Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O Caso da Maleta


PRIMEIRO ATO


Noite nublada e fria em Buenos Aires
Desce um jato alugado em Ezeiza.
No avião, descem pelas escadas executivos da estatal venezuelana PDVSA.
Os passageiros entram no saguão do aeroporto.

Quando a bagagem é revistada na Alfândega, uma maleta chama a atenção.

US$ 790.000 em dinheiro, cash.


SEGUNDO ATO


Os passageiros são levados à sala de interrogações.

Seu nome?
Guido Antonini Wilson
Quem você é?
Sou integrante da comitiva do Presidente Hugo Chávez da República Bolivariana da Venezuela.

Seu nome?
Cláudio Uberti
Quem você é?
Sou Diretor do órgão responsável por fiscalizar estradas e pedágios sou o principal negociador dos bilionários acordos com a Venezuela.

TERCEIRO ATO

Cristina Kirschner está nervosa. Acaba de ler o jornal no café da manhã. Não sei se ela fuma, mas ela pega um cigarro e traga. Ela leu no jornal sobre o caso da maleta. O diário diz que o dinheiro poderia ser usado para financiar a campanha de Cristina e foi confiscado pela alfândega. A Justiça abriu um inquérito para apurar suas origens.

Cristina indignadíssima grita (close na boca aparecendo os dentes): essa mídia golpista.

Golpistas!!!

Atormentada ela fala: Essa mídia golpista inventou o banheirogate com a Ministra da Economia Felisa Miceli (descoberta de uma bolsa com US$ 241 mil no banheiro do ministério) e agora essa!
Completamente irritada, nervosa, atordoada ela liga para Néstor.

QUARTO ATO

Néstor ao telefone, Si querida!
Si, querida, si querida!

Desliga e liga para Claudio Uberti:
Estás demitido.

Néstor dá um murro na mesa presidencial.

Néstor chama o Chefe do Gabinete de Ministros, Alberto Fernandes.

QUINTO ATO

Alberto Fernandes no centro da Comitiva de imprensa. Fotografos, repórteres, cinegrafista. Alberto Fernandes olha fixo para o microfone da Rádio Mitre e diz: A PDVSA deve explicações ao povo argentino.

SEXTO ATO

Sala do vice-presidente da Venezuela que concede uma entrevista á televisão estatal, única credenciada para a cobertura e diz gritando: vincular o Sr. Guido Antonini Wilson à PDVSA e ao governo Hugo Chávez é o absurdo dos absurdos.

SÉTIMO ATO

Close na face de Alberto Fernandes. Ele diz: Aqui há coisas que a Venezuela terá de explicar.

FIM DA PRIMEIRA TEMPORADA

Um comentário:

PoPa disse...

A Venezuela explicar? Bem, já dizes no post seguinte, o que a Venezuela vai explicar. Seguem a mesma cartilha do cumpanhêru, negam até a morte (dos outros, claro)!