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terça-feira, 14 de setembro de 2010
O Vinho Que Dilma Tomou Antes de Cair
Depois de duelar com José Serra no debate da Rede TV e antes de torcer a perna numa esteira, na noite domingo, Dilma foi jantar no Bistrô Paris 6, nos Jardins em São Paulo.
Na companhia de Palocci, os Josés Eduardos Dutra e Cardoso apreciou um bom Château Puycarpin, R$ 123 a garrafa.
Excelente escolha, é um Bordeaux Supérieur que equilibra com maestria a fruta madura e a madeira, discreta, mas presente. Um bom custo benefício.
Fonte, Folha de S. Paulo, edição de hoje, matéria integral abaixo:
Após debate, Dilma toma "um vinho antes da queda"
ANA FLOR
ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DE SÃO PAULO
Depois de duelar com José Serra no debate Folha/Rede TV na noite de domingo, Dilma Rousseff apareceu na manhã de ontem usando uma bota ortopédica.
O adereço foi resultado da lesão de três ligamentos do pé direito. Dilma caiu da esteira quando se exercitava no hotel Tivoli, em que estava hospedada, nos Jardins.
O acidente veio depois de uma noite descontraída, em que a candidata do PT tomou vinho acompanhada de assessores no movimentado bistrô Paris 6, também nos Jardins, após o debate.
Juntaram-se a ela José Eduardo Dutra (presidente do PT), José Eduardo Cardozo (secretário-geral do partido), Antonio Palocci (ex-ministro da Fazenda), Clara Ant (ex-assessora especial do presidente Lula) e Olga Curado (consultora de imagem).
Dilma explicou que eles "chisparam" para o restaurante depois de descobrir que a cozinha do hotel já estava fechada no horário.
Para beber, o grupo pediu água mineral e uma garrafa do vinho francês Chateau Puycarpin (R$ 123).
Uma bagatela perto do tinto Romanée Conti, que abasteceu a taça do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, também após um debate. Paga pelo marqueteiro Duda Mendonça, a garrafa valia R$ 6.000.
Se antes digeriu os ataques de Serra, Dilma fechou a noite com "ravioli de chevre aux amandes et tomate a Luciana Mello" (R$ 45). Ou, segundo ela, "um delicioso ravióli de [queijo de] cabra".
Ela posou para fotos e, na ida ao banheiro, improvisou um corpo a corpo com os clientes do estabelecimento. Como sua mesa não foi isolada das restantes, o acesso à candidata era fácil e até incentivado por Palocci.
A noite, contudo, não se restringiu à tietagem. Alguns clientes reclamavam da aparição da petista. "É só falar da assombração que ela aparece", disse um deles, que não quis se identificar.
Outro gritou: "Esconde o CPF, rápido!". Se escutou, Dilma não rebateu a referência à violação de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB.
De manhã, já com a perna imobilizada, Dilma se reuniu com representantes da comunidade judaica no país, na sede da Confederação Israelita do Brasil (Conib).
Ela defendeu uma relação "não pessoal" com o Irã.
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4 comentários:
"Um vinho antes da queda"
por Jorge Furtado em 14 de setembro de 2010
Título de uma matéria da Folha de S. Paulo de hoje, 14 de setembro:
Após debate, Dilma toma "um vinho antes da queda".
A matéria assinada por Ana Flor e Anna Virginia Balloussier é um amontoado de futilidades e maledicências, pura campanha publicitária, chega a ponto de citar o tal vinho Romanée Conti pago por Duda Mendonça num jantar ao Lula em 2006, não traz nenhuma notícia em parte alguma, enfim, o padrão normal da antiga imprensa serrista.
O que me chamou a atenção desta vez foi o “entre aspas” da manchete: “um vinho antes da queda”. Por que as aspas? É citação de alguém? Seria alguma expressão proverbial? Uma ironia?
Não é uma expressão proverbial, também não é uma citação, ninguém no texto comenta a queda que, pelo que se supõe na fofoca travestida de jornalismo da Folha de S. Paulo, teria acontecido na manhã seguinte ao jantar. Sobra, como justificativa das aspas, a ironia.
A matéria informa que seis pessoas – Dilma entre elas - tomaram uma garrafa de vinho na noite de domingo, “antes da queda”, portanto, que aconteceu na manhã seguinte. A Folha de S. Paulo insinua claramente uma relação entre o pé torcido e o copo de vinho que Dilma tomou na véspera.
Depois de uma jornalista da Folha ter alegremente reproduzido o comentário de um tucano que se referia aos eleitores do PSDB, em contraste com os eleitores petistas, como uma “massa cheirosa”, depois de todos os descalabros produzidos nestes últimos anos (ficha falsa, ditabranda, grampo sem áudio, declarações do delegado Edmilson, estupro do menino do MEP, etc...) podemos esperar qualquer coisa da Folha nesta reta final da eleição.
Desde que perdeu o poder que lhe garantia a impunidade nas mais diversas maracutaias (ver privataria, Alstron, Tiger Eye, mensalão mineiro, Banestado, decidir.com, etc, etc....) a direita brasileira vem praticando o jornalismo mais rasteiro, preconceituoso, frequentemente racista, lutando – sem sucesso – para derrubar a popularidade do governo Lula. Os preconceitos e o racismo mais explícito aparecem a toda hora, a última armação da Veja informa que os militantes petistas “se comunicam remotamente e coordenam suas ações como que orientados por feromônios”. (sobre o olfato sensível da direita local, ver o ótimo site “Na prática a teoria é outra”, de Celso Rocha de Barros: http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=6939)
A elite brasileira, ignorante, iletrada, brega e endinheirada, esperneia a caminho de uma derrota humilhante nas urnas. Repito o que escrevi e publiquei aqui mesmo, há mais de 2 anos, em junho de 2008:
Acho que é a gritante parcialidade da grande imprensa pró-Serra - que menospreza, a ponto de parecer puro preconceito, a importância da diminuição da desigualdade social no Brasil e os bons resultados do governo Lula - a principal responsável pela antipatia que o governador de São Paulo provoca. Com proteção tão deslavada, acho possível afirmar hoje (25/06/08) que Serra, o atual líder das pesquisas de opinião para a sucessão de Lula, tem pouca ou nenhuma chance de ser eleito presidente.
http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/veneno-rem%C3%A9dio
Hoje (14.09.2010), com Serra em queda livre nas pesquisas, correndo o risco de ser ultrapassado por Marina, com a antiga imprensa abandonando qualquer escrúpulo e criando um factóide por dia (todos já esqueceram dos supostos 5 milhões pagos pela propina que inventaram anteontem), ignorando solenemente a ótima matéria de capa da Carta Capital (“Quem bisbilhota quem”) e corroborando sem críticas mais uma chinelagem da Veja, a direita brasileira e sua imprensa me fazem lembrar da bela frase do folclorista gaúcho Bagre Fagundes: “Nós ganhando eu não me importo que eles percam”.
No dia 4 de outubro, quando a preconceituosa direita brasileira estiver catando seus cacos e botando a culpa no Serra por seu fracasso, vou comemorar tomando um bom vinho gaúcho.
Gosto do Jorge Furtado e ele faz bem em criticar a direita brasileira. Mas ele força a barra porque cego em suas críticas a Folha que está levantando -- e tem mais é que levantar -- a sujeira que corre por baixo dos tapetes do governo Lula.
Maia
"O vinho que a Dilva tomou" é uma porcaria.
Aqui em casa, nem para temperar carnes.
Vai ter mau gosto assim no .....
Senna, R$ 123,00 a garrafa e com o selo bordeaux supérieur deve dar sim para regar um bom bourgignone. Com todo o respeito ao gosto do Jorge Furtado, o vinho tinto nacional me dá azia, queimação, pirose. Estou falando do tinto, pois o espumante está bem razoável. A Serra gaúcha tem muita umidade para o vinho tinto.
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