Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

E Ninguém Tem Razão









Dei férias ao computador nos últimos dias e quando fiquei sabendo da ofensiva terrestre de Israel sobre a faixa de Gaza corri para a CNN. Por que a CNN é a CNN? Porque ela é rápida, eficiente, mostra a imagem e a opinião real. E o expectador tem condições de conferir quase que de perto a realidade. E a CNN mostra os lados. Palestinos e Israelenses e simpatizantes de ambas as causas dão suas opiniões. E a gente fica com a estranha sensação de que ninguém tem razão.

4 comentários:

Anônimo disse...

Isso mesmo Maia, ninguém tem razão... só que há mais de 500 mortos de um lado (por enquanto) e menos de 10 de outro. Crianças, velhos e mulheres assassinados, uma cidade invadida, vilipendiada, escura, sem água ou alimentos, com esgoto a céu aberto, infestada de cheiro de morte, fronteiras fechadas, hospitais em colapso, todos indefesos como insetos numa dedetização.A imprensa proibida de mostrar o desespero de uma população inteira massacrada por uma máquina de destruição militar só comparável às maiores potências do mundo (para um país com 7 milhões de habitantes), a só "informando" a partir da conversa psicopata do governo israelense. Mas o que vc consegue dizer pra resumir tudo isso é: ninguém tem razão... talvez porque todos tenham bons argumentos... como os tinham Stalin, Pinochet ou Hitler. Fazer a crítica do genocídio depois que passou é fácil, né? Quem se cala perante um massacre desta magnitude, Maia, independente de suas cores ideológicas, merece desprezo. Quando há massacre, não há dois lados e nem há que se buscar quem tem razão; e agora o que está havendo é um massacre. ACORDA.

Anônimo disse...

Com certeza a situação é um imbróglio do cão. Tenho restrições com relação a Israel, principalmente no que diz respeito à forma de sua criação (sustento aquela polêmica tese que reza que o Estado deveria ter sido fundado na Renânia alemã), assim como aos árabes da região. Nem vou fazer algum comentário cabeça ou aprofundar a questão, mas constatar alguns fatos:

Israel é uma realidade, e demandar por sua destruição é absurdo.
Os palestinos precisam de um Estado próprio e independente, tanto quanto os judeus.
Na guerra, pessoas morrem. Principalmente do lado mais fraco.
No caso específico do conflito atual, Israel não poderia não fazer nada com relação ao Hamas, e o Hamas não atende aos meios diplomáticos.

A real é que esta situação de constante beligerância não vai acabar. Nunca. Aquela região está conflagrada desde sempre, e se por acaso a situação entre Israel e seus vizinhos algum dia chegar a bom termo, outro problema vai aparecer e eles vão continuar fazendo aquilo que eles fazem melhor. Se matar.

Anônimo disse...

E sobre as baixas, rápidos comentários. Gaza é um lugar apertado e cheio de gente. Impedir que baixas inocentes não aconteçam é algo perto do impossível, mesmo com a tecnologia disponível hoje. Mas, por mais cruel que isso possa parecer, esse fato não pode ser um impedimento de uma resposta a um grupo terrorista que defende abertamente a destruição de outra nação, e pratica ataques com regularidade.

É como proibir a polícia de subir o morro para combater o crime alegando que muita gente vive ali. Oras! Ou se entrega o morro aos traficantes ou se credita as mortes aos próprios traficantes.

O crime está em usar mesquitas, escolas e pessoas como escudo. E é isso que faz o Hamas. OU NÃO?

Carlos Eduardo da Maia disse...

Maurício, a situação é delicada. O ataque é desproporcional. Mas por que existe o ataque? Ninguém tem razão quando o radicalismo toma conta da política.