando com dois filhos loiros num Wal Market da vida.
O serviço público funciona razoavelmente, as estradas são maravilhosas, o centro da sociedade é o automóvel. Impossível ter qualidade de vida, numa cidade mediana americana, sem automóvel. Impossível. Nas ruas, nas calçadas se vê pouquíssimas pessoas circulando. E todas as cidades são iguais, estandartizadas, com grandes avenidas, lojinhas do Mac Donald's, Burguer King, Kentucky Fried, Wendy's, Taco Bell, Pizza Hut e hoteis das redes Best Western e Comfort Inn e carros grandes, muitos carros grandes, para todos os lados, circulando pelas Highways.
Evidentemente que esse conceito é genérico e algumas cidades são completamente diferentes: NYC, Chicago, Miami e San Francisco.
Resumo da Ópera, as circunstâncias da vida nos levam a Flórida, mas não pretendo - a exceção de Miami - voltar tão cedo para lá.
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2 comentários:
Gde Maia, adorei as tuas descrições da Florida e dos EUA. Tenho pensado bastante no teu blog também porque aqui em Portugal a atenção mediática sobre as eleições presidenciais no Brasil é cada vez maior (não esquecer a enorme comunidade Brasileira que vive cá).
Boa sorte para o Grémio. Detestaria ver o clube que produziu o Ronaldinho Gaúcho, entre outros, na desgraça...
Pulha, não tenho falado muito sobre as eleições no Brasil aqui no Blog, até mesmo pela viagem. Pretendo retomar o tema. Aqui praticamente a Dona Dilma está eleita. No Brasil o Lula é uma espécie de super homem.
Abraços
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