Como o tempo é o senhor da razão, o colégio Tiradentes se espraia pelo RS afora. Vão ser criadas novas unidades em todo o interior do estado. Uma beleza.
E hoje uma entrevista do Sr. João Carlos Feix, que era chefe do departamento de coordenação das regionais da SEC do governo Olívio, Feix explicou a tentativa de desmilitarização, como se lê na Zero Hora.
Essa entrevista, sublinho, ela demonstra muito bem como setores do PT tem ainda idéias caducas para um Brasil melhor e possível. Diz o 'companheiro':
ZH – Como o senhor vê a expansão do Tiradentes, ao contrário do que o governo Olívio propunha?
Feix – São políticas de governo. Não faríamos investimento em escolas diferenciadas, investiríamos na escola pública como um todo.
ZH – Por que a tentativa de desvincular o Tiradentes da BM?
eix – A busca era que todas as escolas fossem de excelência. A proposta inicial do Tiradentes, de preparar para a carreira na BM, estava perdida. Além disso, a seleção excluía muita gente. Tratava-se de uma escola de excelência para privilegiados.
ZH – Por que o rendimento do Colégio Tiradentes é melhor?
Feix – Eles têm uma carga horária superior, com turno integral. É evidente que isso significa investimento maior por parte do Estado. Quiçá pudéssemos constituir toda a rede com a qualidade do Tiradentes. O que considerávamos injusto era dar atendimento privilegiado a um grupo pequeno.
Resumo da ópera: se tem um colégio público bom, que funciona bem ele deve ser remodelado para ser inserido no meio de todos os outros que funcionam de forma medíocre e ruim. O gestor público tem a obrigação de melhorar a qualidade do serviço público e é um erro crasso fazer isso nivelando todos os serviços no mesmo grau de mediocridade. Não se pode nunca nivelar por baixo, o gestor público deve nivelar sempre pelo melhor padrão de serviço e atendimento, como faz a escola Tiradentes. Esse é o típico ranço fora de moda que está embutido nas algemas cerebrais de parte razoável do PT, esse partido que adora se olhar no espelho.E detesta fazer autocrítica ou receber qualquer tipo de crítica.
5 comentários:
Na verdade, era uma escola militar e petista odeia militar. É bem mais simples do que se imagina. Se tiverem a chance mudam os nomes de ruas que homenageiam militares, derrubam monumentos, tiram os coturnos da BM e os vestem em uniformes cor-de-rosa.
Não é difícil entender a lógica petista.
O Colégio Tiradentes ( não conheço) O PT gaúcho e o caso todo (no passado) me parecem pequenos demais para validarem a generalização que vc tenta. O PT não é perfeito, mas com certeza é mais eficiente e a contabilidade de resultados é sempre positiva.
Não, não gostamos de críticas,talvez porque o que fazemos é com amor e orgulho, mas quem sem cinismo gosta de criticas?
Gostamos sim de sugestões.
Charlie,
Sim o PT não gosta de militares, mas só quando eles querem assumir funções que não são da alçada deles; Como governar ou ensinar.
"Não é difícil entender a lógica petista."
O Estado não pode elitizar a educação cara-pálida. Tem o dever de tratar a todos com igualdade de condições.
Zé, uma sociedade verdadeiramente democrática tem de estar aberta às críticas. Nâo é isso o que acontece no mundo bolivariano e iraniano (as contas google foram definitivamente proibida no país do companheiro Ahmadinejad, o iraniano não pode mais fazer Blog pelo Blogger) que o Brasil do seu Luiz Inácio gosta de estabelecer relações amistosas.
André, não existe sociedade perfeita. A ambição de um bom gestor público é alcançar a igualdade, mas sem podar as iniciativas. Uma coisa (a igualdade de todos) não é argumento para que se modifique uma gestão de escola pública que sempre deu certo. Sabe qual o problema da Tiradentes? Educação com turno integral e com bom nível de ensino, o que não ocorre em 99% das escolas públicas brasileiras que são, infelizmente, uma vergonha. E este Brasil só vai mesmo para frente quando investir em um bom padrão de educação e nunca faremos isso se nivelarmos por baixo, nos padrões que estamos (falo deste governo e de todos os outros) nivelando.
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