Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Que o Brasil Funcione


Quem, afinal, está dizendo, repetindo, afirmando e alardeando que a culpa do acidente da TAM é exclusivamente do governo do PT, do Lula? Quem, afinal?

Ninguém está dizendo isso. Mas a esquerda toca sempre na mesma tecla e alardeia pelos quatro costados de que a mídia acusa o governo Lula de ser o único culpado pelo acidente da TAM.

Essa insistência em relação a um fato que não é mais controvertido tem apenas uma intenção, criar as bases necessárias para se fazer um controle da mídia; como, aliás, se tentou fazer no primeiro mandato de Lula.

O controle da mídia se faz pela própria sociedade e pelo Poder Judiciário. Se a mídia publicar uma inverdade ou patrocinar um golpe midiático deverá arcar com todas as consequências, inclusive com a perda da concessão. Mas quem deve decidir isso não é o governo de plantão, mas um Judiciário autônomo.

Da mesma forma, estratégicamente se tenta eliminar e taxar de golpista pequenos movimentos organizados pela classe média que querem apenas que o Estado funcione, que administre, que não seja ineficiente, que tenha comando, que fiscalize, etc.

Trata-se de um sentimento desproporcional, uma aguda paranóia, porque ninguém quer fazer um golpe contra um governo democraticamente eleito. O que as pessoas querem é que o Brasil funcione. Nada mais além disso.

3 comentários:

Anônimo disse...

Maia, tudo o que disseste no post só vale se esqueceres como foi o comportamento da mídia durante o governo FHC, ou como é o comportamento da mídia aqui do RS nos governos não petistas.

Pode até haver exageros. Mas que a nossa mídia pisou na bola e não vale mais muita coisa, é verdade.

A qualidade do jornalismo é muito baixa, excessivamente polêmica. Também não sou contra a polêmica em si, mas quando se torna óbvio que muitas polêmicas são criadas para gerar escândalos políticos, a credibilidade vai pelo ralo. A relação dos jornalões com os partidos políticos tornou-se muito promíscua.

Quanto ao controle da mídia, não vai acontecer. Isso é paranóia tua. A não ser, é claro, qua a proposta venha do tucanato paulista. Aí, a coisa muda de figura.

Mas, lembro-te que quando o governo Olívio entrou na justiça para pedir reparações aos maus jornalistas do nosso estado - ganhou alguns processos - foi taxado de totalitário, e foi dito que isso era um ataque à liberdade de imprensa. Tem até um livro disso.

O mau jornalismo, evidente ao extremo no caso do acidente de Congonhas tem muito poder. Isso não é paranóia. É real. O que acontece é que este poder está se diluindo. Alguns chamam isto de Venezuelização, e acho que é isso mesmo. E que tem uns Diogos Mainardis, ou Reinaldos Azevedos por aí que estão afim de golpe, tem sim.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Guimas, o Mainardi, o Olavo de CArvalho são debochados. Não há nenhum clima para golpe no Brasil. E se houver tentativa de golpe -- e já aviso desde já -- vou ser contra. Quem está preocupado com o golpe é o pessoal que adora o Emir Sader. Se Olívio se sentiu ofendido tinha todo o direito de ingressar com processo judicial contra jornalistas. O fato é mais ou menos inédito. Vivemos no seguinte paradoxo, a direita é debochada e a esquerda é paranóica.

PoPa disse...

Infelizmente, houve (e ainda há) grande culpa do governo nestes episódios. Falo governo, não governo lula. Não há investimentos na infraestrutura aérea destepaís há muito tempo. Houve uma desmilitarização apressada e errada, uma distribuição de cargos importantes (no sentido da segurança) para pessoas que não se preocuparam com a segurança.

Enfim, culpa do governo, sim. Se houvesse um organismo regulador sério, quem sabe alguns pilotos da TAM não teriam dito que voavam com verdadeiras bombas? Mas falar para quem? Para um burocrata que, casualmente, também está na folha da TAM?

Culpa do governo, se temos uma (ou mais) empresa picareta voando por aí! Não é a mesma coisa que uma concessão de rádio ou tv, antes que digam alguma coisa...

Como dizia o comandante Rolim: Lucro em primeiro lugar!