Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 14 de março de 2011

O Que Fazer?


Kadafi está ganhando as batalhas e reconquistando territórios e cidades. Os insurgentes estão perdendo as forças e estão a implorar por ajuda externa. Os Estados Unidos - administrados por Obama - não sabem o que fazer.

 Certa esquerda, que domina parte da opinião pública mundial, como se vê pela charge do Latuff acima, acha que uma intervenção americana vem acompanhada do interesse americano no petróleo da Libia e, portanto, são contra qualquer tipo de ajuda -- que envolva os EUA -- aos rebeldes libios.

Estamos, pois, diante de um grande impasse: ou os EUA entram em cena e ajudam os insurgentes libios a derrubar Kadafi ou o tirano vai ganhar essa guerra.

3 comentários:

Anderson disse...

Depois que as revoltas populares no Egito e na Tunísia conseguiram derrubar ditadores instalados no poder há décadas, parecia inevitável que o mesmo ocorresse na Líbia. Gaddafi está há 4 décadas no poder. Nos anos 70 e 80, era apontado como “terrorista”, e teve palácios bombardeados pelos EUA. Nos últimos anos, tinha virado “aliado” do Ocidente (claro, abriu o país para exploração do petróleo por empresas estrangeiras).

Mesmo assim, Europa e EUA enxergaram na revolta popular contra Gaddafi uma chance de tirar do poder um ditador instável e pouco confiável (para os interesses ocidentais). A imprensa ocidental passou a operar em uníssono: a queda de Gaddafi seria uma questão de tempo. O líder líbio ajudou a compor esse quadro de queda iminente, com declarações enlouquecidas – como a de afirmar que seus opositores tinham ingerido “pílulas alucinógenas” enviadas pelo Ocidente.

Quando a Telesur e a Al-Jazeera afirmaram que o quadro na Líbia era diferente de Egito e de Tunísia, porque Gaddafi tinha apoio popular, foram tratadas como emissoras “excêntricas”, pontos fora da curva.

Pois bem: Gaddafi virou o jogo. Conseguiu isso, segundo relatos da velha mídia pró-Ocidente, com base em ataques aéreos e massacres que não teriam poupado nem hospitais. Diante disso, há quem fale na necessidade de interferência armada da OTAN. Hum… Nesse caso, seria necessário intervir a cada ataque israelense contra civis em Gaza. Hum…

A oposição na Líbia agora está circunscrita a Benghazi (cidade a leste de Tripoli). As forças leais ao governo aproximam-se da cidade, e pode ocorrer um banho de sangue. Se OTAN e EUA intervierem agora, podem piorar as coisas: Gaddafi usaria a presença de tropas estrangeiras para acirrar os ânimos nacionalistas.

A questão aqui não é defender Gaddafi ou a oposição, mas deixar claro que a mídia ocidental deixou de ser confiável (isso desde a “parceria” com Bush, para justificar a invasão do Iraque por contas das “armas de destruição em massa” – jamais encontradas, evidentemente).

Fábio Mayer disse...

É a tal coisa, os EUA não o grande satã, são isso e são aquilo... mas quando alguém precisa de ajuda externa, vai sempre bater na porta do Secretário de Estado deles, no caso, atualmente, Hillary Clinton.

A Europa tá preocupada com a falta do petroleo líbio, fala em zona de exclusão aérea, fala em processo de paz, mas... não se dispõe a colocar um soldado na questão e... chama os EUA!

Sinceramente, esses problemas deveriam ser tratados internamente na Líbia, porque se Khadaffi é um tremendo fdp, ao menos, não enchia o saco do resto do mundo havia 20 anos, tava quieto no seu canto, agora o mundo todo preocupado com o preço da gasolina na bomba, pede "ajuda" dos EUA e tão logo o preço da gasolina baixe, vai começar a dizer que os EUA invadiram de modo injusto... alguns vão até dizer que Khadaffi não era ditador... os esquerdopatas mundiais são bons em dar uma no cravo e outra na ferradura!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Fábio, infelizmente não há como resolver o problema libio "internamente". Ou os insurgentes tem apoio externo ou Kadafi e sua gang vão recuperar os territórios conquistados.

Anderson, Kadafi tem apoio popular, Fidel tem apoio popular, Ahmadinejad tem apoio popular e continuamos a acreditar em papai noel.