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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Caos da Ponte do Guaíba e a Solução Lisboeta

Ponte Vasco da Gama, com 17 km, construida em 1998 na região de Lisboa


Tower Bridge em Londres, uma de muitas pontes sobre o rio Tâmisa.


Porto Alegre é refém de uma ponte que liga a região sul do RS.

Falta um pouco de vivência e conhecimento aos nossos blogueiros de esquerda. O Diário Gauche -- que faz campanha para manter o status quo da Ponte do Guaíba e ataca sistematicamente o grupo RBS porque está fazendo campanha para construção de uma nova ponte --, está a comparar a situação da ponte do Guaíba com a da Tower Bridge sobre o rio Tâmisa, onde existem várias, dezenas de pontes. No Guaíba, entre Porto Alegre e região sul existe apenas uma ponte e com vão móvel e quando ela não funciona o caos é generalizado. Uma nova ponte deve ser construída sobre o Guaíba. Isso é urgente.

Podemos comparar a situação de Porto Alegre com a de Lisboa. Havia apenas uma ponte ligando Lisboa à região sul de Portugal, a ponte 14 de abril, que fica próximo de Belém e que liga ao outro lado do Tejo, em direção a Setubal. Com a Expo 98, em Lisboa, se construiu, em 1998, a ponte Vasco da Gama com 17 km. Ou seja, se aproveitou um acontecimento que atrai muitos turistas para se construir uma nova ponte.

Nesse sentido, há um projeto de se fazer uma ponte mais comprida ligando Guaíba a região sul de Porto Alegre, perto do Lami e Viamão. Mas aqui no RS é tudo complicado. Basta falar em um projeto mais auspicioso que os mesmos de sempre caem em cima. Isso aconteceu com o Pontal do Estaleiro, com o bairro que poderia ser formado em frente ao Beira-Rio, no terreno da FASE, na região do porto de Porto Alegre. Os que contestam e não querem ver grandes obras são sempre os mesmos. Será apenas coincidência?

6 comentários:

guimas disse...

Acho que não entendeste o que o Diário Gauche está dizendo.

A manutenção da ponte do Guaíba é de responsabilidade da Concepa. Se a ponte causou este transtorno, a responsabilidade é da concessionária, que obviamente não efetuou a manutenção com competência. E não me venha com essa de que a ponte é antiga demais - a Tower Bridge, em Londres, é mais antiga e funciona. Ou querem insinuar que a ponte não tem mais jeito, deve ser destruída e reconstruída "mais moderna"?

A ZH fez uma matéria gigantesca para eximir esta responsabilidade de manutenção e exigir novas obras.

Precisa-se uma nova ponte? Pois bem, que se faça o projeto, estudos, etc. Mas uma ponte dessas não se faz em um ou dois meses. Até a nova ponte ficar pronta, a Concepa tem o dever de manter a ponte antiga funcionando.

Como está, é revoltante. Pagamos um pedágio caro para ouvir a concessionária tirar o corpo fora e fazer campanha por uma nova ponte (pedagiada por eles, também?). Concessão assim eu também quero: recolho a grana e quando há um problema deste tamanho, transfiro a responsabilidade para o Estado. Que moleza, hein?

E depois, há outras soluções: por que não temos uma barca no Guaíba?

Carlos Eduardo da Maia disse...

Uma das coisas que concordo com Tarso Genro é a revisão dos pedágios no RS. Isso tem de ser feito. A Concepa é responsável pela ponte sim, mas o RS necessita de outras alternativas. E o DG é useiro e vezeiro em torcer o nariz para os grandes projetos no RS e isso é muito irritante.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Aliás, Tarso não defende revisão, mas nova licitação e estou de acordo com ele, inclusive com participação de empresas multinacionais, como ocorreu na licitação do governo federal em SP.

guimas disse...

"E o DG é useiro e vezeiro em torcer o nariz para os grandes projetos no RS e isso é muito irritante."

Bom, comparar a irritação do tráfego parado por um tempão e todo aquele transtorno com as opiniões do DG é meio.... estranho.

E, como disse antes, o ponto não é o de criticar o projeto da nova ponte, mas de criticar a Concepa, e com toda a razão. Passar a mão na cabecinha deles como a RBS fez é um desaforo.

Quanto ao Tarso, ótimo, não tinha lido a respeito ainda. Os pedágios no RS são caros porque foram feitos por indicação política, quase. Outro desaforo que a Dna. Yeda quase passou pra gente.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, esse depósito sempre criticou Yeda por aquela proposta irresponsável de renovar as concessões dos pedágios. Tem sim de se fazer novas licitações. É assim que o sistema funciona. Quanto mais licitações se fizer, ao término dos contratos que devem ser longos, mais condições teremos de baixar os preços e melhorar as contrapartidas.

Anônimo disse...

é que fazer uma conta curvada verticalmente é muito impensável neh. parabéns gauchada