Vista do alto do morro Santa Tereza em Porto Alegre.
Pois aqui em Porto Alegre também existe uma comunidade chamada Vila Cruzeiro que talvez seja a maior favela da cidade e, infelizmente, região de grande violência.
Essa Vila Cruzeiro avança no Morro Santa Tereza, que fica em frente ao estádio Beira-Rio.
Existe uma área no Morro de Santa Tereza que é do Estado do RS e onde está localizada a FASE, antiga FEBEM.
No início deste ano, a governadora Yeda Crusius resolveu vender essa área para a iniciativa privada construir ali imóveis de classe média e valorizar, assim, aquele local. O empreendedor, que adquirisse o bem, também se obrigaria a construir 5 unidades da FASE no interior do RS.
E certa esquerda chiou tanto que Yeda retirou o projeto da Assembléia. Coisas do Rio Grande.
Agora, como se vê no site http://www.omorroenosso.com.br/noticia51.html , esse mesmo pessoal quer que o futuro governador Tarso Genro faça ali um parque público.
A proposta é bonita, mas fazer um parque público ao lado de uma favela é pedir para que essa comunidade ocupe o parque público, o que já aconteceu zilhões de vezes neste Brasil afora.
Não é questão de preconceito. Um dos princípios fundamentais da Constituição Federal é o da dignidade da pessoa. Morar numa favela sempre foi um local indigno. Se o Brasil quer mesmo acabar com a pobreza, com a miséria tem de impedir que se faça mais e mais favelas.
O ideal é que se efetue mesmo a venda do imóvel, que se loteie o local, que se faça ruas públicas e que prédios de classe média sejam construídos no local. Existe no local área de preservação ambiental, que se preserve este local, que se faça praças públicas, que se construa ali um bairro para que as pessoas possam morar melhor e valorizar aquela região localizada em área nobre de Porto Alegre. Parque estadual perto de uma favela não.
3 comentários:
Estive lá há duas semanas, e fiquei com mais medo do que na Linha Vermelha. A Zona Sul virou um favelão só. Desde o Morro Santa Tereza à Assunção. Uma pena. Os últimos prefeitos foram um desastre.
Eu sou do tempo em que se subia no Morro para ver a cidade no belvedere, para jantar em um restaurante panorâmico que tinha ali. Claro, coisas da burguesia... melhor deixar para o tráfico.
Lembro desse restaurante Popa, não me lembro o nome, mas me lembro.
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