Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Os deuses estão loucos
O forte terremoto de 8,8 graus no Chile é a demonstração cabal de que os deuses não estão satisfeitos com os humanos. 147 pessoas morreram no país mais desenvolvido da América Latina. Se fosse no Haiti o saldo de mortos seria muito maior.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Vamos Filosofar?
Antígona contraria o rei e enterra o irmão.
Em Busca do Carpe Diem
Não quero ser aqui um conselheiro sentimental da revista Contigo. Não tenho essa pretensão. Estive lendo alguns livros, revendo certas anotações a respeito de como se viver uma vida melhor. Não, não se trata de receitas que se encontra em livros piegas de "auto ajuda", mas de filosofia. A nossa vã filosofia. O meu guru, o filósofo Luc Ferry, parece que acertou na mosca. Ele, como bom estóico, recorreu a sabedoria dos mitos gregos. Pois os gregos compreendiam muito melhor o universo do cosmos do que nós, os modernos, influenciados pelo pensamento judaico cristão. Infelizmente temos esse vício. Mas qual, afinal, a receita para viver uma vida boa, pois é isso o que efetivamente importa para todo mundo. É ou não é? Nós temos uma dificuldade imensa de aceitar nossa própria existência, o mundo que vivemos estamos embutidos. Pensamos muito na história que passou e no futuro que virá. Fazemos planos, temos receios, nos preocupamos e nos estressamos em face disso. Temos, sobretudo medo líquido, sólido e gasoso. Como disse Ferry: dois males pesam sobre a existência humana, são dois freios que bloqueiam e impede o pleno desabrochar resultante da vitória contra o medo, a nostalgia e a esperança, a vinculação com o passado e a preocupação com o futuro. de não aceitarmos o mundo que vivemos e estamos embutidos. O passado permanente, a "paixão triste", como diria Espinosa, a nostalgia nos puxa para trás, quando lembramos do passado bom. E quando a história foi dolorosa gera rancor, remorso, arrependimento, culpa. Nós, personagens do mundo moderno imaginamos que podemos nos livrar do peso do mundo e da nossa existência adquirindo uma Tv LCD, um mp3, um novo computador, um carro, fazendo um novo corte de cabelo, comprando uma linda calça amarela e um sapato de bico redondo. Pensamos que se assim fizemos tudo vai melhorar. Vivemos um engodo, porque passamos o tempo todo nos desvindo do momento presente e isso nos impede de viver plenamente. Os atrativos do passado e as miragens do futuro são focos permanente de medo e angústia e não há obstáculo pior para a vida boa (ou a boa vida) do que o temor. Em resumo bem resumido, precisamos saber aprender a viver sem nostalgia do passado e sem receio supérfluo em relação ao futuro. Essas dimensões do tempo -- se pararmos melhor para refletir vamos nos dar conta disso -- não existem, não tem existência. O passado não existe mais e o futuro ainda não chegou. Vejamos o tadinho do Édipo que foi abandonado pelos pais Laio e Jocasta em Tebas, porque as previsões do futuro, as profecias do oráculo diziam que ele iria matar o pai e se casar com a mãe e lá se foi ele tentar a vida em Corinto. Mas um dia ele resolve passear por Tebas e, por acaso, briga com um senhor na via e o mata, esse senhor era Laio. E depois de decifrar o enigma da esfinge -- o que nenhum humano até então tinha condições de fazer -- ele se casa com Jocasta e se torna rei. Édipo rei que não imagina nada disso, vive bem, vive muito bem, com sua esposa mãe Jocasta por 20 anos. Vida boa, vida mansa, vida amorosa, de glória e felicidade até que um dia a tragédia chega a sua porta, porque toda a verdade vem a tona. A base de construção da felicidade de Édipo, a morte do pai e o casamento com a mãe, se tornou o princípio fatal da própria tragédia. Como diz Ferry: deve-se aproveitar a vida enqanto ela é boa, enquanto se está bem. Essa tragédia de Édipo originou outra tragédia, a da pobrezinha da Antígona, filha de Édipo e Jocasta que contrariou o rei de Tebas, Creonte e foi enterrar o irmão e, por ter feito isso, foi condenada a morte, mas se suicidou antes da execução -- que havia sido depois cancelada. As tragédias da vida existem, já existiram e poderão existir. Elas podem fazer parte do nosso passado, da nossa herança, podem chegar no nosso futuro, o que nos gera medo. Mas como superar isso? Os gregos antigos parece tinham razão. Uma frase pode sintetizar bem isso: o verdadeiro sábio é aquele que, em qualquer circunstância, consegue esperar um pouco menos, lamentar um pouco menos e amar um pouco mais, como disse outro filósofo francês, André Comte-Sponville, que resume muito bem o espírito da sabedoria grega.
Em Busca do Carpe Diem
Não quero ser aqui um conselheiro sentimental da revista Contigo. Não tenho essa pretensão. Estive lendo alguns livros, revendo certas anotações a respeito de como se viver uma vida melhor. Não, não se trata de receitas que se encontra em livros piegas de "auto ajuda", mas de filosofia. A nossa vã filosofia. O meu guru, o filósofo Luc Ferry, parece que acertou na mosca. Ele, como bom estóico, recorreu a sabedoria dos mitos gregos. Pois os gregos compreendiam muito melhor o universo do cosmos do que nós, os modernos, influenciados pelo pensamento judaico cristão. Infelizmente temos esse vício. Mas qual, afinal, a receita para viver uma vida boa, pois é isso o que efetivamente importa para todo mundo. É ou não é? Nós temos uma dificuldade imensa de aceitar nossa própria existência, o mundo que vivemos estamos embutidos. Pensamos muito na história que passou e no futuro que virá. Fazemos planos, temos receios, nos preocupamos e nos estressamos em face disso. Temos, sobretudo medo líquido, sólido e gasoso. Como disse Ferry: dois males pesam sobre a existência humana, são dois freios que bloqueiam e impede o pleno desabrochar resultante da vitória contra o medo, a nostalgia e a esperança, a vinculação com o passado e a preocupação com o futuro. de não aceitarmos o mundo que vivemos e estamos embutidos. O passado permanente, a "paixão triste", como diria Espinosa, a nostalgia nos puxa para trás, quando lembramos do passado bom. E quando a história foi dolorosa gera rancor, remorso, arrependimento, culpa. Nós, personagens do mundo moderno imaginamos que podemos nos livrar do peso do mundo e da nossa existência adquirindo uma Tv LCD, um mp3, um novo computador, um carro, fazendo um novo corte de cabelo, comprando uma linda calça amarela e um sapato de bico redondo. Pensamos que se assim fizemos tudo vai melhorar. Vivemos um engodo, porque passamos o tempo todo nos desvindo do momento presente e isso nos impede de viver plenamente. Os atrativos do passado e as miragens do futuro são focos permanente de medo e angústia e não há obstáculo pior para a vida boa (ou a boa vida) do que o temor. Em resumo bem resumido, precisamos saber aprender a viver sem nostalgia do passado e sem receio supérfluo em relação ao futuro. Essas dimensões do tempo -- se pararmos melhor para refletir vamos nos dar conta disso -- não existem, não tem existência. O passado não existe mais e o futuro ainda não chegou. Vejamos o tadinho do Édipo que foi abandonado pelos pais Laio e Jocasta em Tebas, porque as previsões do futuro, as profecias do oráculo diziam que ele iria matar o pai e se casar com a mãe e lá se foi ele tentar a vida em Corinto. Mas um dia ele resolve passear por Tebas e, por acaso, briga com um senhor na via e o mata, esse senhor era Laio. E depois de decifrar o enigma da esfinge -- o que nenhum humano até então tinha condições de fazer -- ele se casa com Jocasta e se torna rei. Édipo rei que não imagina nada disso, vive bem, vive muito bem, com sua esposa mãe Jocasta por 20 anos. Vida boa, vida mansa, vida amorosa, de glória e felicidade até que um dia a tragédia chega a sua porta, porque toda a verdade vem a tona. A base de construção da felicidade de Édipo, a morte do pai e o casamento com a mãe, se tornou o princípio fatal da própria tragédia. Como diz Ferry: deve-se aproveitar a vida enqanto ela é boa, enquanto se está bem. Essa tragédia de Édipo originou outra tragédia, a da pobrezinha da Antígona, filha de Édipo e Jocasta que contrariou o rei de Tebas, Creonte e foi enterrar o irmão e, por ter feito isso, foi condenada a morte, mas se suicidou antes da execução -- que havia sido depois cancelada. As tragédias da vida existem, já existiram e poderão existir. Elas podem fazer parte do nosso passado, da nossa herança, podem chegar no nosso futuro, o que nos gera medo. Mas como superar isso? Os gregos antigos parece tinham razão. Uma frase pode sintetizar bem isso: o verdadeiro sábio é aquele que, em qualquer circunstância, consegue esperar um pouco menos, lamentar um pouco menos e amar um pouco mais, como disse outro filósofo francês, André Comte-Sponville, que resume muito bem o espírito da sabedoria grega.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Os Riscos de se Contratar um Babaca
Cena do filme Mar Aberto - O empregado do navio fez a contagem errada e deixou esses dois tadinhos em alto mar.
Como o Patrão pode saber que o Empregado é Babaca?
O patrão vai ser sempre responsável pelos atos de seus empregados e prepostos. Essa é uma regra básica da responsabilidade civil e está prevista no nosso Código Civil no art. 932, III. Justa ou injusta essa é a regra. É isso o que vale. Pois agora ficou esclarecido que a culpa do caso da lotérica "Esquina da Sorte" em Novo Hamburgo, RS, foi da funcionária que não passou para a CEF os números dos apostadores do bolão. A culpa é da empregada, mas quem vai responder moral e materialmente pelo descuido vai ser o patrão que, muitas vezes, não tem nada a ver com o "pepino". Na verdade, a culpa do patrão diz respeito ao fato de ter contratado uma empregada desleixada. É a famosa culpa in eligendo, decorrente da má escolha da pessoa em que se confia a prática de um serviço. Esse é um dos riscos do capital, que deve sempre prestar seu serviço de forma responsável, sem erros ou equívocos.
Esse caso da lotérica lembra outra fato verídico e muito mais grave que foi tema do filme Mar Aberto. Vinte mergulhadores contratam um barco que os leva para mergulhar em alto mar. Na hora da volta, o empregado da embarcação faz a conta errada do número de mergulhadores se equivoca e pensa que todos já estão a bordo. Não estão. Um casal continua mergulhando vendo as belezas do alto mar. Quando chegam na superfície o barco já tinho ido embora. Esse pequeno erro foi fatal. E a culpa é de quem?
Quando se erra uma conta, quando se digita equivocadamente um número, quando se confunde uma coisa com outra esse equívoco -- quase imperceptível -- pode causar trágicos danos, pode quebrar uma empresa, pode ter consequências inimagináveis. E a culpa vai ser sempre do dono do capital que assumiu os riscos do negócio.
Vive La Différence
Eu gosto exatamente disso: dos paradoxos, das contradições, dos contrastes, do certo e do errado e de suas incríveis conclusões. Eu gosto exatamente disso: dos que participam e dos que não participam, dos organizados e dos desorganizados, dos certinhos e dos errados, dos emotivos e dos racionais. Que graça teria o mundo se todos caminhassem em total acordo com o passo certo? De trote, a cavalo, marchando na direção das mesmas conclusões? Eu gosto exatamente disso: somos diferentes e viva a diferença
Qual o Tamanho da Covardia?
Lula e Fidel ontem, que dupla, um deles saiu pela tangente.
Lula perdeu ontem uma grande oportunidade de entrar definitivamente no rol dos grandes momentos da história mundial. Era uma oportunidade única que foi desperdiçada. Que pena!
Sorte ou azar, o certo é que nosso pop presidente desembarcou em Havana bem no dia da morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, 42, que morreu de fome. O cabra conseguiu ficar 85 dias sem comer. Raúl Castro - ao lado de Lula - fez ontem algo que nunca faz, se antecipou às perguntas dos jornalistas estrangeiros e disse: "Foi condenado a três anos, foi levado aos nossos melhores hospitais, morreu. Lamentamos muito. Isso se deve à confrontação que temos com os EUA, temos perdido milhares de cubanos".
Desde que me conheço como gente ouço a mesma desculpa. Tudo é culpa dos EUA. O cabra morre numa prisão cubana e a culpa é dos EUA!
E quando nosso pop presidente foi chamado a se manifestar foi logo dizendo que nunca recebeu convite da oposição cubana para audiência:
"Não recebi nenhuma carta [em referência a carta que presos cubanos disseram ter enviado]. As pessoas precisam parar com o hábito de fazer carta, guardar para si e depois dizer que mandaram."
Bela oportunidade perdeu o nosso pop presidente para fazer uma declaração justa, humana e solidária. Preferiu silenciar, sair pela tangente, foi covarde. Imensamente covarde e medroso.
E nós brasileiros ainda temos de ouvir o ministro chefe das declarações ambíguas e hipócritas da presidência: Marco Aurélio Garcia, que está em Cuba com Lula, disse, sobre a morte de Zapata, que "há problemas de direitos humanos no mundo inteiro".
É dose.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Meus Pitacos com o Partisan
Visão Neoliberal de Mundo é Invenção de Esquerda Boba
Existe um Blog chamado O Partisan que é alinhado a nossa complicada esquerda brasileira que acha que tudo que é do capital não presta e deve ser colocado no lixo. Impressionante como eles continuam sustentando esse pensamento tolo e ingênuo e, ao mesmo tempo, se acham o "ó do borogodó". Pois o Partisan lançou um post dizendo que o nosso sistema econômico - capitalista e de sociedade de consumo -- é inviável, porque produz lixos que causam danos ao meio ambiente e se continuarmos como estamos as futuras gerações terão graves problemas. Não discordo totalmente deste ponto de vista e postei a minha primeira mensagem sobre o assunto:
Primeiro Pitaco
Um dos princípios básicos da terceira geração de direitos, os chamados direitos da solidariedade é a preocupação com as gerações futuras. E é possível sim a humanidade construir uma sociedade digna, igualitária e justa tendo também opções e liberdades econômicas e políticas num Estado regulador e fiscalizador e que tem de ser eficiente. Uma coisa não está necessariamente em contradição com a outra, porque tudo se mitiga, se racionaliza, se debate, se converge. A construção de uma sociedade solidária com respeito social, ambiental etc. deve respeitar também as primeiras e as segundas gerações do direito: os direitos da liberdade e os direitos sociais.
Depois dessas minhas palavras, um tal de Alfredo disse o seguinte: Tudo bem, mas esses valores são inconciliáveis com a visão neoliberal de mundo.
Lancei, então, meu segundo pitaco:
Não existe visão neoliberal do mundo. Isso é invenção de uma esquerda boba. Ninguém de sã consciência pode ser tão anarquista ao ponto de achar que o Estado é um ente completamente desprezível ou que deve desaparecer. Estado tem sim que fiscalizar, regular e tem que ser eficiente. Todo o poder, não só o econômico, pode corromper as autoridades e chantagear a sociedade, como ocorre, por exemplo, onde o poder político é autoritariamente total: Irã e Cuba. E tem países -- imaginem só -- que querem seguir essa linha.
A sociedade organizada ou não é que tem que ficar em cima dos donos do poder (econômico e/ou político) fazendo suas críticas, suas oposições, num regime de liberdade de expressão.
O Engodo do Efeito Estufa
Muito embora tudo isso, a dona dessas perninhas deve continuar colocando protetor solar.
Mais um exemplo do que a "ditadura do politicamente correto" pode fazer com a humanidade. O nosso amigo Pablo Vilarnovo tocou sobre este assunto no Fala ai, inclusive elegendo um "vigarista do ano". Hoje o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor da Unicamp, escreveu um artigo sobre o assunto na Folha, do qual pincei algumas partes. Para ler na íntegra clique aqui.
Um pequeno e necessário parênteses. O sol que bate nas nossas costas hoje é diferente daquele sol que batia quando eu era pequeno e corria faceiro na praia de Torres-RS nos anos 60/70. O sol hoje é mais forte, queima mais, causa mais danos. Posso estar errado, mas acho que não estou.
O Maior Embuste da História
Pois vejam só, 170 países -ou seja, a humanidade toda- se reuniram para discutir o combate ao aquecimento global, que seria consequência da emissão de gases ditos de efeito estufa de natureza antropogênica. E imaginem só: não existe esse tal de efeito estufa.
Cada um desses 170 países se apoiou em seus cientistas, dezenas de milhões que, de uma maneira ou outra, com umas poucas centenas de exceções, reconhecem a existência do fenômeno. Mas esses 170 governos, essas dezenas de milhões de cientistas pretendem, por motivos ocultos ou pelo menos ainda não desvendados, enganar a humanidade com uma lorota que seria o maior embuste da história -e a prova incontestável disso foi obtida por uns "hackers".
Um dos especialistas em aquecimento global se vangloriou de que teria apresentado dados de maneira a confundir sua leitura e a percepção por não iniciados de que breves oscilações naturais na temperatura da Terra estariam ocorrendo.
E, embora até agora não tenha sido demonstrado que houve real fraude, esse episódio é suficiente para desacreditar essas dezenas de milhões de cientistas que acreditam que o efeito estufa atmosférico existe. Todos eles seriam, portanto, partícipes do maior engodo da história da humanidade.
(...)
É também notável o fato de que, embora o Brasil possua alguns milhares de pesquisadores reconhecidos internacionalmente pela qualidade de suas pesquisas, qualidade esta evidenciada pelo número de citações na literatura internacional, nenhum dos poucos que rejeitam o aquecimento global se insira nesse abundante rol de qualificáveis como autênticos cientistas.
--------------------------------------------------------------------------------Cada um desses 170 países se apoiou em seus cientistas, dezenas de milhões que, de uma maneira ou outra, com umas poucas centenas de exceções, reconhecem a existência do fenômeno. Mas esses 170 governos, essas dezenas de milhões de cientistas pretendem, por motivos ocultos ou pelo menos ainda não desvendados, enganar a humanidade com uma lorota que seria o maior embuste da história -e a prova incontestável disso foi obtida por uns "hackers".
Um dos especialistas em aquecimento global se vangloriou de que teria apresentado dados de maneira a confundir sua leitura e a percepção por não iniciados de que breves oscilações naturais na temperatura da Terra estariam ocorrendo.
E, embora até agora não tenha sido demonstrado que houve real fraude, esse episódio é suficiente para desacreditar essas dezenas de milhões de cientistas que acreditam que o efeito estufa atmosférico existe. Todos eles seriam, portanto, partícipes do maior engodo da história da humanidade.
(...)
É também notável o fato de que, embora o Brasil possua alguns milhares de pesquisadores reconhecidos internacionalmente pela qualidade de suas pesquisas, qualidade esta evidenciada pelo número de citações na literatura internacional, nenhum dos poucos que rejeitam o aquecimento global se insira nesse abundante rol de qualificáveis como autênticos cientistas.
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, 78, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha
A Curiosa Lógica do Seu Luiz Inácio
São de lascar as declarações do nosso pop presidente na cúpula americana que desprezou EUA e Canadá, mas que admitiu a presença do governo da dinastia Fidel. Como é linda a demagogia. Seu Luiz Inácio disse que é um absurdo a Argentina estar a tantos quilômetros das Malvinas e não ter soberania sobre a ilha. Pois é, o Brasil está a tantos quilômetros do Uruguai e não tem soberania sobre os nossos irmãos da república oriental.
Impressionante como nosso pop presidente é refém do pensamento bolivariano. Essas manifestações são demagogia pura. A Argentina enterrou muitos mortos porque Galtieri resolveu mexer com os ingleses. Certo ou errado, os habitantes das Malvinas ou das Falklands não são argentinos, mas ingleses. Aprendi em algum lugar que a soberania é exercida pelo povo do lugar. É eles que devem decidir quem deve governar.
A frase que o seu Luiz Inácio disse foi a seguinte:
"Qual é a explicação geográfica, política e econômica de a Inglaterra estar nas Malvinas? Qual é a explicação política das Nações Unidas já não terem tomado uma decisão dizendo: "Não é possível que a Argentina não seja dona das Malvinas e seja um país que está a 14 mil km de distância das Malvinas'"?
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
O Incrível Caso da Lotérica "Esquina da Sorte"
Mais um Caso Para o Dr. Cacildo
Quarenta cidadãos (e cidadãs) de Novo Hamburgo-RS participaram de um bolão na Lotérica "Esquina da Sorte", credenciada pela Caixa Econômica Federal para vender bilhetes da Mega Sena. E os cabras acertaram os números da Mega Sena milionária de 53 milhões de reais. Na noite de domingo, quando foram conferir no site da CEF o número de ganhadores, a surpresa. A notícia é de que o prêmio acumulou. Não houve ganhadores. A confusão se instalou. E a aflição também. O negócio ainda não está bem esclarecido, mas o que se noticia é que teria havido um erro de digitação por parte da funcionária da lotérica ou, até mesmo, fraude do proprietário que recebeu os dinheiros dos clientes e não repassou para a CEF.
O editor deste Blog consultou o Dr. Cacildo, advogado especializado em causas difíceis (ou grandes causas), ele me disse: Maia, esse pessoal tem grandes chances de êxito.
A tese desse grande e conhecido causídico é a seguinte:
a CEF cadastra as lotéricas para vender bilhetes de loteria. A CEF, na verdade, terceiriza esse serviço que passam a ser executados pelas lotéricas. As lotéricas são uma espécie de mão, manus, da CEF. Esse é o modus operandi.
Dr Cacildo adora falar termos latinos.
Quem, na verdade, vende os bilhetes é a CEF, através da autorizada Lotérica "Esquina da Sorte". E a CEF, evidentemente, é responsável pelos bilhetes vendidos aos consumidores -- e aqui se aplica o Código do Consumidor -- da lotérica que também são consumidores dos serviços de loteria da CEF.
É bom esse Dr. Cacildo que conclui:
Se esse pessoal ingressar na Justiça com ação contra a CEF cobrando o valor do prêmio tem uma chance muito grande de levar.
O Dr. Cacildo pediu para registrar esse importante item: ele cobra honorários de 10 a 15% sobre o valor afinal recebido.
Bendito PIG
Que interesses estão atrás de Zé Dirceu?
Miquinhos Não Admitem Que se Comentem as Negociatas do Governo do Pop Presidente
Os miquinhos amestrados morrem de medo de pensar que a Dilma pode não ser eleita. E se isso, efetivamente, acontecer, será o fim de tudo, o mundo vai acabar.. E por isso eles, os miquinhos, estão bem antenados, cronometrados, fazendo campanha nos Blogs, estampando a imagem de Dilma atrás da bandeira vermelha do PT e com o slogan: "para vencer".
Dez entre dez miquinhos amestrados não gostam da grande mídia. Eles chamam Partido da Imprensa Golpista, ou PIG (de porco mesmo), frase inventada por um jornalista chamado Paulo Henrique de Tal.
O humilde dono deste depósito não morre de amores pela grande mídia, porque aprendeu que é importante -- sempre -- manter o espírito crítico diante das informações contraditórias, mas há de se reconhecer que as melhores críticas construtivas que se faz em relação ao governo do pop presidente, Sr. Luiz Inácio, vem mesmo da grande mídia. O governo do PT tem sim uma oposição medíocre e medrosa.
Pois a Folha de S. Paulo de hoje traz uma notícia mais ou menos bombástica. Uma certa eminência parda chamada Zé Dirceu, cuja vida daria uma bela biografia não autorizada, e que foi afastado do governo e da vida política por ser o arquiteto de um vasto esquema de fraude e corrupção continua frequentando os bastidores do poder e fazendo assessoria para grupos interessados em obter favorecimentos do governo do pop presidente.
O tal do Zé Dirceu -- que sempre foi íntimo amigo do pop presidente -- recebeu, pelo menos, 620 mil paus do principal grupo empresarial que será beneficiado caso a quase extinta estatal Telebrás seja reativada.
Diz a Folha de hoje, que faz parte do PIG, que os miquinhos amestrados querem calar:
O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 por Nelson dos Santos, dono da Star Overseas Ventures, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe. Dirceu não quis comentar, e Santos declarou que o dinheiro pago não foi para "lobby".
Tanto a trajetória da Star Overseas quanto a decisão de Santos de contratar Dirceu, deputado cassado e réu no processo que investiga o mensalão, expõem a atuação de uma rede de interesses privados junto ao governo paralelamente ao discurso oficial do fortalecimento estatal do setor.
De sucata a ouro
Em 2005, a "offshore" de Santos comprou, por R$ 1, participação em uma empresa brasileira praticamente falida chamada Eletronet. Com a reativação da Telebrás, Santos poderá sair do negócio com cerca de R$ 200 milhões.
Constituída como estatal, no início da decada de 90, a Eletronet ganhou sócio privado em março de 1999, quando 51% de seu capital passou para a americana AES. Os 49% restantes ficaram nas mãos do governo. Em 2003, a Eletronet pediu autofalência porque seu modelo de negócio não resistiu à competição das teles privatizadas.
Resultado: o valor de seu principal ativo, uma rede de 16 mil quilômetros de cabos de fibra óptica interligando 18 Estados, não cobria as dívidas, estimadas em R$ 800 milhões.
Diante da falência, a AES vendeu sua participação para uma empresa canadense, a Contem Canada, que, por sua vez, revendeu metade desse ativo para Nelson dos Santos, da Star Overseas, transformando-o em sócio do Estado dentro da empresa falida.
A princípio, o negócio de Santos não fez sentido aos integrantes do setor. Afinal, ele pagou R$ 1 para supostamente assumir, ao lado do Estado, R$ 800 milhões em dívidas.
Em novembro de 2007, oito meses depois da contratação de Dirceu por Santos, o governo passou a fazer anúncios e a tomar decisões que transformaram a sucata falimentar da Eletronet em ouro. Isso porque, pelo plano do governo, a reativação da Telebrás deverá ser feita justamente por meio da estrutura de fibras ópticas da Eletronet.
Outro ponto que espanta os observadores desse processo é que o governo decidiu arcar sozinho, sem nenhuma contrapartida de Santos, com a caução judicial necessária para resgatar a rede de fibras ópticas, hoje em poder dos credores.
Até o momento, Santos entrou com R$ 1 na companhia e pretende sair dela com a parte boa, sem as dívidas. Advogados envolvidos nesse processo estimam que, com a recuperação da Telebrás, ele ganhe cerca de R$ 200 milhões.
Um sinal disso aparece no blog de José Dirceu: "Do ponto de vista econômico, faz sentido o governo defender a reincorporação, pela Eletrobrás, dos ativos da Eletronet, uma rede de 16 mil quilômetros de fibras ópticas, joint venture entre a norte-americana AES e a Lightpar, uma associação de empresas elétricas da Eletrobrás".
O ex-ministro não mencionou o nome de seu cliente nem sua ligação comercial com o caso. O primeiro post de Dirceu no blog se deu no mês de sua contratação por Santos, março de 2007. O texto mais recente do ex-ministro sobre o assunto saiu no jornal "Brasil Econômico", do qual é colunista, em 4 de fevereiro passado.
O presidente Lula manifestou-se publicamente sobre o caso em discurso no Rio de Janeiro, em julho de 2009: "Nós estamos brigando há cinco anos para tomar conta da Eletronet, que é uma empresa pública que foi privatizada, que faliu, e que estamos querendo pegar de volta", disse na ocasião.
Lula não mencionou que, para isso, terá de entrar em acordo com as sócias privadas da Eletronet, entre elas a Star Overseas, de Nelson dos Santos, que contratou os serviços de Dirceu.
Enquanto o governo não define de que forma a Eletronet será utilizada pela Telebrás, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) conduz uma investigação para apurar se investidores tiveram acesso a informações privilegiadas.
Como a Folha revelou, entre 31 de dezembro de 2002 e 8 de fevereiro de 2010, as ações da Telebrás foram as que mais subiram, 35.000%, contando juros e dividendos, segundo a consultoria Economática.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Um Esporte Chamado "Curling"
Nós, os povos do sul, somos quentes, sanguineos, emotivos. O "curling" é um esporte frio, calculista, racional, cronometrado. É chamado "o xadrez do gelo". É uma espécie de "bocha "no gelo com direito a vassourinhas que varrem o gelo para reduzir o atrito da pedra de granito de 20 kg. O desafio é atingir ou ficar mais perto do centro, do alvo. Assisti, faz pouco, a emocionante vitória da Suiça sobre o Japão. Tudo muito inusitado. A foto acima é de 1909 em Ontário, no Canadá. A de baixo é de 2010, em Vancouver.
Perdi Hoje 42 Minutos da Minha Vida
Em 42 minutos poderia ter resolvido o grave problema do cubo mágico
Perdi 42 minutos da minha vida, das 12:00 às 12:42, porque fiquei falando com o call center da NET. Já falei isso aqui no Blog no post "Paciência de Jó". Tudo começou porque a NET me excluiu, em novembro de 2009, do pacote Combo e passou a me cobrar valores estratosféricos na assinatura da TV a Cabo e Internet Banda Larga. Um verdadeiro absurdo. De lá para cá venho recebendo faturas com o dobro ou triplo do que vinha pagando. E faço a contestação e a NET reconhece o erro e me envia, via e-mail, uma nova fatura para pagar. Mas a NET parece muito mais o atacado do Seu João que insiste em errar porque confia na sua própria burrice. Por mais que eu diga, repita, insista que estou dentro do Combo, a NET continua todo mês me enviando a fatura errada para pagamento. E esse pobre vivente é obrigado a ligar todo o santo mês para o 4004-7777 para dizer que essa cobrança está errada e que os valores estão equivocados. O problema é que cada ligação demora horas e exige do imperador deste blog uma dose cavalar de paciência. E haja paciência. Tanta coisa que eu poderia ter feito nesses 42 minutos e não fiz....
Sempre na Sombra
Ontem Dilma, falando no 4º congresso nacional do PT, quando assumiu oficialmente sua pré-candidatura à Presidência, disse:
"Meu partido me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro. A obra de um líder, meu líder, de quem muito me orgulho."
Quando é que ela vai sair da sombra?
Vejam que lindo o slogan da campanha: "Com Dilma, no caminho que Lula nos ensinou.". Juro que quase emocionei.
Ainda sobre o assunto, pesquei essa do Blog da Santa:
Filhinhos da Mamãe
Fiquei sabendo agora, nem sabia desse fenômeno da nossa época. Sai da casa da mamãe quando tinha 23 anos. Fui morar sozinho num apê alugado, na cidade baixa em Porto Alegre, onde mal cabia meus LP´s. Foi uma grande experiência de vida. Hoje, lendo a crônica do Ruy Castro, na Folha abaixo, descobri que existe uma tendência de rapazes de mais de 30 anos morarem com a querida mamãe. Quem diria.
Morando com mamãe
Custei a perceber que era uma tendência: a quantidade de rapazes de 30 anos ou mais, hoje em dia, ainda vivendo com os pais e sendo sustentados por eles -abdicando da liberdade pelos confortos e conveniências da cama, comida e roupa lavada. Foi para isso que os jovens dos anos 60 fizeram duas ou três revoluções?
Nenhum garoto de 1968 trocaria a canja de galinha do Beco da Fome, em Copacabana, às 4h, pelo toddy com biscoitos servido pela mãe às 21h, depois de "O Sheik de Agadir". Ou a aventura de morar num apê tipo já-vi-tudo em Botafogo -o mobiliário consistindo de uma estante de tijolos com uma ripa de madeira por cima (roubados de alguma construção vizinha) e de uma esteira de praia à guisa de cama- pelo quarto acolhedor e quentinho que ocupava desde guri no vasto apartamento dos pais.
Quem chegasse à provecta idade de 20 anos e não tivesse endereço próprio era tido como anormal -a norma era entrar para a faculdade aos 18 ou 19, arranjar um emprego e ir à vida, como até as meninas estavam fazendo. As vantagens de morar sozinho eram poder ir ao banheiro com a porta aberta, namorar a qualquer dia e hora e promover reuniões para derrubar a ditadura ou para escutar o disco novo da Nara, o que viesse primeiro.
Hoje, há marmanjos de até 40 anos morando com a mãe, na Europa, nos EUA e no Brasil. Na Itália são chamados de "mammoni" (filhinhos da mamãe); na Espanha, de "ni-ni" ("ni estudian, ni trabajan"); na Inglaterra, de "kidults" ("kids", crianças, com adultos). Eles se defendem: formaram-se, gostariam de trabalhar, mas o mercado é cruel, não consegue assimilá-los, são desempregados crônicos e não têm como pagar aluguel, comprar um imóvel nem pensar.
E, além disso, ninguém cozinha como a mamãe.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Acertando os meus ponteiros
Quando acertava os ponteiros do novo horário escutei uma velha canção do Billy Paul, cujo show assisti no teatro Leopoldina faz algumas décadas e, naquela época, achei o cara um porrezinho. Não que eu não tenha gostado, mas esperava mais. Vamos dizer assim, foi aquém da minha expectativa. E já com o horário novo no pulso invento de fazer algo diferente como, por exemplo, ouvir Coltrane ou Kaiser Chiefs, porque março está chegando e o Brasil tem de andar para a frente, as festas de verão já foram embora e o ano tem de começar. Nós, que somos certinhos, temos de produzir, consumir, estudar, trabalhar e também, of course, gozar os momentos mágicos. As festas de dezembro, as férias de janeiro e o carnaval de fevereiro passaram feito um relâmpago lançado por Zeus. E Dionísio ou Baco gosta mesmo de tomar uns porres de caipirinha de lima da pérsia. Mas, de agora em diante, com o horário atrasado, o rei da folia vai ter de entrar na ordem cósmica. Essa desesperadora harmonia. É preciso cuidar da pança, do colesterol e da vida profissional.
* foto - Race Track Fashions 1958
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Meu Reino Por Vancouver
Fotos do Boston Globe
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O Celular da Faxineira
Enquanto esperava o elevador, no hall de entrada do prédio onde trabalho, a faxineira falava no seu celular com o filho que mora no interior. Gustavo, dizia ela, vamos chegar ai pelas 10 horas de sábado. Sairemos de corsa pelas 7 da manhã e, em três horas, chegaremos. Prepare o almoço que vai ser uma festa.
Esse tipo de conversa é novidade no Brasil. Primeiro, porque os pobres neste país não tinham acesso à telefonia. Esse serviço, na época do monopólio estatal, era privilégio de poucos. Sim, a "maldita" privatização universalizou e democratizou esse importante e fundamental serviço. Além disso, faxineira no Brasil da década de 80, início de 90, não tinha carro; nem ela e nem sua família.
Temos sim de comemorar essas conquistas que interessam a todos os brasileiros. O que é de se lamentar é que nossas estradas rodoviárias são péssimas e perigosas e praticamente não existe, neste país continental, ferrovias. O que por si só é um absurdo. Gostaria de ter ouvido o seguinte diálogo no celular da simpática faxineira: Gustavo, chegaremos ai pelas 9 horas de sábado, pois pegaremos o trem das 7, prepare o almoço que vai ser uma festa.
Esse tipo de conversa é novidade no Brasil. Primeiro, porque os pobres neste país não tinham acesso à telefonia. Esse serviço, na época do monopólio estatal, era privilégio de poucos. Sim, a "maldita" privatização universalizou e democratizou esse importante e fundamental serviço. Além disso, faxineira no Brasil da década de 80, início de 90, não tinha carro; nem ela e nem sua família.
Temos sim de comemorar essas conquistas que interessam a todos os brasileiros. O que é de se lamentar é que nossas estradas rodoviárias são péssimas e perigosas e praticamente não existe, neste país continental, ferrovias. O que por si só é um absurdo. Gostaria de ter ouvido o seguinte diálogo no celular da simpática faxineira: Gustavo, chegaremos ai pelas 9 horas de sábado, pois pegaremos o trem das 7, prepare o almoço que vai ser uma festa.
deus me livre
O companheiro Zé do Povo está dizendo que o Lulismo pode durar 30 anos, pois segundo André Singer, ex porta voz do nosso pop presidente em entrevista à Revista Época: houve um encontro do "proletariado com carteira de trabalho" com o "subproletariado", capaz de durar 30 anos. Em outras palavras, o eleitorado conservador de baixa renda que historicamente não votava no PT, mas nos ACM´s da vida, passou a votar no partido do seu Luiz Inácio. A análise não está errada, mas há de se considerar também que muita gente -- os habitantes dos grandes centros do sudeste e sul do Brasil -- que tradicionalmente votava na esquerda deixou de votar no PT. Por isso, exatamente por isso, a eleição deste ano vai ser muito importante.
Pesquei do Peripatética a foto acima: Dilma tirando uma casquinha da popularidade da namoradinha do Jesus.
Olha o Tutankamón ai, gente!
Em tempos de ressaca de "rebolation" apresento-lhes a "imagem viva" de uma pessoa que viveu há 3 mil anos: o faraó Tutankamón e sua querida madrasta. Essas múmias foram apresentadas no Cairo, nesta quarta-feira. Ele morreu de malária e infecção óssea, segundo estudo divulgado nos EUA. Vivemos tempos incríveis.
Iotti
O Tráfico da Adoção
"Americanos detidos pela polícia haitiana no dia 30 de janeiro tentando atravessar a fronteira com a República Dominicana em um ônibus com 33 crianças chegam ao Aeroporto de Miami". Fonte: Terra Galeria 24 horas.
Eis um problema complicado e de difícil solução. Não se pode retirar crianças de um país -- apenas porque ele é paupérrimo -- sem autorização legal. Esses americanos agiram errado, mas, por outro lado, o que é melhor para essas 33 crianças? Permanecer no Haiti ou viver nos EUA?
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
E o Caneco foi para a Tijuca
Pela primeira vez na história dos carnavais uma escola sagrou-se campeã pela apresentação da comissão de frente. Aquilo parecia um Cirque du Soleil, aquelas mulheres que sambavam charleston e trocavam seus vestidos em segundos. Parecia um feitiço, uma mágica. E hoje recebo a bela notícia, o pessoal da Tijuca -- que tem o sotaque carioca mais autêntico segundo o meu amigo Terráqueo, que é morador do Riiio, mas se encontra exilado em Lausanne -- não ganha o carnaval desde 1936, ano em que minha santa mãezinha nasceu. Vejam que engraçado, em 2009 passei o carnaval no Riiio e não me interessei pelos desfiles. Este ano estou a mais de 1000 léguas da Sapucai e fiquei antenado. Coisas da vida.
O Que os Companheiros Acham Disso?
Não duvido que essa chapa fique quente. Seria uma jogada de mestre do governo Lula.
Artigo de Fernando Barros Silva na Folha de hoje.
Meirelles na manga
Eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás em 2002, Henrique Meirelles trocou o Congresso pelo convite inesperado de Lula para ser presidente do Banco Central no governo petista. Então debutante na política, ele vinha de uma trajetória exitosa no mercado financeiro, tendo chegado nos anos 90 ao topo da hierarquia executiva do Bank of Boston.
O tucano de Anápolis com perfil conservador e carreira de banqueiro internacional foi, com Antonio Palocci, o fiador da ortodoxia econômica e uma arma de Lula para aplacar a desconfiança do mercado.
Para muitos companheiros, Meirelles era uma espécie de "alien" a ser extirpado do organismo do poder. Com seu jeitão de ET no meio da petelândia, ele sobreviveu e se tornou um dos esteios do lulismo. José Dirceu, Palocci, Luiz Gushiken, muita gente dançou na cúpula do PT e no primeiro escalão do governo. Meirelles é o único quadro de elite a permanecer onde estava desde 1º de janeiro de 2003.
O presidente do BC está no PMDB desde setembro passado. E disse a Lula há poucos dias que num eventual governo Dilma Rousseff gostaria de continuar "colaborando" na "esfera federal". Sua pretensão, como está claro, seria concorrer na condição de vice-presidente.
Na disputa interna do PMDB, Meirelles hoje é o franco azarão. O partido, que o vê como forasteiro, armou seu jogo em torno de Michel Temer. O deputado, no entanto, não inspira confiança ao PT nem tem a simpatia de Lula.
O fato é que, no círculo lulista, Meirelles começa a ser visto seriamente como coadjuvante útil a uma presidenciável que militou na luta armada. A guerrilheira e o banqueiro -parece até sessão da tarde.
O vice que patrocinou a estabilidade daria uma espécie de sinal ao mercado contra a retórica esquerdosa e a inclinação estatizante da candidata. Talvez Meirelles represente para a campanha de Dilma o que a Carta ao Povo Brasileiro representou para Lula em 2002.
Artigo de Fernando Barros Silva na Folha de hoje.
Meirelles na manga
Eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás em 2002, Henrique Meirelles trocou o Congresso pelo convite inesperado de Lula para ser presidente do Banco Central no governo petista. Então debutante na política, ele vinha de uma trajetória exitosa no mercado financeiro, tendo chegado nos anos 90 ao topo da hierarquia executiva do Bank of Boston.
O tucano de Anápolis com perfil conservador e carreira de banqueiro internacional foi, com Antonio Palocci, o fiador da ortodoxia econômica e uma arma de Lula para aplacar a desconfiança do mercado.
Para muitos companheiros, Meirelles era uma espécie de "alien" a ser extirpado do organismo do poder. Com seu jeitão de ET no meio da petelândia, ele sobreviveu e se tornou um dos esteios do lulismo. José Dirceu, Palocci, Luiz Gushiken, muita gente dançou na cúpula do PT e no primeiro escalão do governo. Meirelles é o único quadro de elite a permanecer onde estava desde 1º de janeiro de 2003.
O presidente do BC está no PMDB desde setembro passado. E disse a Lula há poucos dias que num eventual governo Dilma Rousseff gostaria de continuar "colaborando" na "esfera federal". Sua pretensão, como está claro, seria concorrer na condição de vice-presidente.
Na disputa interna do PMDB, Meirelles hoje é o franco azarão. O partido, que o vê como forasteiro, armou seu jogo em torno de Michel Temer. O deputado, no entanto, não inspira confiança ao PT nem tem a simpatia de Lula.
O fato é que, no círculo lulista, Meirelles começa a ser visto seriamente como coadjuvante útil a uma presidenciável que militou na luta armada. A guerrilheira e o banqueiro -parece até sessão da tarde.
O vice que patrocinou a estabilidade daria uma espécie de sinal ao mercado contra a retórica esquerdosa e a inclinação estatizante da candidata. Talvez Meirelles represente para a campanha de Dilma o que a Carta ao Povo Brasileiro representou para Lula em 2002.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Onde Fica a Loja Olivaras no Beco Diagonal?
Carnaval no Rio Grande do Sul e chuva são a mesma coisa. Todo ano é assim, sem exceção. Vejo a praia cinzenta ao longe e as pessoas estão recolhidas em suas casas. O que elas fazem?
Gostaria de ter o poder de Albus Dumbledore e me deslocar , num simples puf, para qualquer lugar do cosmos. Se tivesse a capacidade de fazer um abracadabra eu chegaria - agorinha - na porta da frente da National Gallery de Melbourne para ver a exposição do australiano Ron Mueck.
Mil Carnavais
Trinidad Tobago
Veneza- Itália
Riiio de Janeiro - Brasil
Nice- França
La Paz - Bolívia
Maastricht - Holanda
Rottweil - Alemanha
Kavadarci- Macedônia
Ovar - Portugal
Fonte: Boston Globe
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