Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Primo Basílio é Supimpa


O dono deste depósito gosta de ir ao cinema nas terças-feiras. Semana passada, assistiu a Saneamento Básico de Jorge Furtado (que deu uma interessante entrevista ao Roda Viva da TV Cultura na segunda) e ontem ao Primo Basílio do Daniel Filho. O filme é surpreendentemente bom. Não é nenhum abacaxi. A obra é supimpa que prova a boa fase do cinema nacional. A história de Eça ( o criador de Carlos Eduardo da Maia) é transferida de Lisboa para S. Paulo, no ano de 1958, na época da construção de Brasília. Jorge (Reynaldo Gianechini), o engenheiro, vai para Brasília trabalhar na Novacap e deixa Luiza ( a linda Débora Falabella) nas mãos (e não apenas nas mãos) do primo Basílio (Fábio Assunção). A empregada (a monumental Gloria Pires) é testemunha do sensual romance -- que vira abacaxi -- e se apossa das cartas de amor. A chantagem é o caminho para sua aposentadoria. O trama se desenrola e a sala de cinema fica focada e atenta. A patroa chantageada começa a fazer os serviços domésticos e assim a história vai para os finalmente.... Até que Jorge volta e o suspense toma conta. Não vou contar o final. Vá ao cinema, vivente!


Mas o que também chama a atenção no filme é o comportamento da geração, das famílias no final da década de 50 e, sobretudo, o comportamento da classe média com os seus empregados: a falta de respeito, a falta de educação, o racismo, o autoritarismo, a insensibilidade. E a história se torna irreverente porque a situação se inverte: a patroa chantageada pela empregada tem de fazer o serviço doméstico. E assim vai. E assim termina.


Recomendooooo.


2 comentários:

senna madureira disse...

Meu caro Maia

O que o Emir Sader não aceita é que, não obstante a existencia de propostas, seja de quem for, sempre se consagrará a constituição de um ideal político para o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, e nunca um ESTADO DA DIREITA.

Quem sabe ele não tem medo de perde o discurso ?

Para encerrar, receba um abraço no Paraíba, que teve que "fechar o quiosque" na Pestalozzi-Leme, em função da fiscalização do duble de alcaide e ex-blogueiro, Cesar Maia.

Foi trabalhar no Piscinão de Ramos, pois o Paraíba sempre foi "capitalista" e sabe surfar na maré economica daquela teoria.

Forte abraço

Senna Madureira

Carlos Eduardo da Maia disse...

Eu fico muito irritado, Senna, quando leio Emir Sader. Mas ele colocou minha mensagem em seu blog. Quando é que o Senna vai abrir o Blog do Senna e depositar nele aqueles artigos que misturam música popular brasileira com a política?
Abra um blog, Senna, vc merece.