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quarta-feira, 23 de março de 2011

Eike Batista Vai Produzir Vinhos na Região de Bagé-RS



Uva Tannat Uruguaia, pertinho de Bagé

Gosto de vinhos, mas - confesso -   não sou consumidor do vinho gaúcho. Sem querer ser um "enochato"  vou dar o meu pitaco:  o nosso tinto não tem a mesma qualidade dos vinhos argentinos, chilenos e até uruguaios. Nos subúrbios de Montevidéu pode se encontrar excelentes tannats.É meu ponto de vista.

Mas uma notícia alvissareira foi divulgada hoje no RSVIP do jornal Zero Hora: o homem mais rico do Brasil, Eike Batista, o empresário de 30 bilhões de dólares,  está interessadíssimo em investir na produção de uvas e vinhos na região da Campanha, em Bagé, RS.

Com todo o respeito a região da serra gaúcha, que produz bons espumantes, porque o clima é bem úmido, a qualidade do vinho tinto deixa a desejar. A grande região para a produção de vinho tinto no Brasil é a região seca da Campanha, nos arredores de Bagé.

A notícia é muito boa e deve ser festejada. Seria ótimo se uma nova vinícola se estabelecesse na campanha e produzisse bons vinhos nacionais. Se Eike quer fazer esse investimento é porque o retorno é quase garantido.

7 comentários:

PoPa disse...

O que produz um bom vinho é o teor de açúcar da uva. O que faz a uva ter um bom teor de açúcar é a variação termal entre o dia e a noite, o que acontece sempre na Campanha e não acontece muito na Serra.

A questão do clima seco remete ao controle de fungos, principalmente, o que reduz, na Campanha, o uso de agrotóxicos para isso. Também em função do clima, parreiras da Campanha duram dezenas de anos (em Pinheiro Machado, tem parreiras produzindo há quase 50 anos!), enquanto no vale dos vinhedos, é comum a renovação antes dos 25 anos, por motivos sanitários.

O que ainda não se controla na Campanha, é a vinificação. Ainda não temos vinhos bons vinificados lá e transportar uvas não é das coisas mais adequadas para um bom vinho.

Mas temos tudo para produzir agora vinhos tão bons como os argentinos e uruguaios. Ultrapassar os chilenos fica para mais alguns anos...

Fábio Mayer disse...

Que bela foto da Lyz Taylor... das belas mulheres do cinema, sempre achei a mais bela.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Bela aula, Popa. Também acho que a região da campanha tem um "terroir" muito melhor e adequado à produção de vinhos tintos do que a serra gaúcha, que é mais adequeda aos espumantes, tendo em vista a umidade. E Eike Batista tem faro.Se ele efetivamente vai investir lá é que pode sair coisa boa. Mas temos também que reduzir a aliquota de imposto do vinho nacional para que ele se torne competitivo aqui dentro. Entre comprar um bom vinho nacional e um bom vinho chileno ou argentino, eu não tenho dúvida nenhuma, primeiro porque o preço é o mesmo e o vinho estrangeiro é melhor, infelizmente.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Fábio, o grande papel de Liz Taylor foi como Martha em Quem Tem medo de Virgina Wolf.

PoPa disse...

O grande papel de Liz foi ser Liz! Fantástica mulher!!!

E, Maia, já estão saindo uns espumantes interessantes na Campanha! Mas tens razão, preço a preço, não dá para competir.

Terráqueo disse...

Pessoal, não vamos nos iludir. Os vinhos brasileiros são péssimos, e os Argentinos um pouco melhor do que ruinzinhos. É melhor procurarmos outras coisas para nos envaidecermos. Talvez devamos ficar mais orgulhosos de nossos artistas, músicos, médicos, frutas, carnes, sei lá. Tentei lembrar algo que nos destaque, mas não consegui. Quanto aos vinhos Chilenos, adoro. São melhores que muitos vinhos Espanhois e Italianos, e competem com igualdade com muitos da região de Napa e Sonoma. Sei que o meu comentário foi antipático, mas francamente, não devemos ter falsas esperanças com relação ao vinho gaúcho. Fico contente, no entanto, que investimentos ocorram em Bagé, ainda mais tendo o Eike por trás, que é um empreendedor brilhante.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Terráqueo, temos potencial. A região da Campanha pode sim gerar bons vinhos. Vamos acompanhar e provar.