Certa esquerda continua acreditando que é necessário construir a história e fomentar a luta de classes virtual e real.
Luta de quem contra quem, afinal? Olho pela janela e vejo a cidade cheia de edifícios residenciais e comerciais, carros circulam de um lado para outro, os cinemas estão cheios, os shoppings lotados, cada vez mais pessoas estão viajando de avião, cada vez mais pessoas estão sendo inseridas no contexto classe média e uma meia dúzia fala em luta de classe. Luta de quem contra quem? Baboseira ideológica de quem nada tem a fazer. O marxismo definitivamente se transformou numa religião sem Deus.
Esse pessoal detesta o contexto classe média, porque generalizam no preconceito de que toda a classe média é alienada, é papagaio de telejornal, alienada, descomprometida etc.
A generalização é o marco inicial do sectarismo totalitário.
A Europa é a Europa porque conseguiu inserir a grande maioria das pessoas no contexto classe média. Os grandes países desenvolvidos assim fizeram. Mas tem gente que acha que o Lula, o FHC, ou o governo de plantão vão fazer um erro crasso ao inserir mais e mais pessoas no contexto classe média.
A raiva de certa esquerda com a classe média tem suas razões, a classe média tem mais consciência dos seus direitos, reclama, coloca a boca no trombone, como está fazendo na questão da crise aérea. A classe média colocou o Lula na cadeira do planalto. Elegeu FHC duas vezes no primeiro turno. Ou seja, a classe média gosta mesmo é de alternância no poder. E os radicais de esquerda não querem saber de alternância. Querem saber de impor suas ditaduras sectárias. Querem o poder perene.
O Brasil vai ser grande e justo quando inserir mais e mais pessoas no contexto classe média. Esse é o caminho, a linguagem do desenvolvimento. Todos os países desenvolvidos do mundo e com mais justiça social seguiram esse caminho. Por que o Brasil não pode seguir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário