Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eles Só Pensam em "Luta de Classes"

O protesto dos estudantes brasileiros contra a desorganização do estado brasileiro que não consegue fazer direito uma prova unificada em todo o Brasil é considerado por uma esquerda chapa branca,  arrogante e decadente como movimento de "alienados" filhinhos de papai, que gostam mesmo do Mickey Mouse.  

A Estratégia é Dividir o Brasil


Leiam, pessoal, please, o post de hoje do diário gauche abaixo: Bem-vindos à luta de classes!. O cabra só pensa nisso: luta de classes. A estratégia dele é alimentar o antagonismo social, como diz o ex governador do RS, Olívio Dutra, ao referir o ponto mais importante de seu governo. Definitivamente, eles querem guerra. Só porque santo Marx disse que o motor da humanidade é a luta de classes os padrecos da catequese superada (porque isso nunca deu certo) estão a destilar seu ódio à sociedade de consumo, de classe média, que eles chamam de alienada, branca e "paulista". Alienados são eles, porque só pensam naquilo.

Mas tudo isso é paradoxal, porque Dilma ( e eles fizeram campanha direto para ela) prometeu incluir mais e mais brasileiros nos padrões classe média, essa mesma que gosta do Mickey Mouse.

Por isso digo e repito: tem gente que não está interessada em acabar com a pobreza, com a miséria, com a alienação e ignorância do povo brasileiro. Quem não tem interesse na inclusão social são os que querem fazer do povo a velha massa de manobra, tática superada de uma esquerda decadente. É isso, exatamente isso,  o que o diário gauche defende.


Bem-Vindos À Luta de Classes!



Ontem à tarde, em Santa Maria, região central do estado do Rio Grande do Sul, aconteceu uma manifestação de estudantes que frequentam cursinhos de ensino privado de nível pré-universitário. O ótimo vídeo acima (feito pelo Diário de Santa Maria) mostra quem são esses alunos, todos brancos e filhos da classe média capacitada a pagar ensino privado para os seus filhos e filhas. Veja se você encontra um/a negro/negra nesta multidão de branquinhos com indumentária up to date e de griffe? Procure bem. Veja de novo. Essa rapaziada tem cheiro de Mickey Mouse, no entanto, protestam contra a Universidade Federal de Santa Maria para que a política de cotas seja revista e rejeitada pela Reitoria.
É disso que se trata: luta de classes e, sobretudo, luta de raças.
Hoje pela manhã, tivemos informação que alunos dos cursos privados Universitário, Unificado e Anglo estão visitando escolas públicas da rede estadual de ensino de Porto Alegre visando mobilizar estudantes para uma grande manifestação contra o Enem, nos próximos dias. A coisa tem cheiro de pau-mandado.
É de estranhar que - subitamente - desperte a chama da indignação política em alunos de cursinhos pré-universitários, sabidamente virgens do espírito combativo do reconhecido e autêntico movimento estudantil brasileiro, vanguarda permanente em todas as grandes lutas políticas do Brasil, nos últimos setenta anos (desde 1937, pelo menos, quando da fundação da UNE).
De qualquer forma, é de se estimular a politização dos estudantes da direita brasileira, mesmo que estejam claramente instrumentalizados pelos interesses (ocultos) dos proprietários de escolas privadas de ensino, em todos os graus. O debate aberto e sincero, o conflito mesmo, entre os interesses que se chocam neste episódio do Enem é o melhor caminho para as soluções estratégicas de que necessita a nossa política educacional.

Estudantes brancos, filhinhos de papai e alienadinhos de todo o gênero: bem-vindos à luta de classes! O tio Mickey se orgulha de vocês!

8 comentários:

guimas disse...

De novo, pra ficar bem claro, em itens:

1. O Diario Gauche tem uma opinião superada, e nisto concordamos, é ponto pacífico.

2. A manifestação dos "brancos" beira o ridículo. Classe média reclamando que está sendo segregada em favor dos pobres? Tenha dó. Vão ter que gastar com universidade particular e vai sobrar menos pro iPod?

3. Se estão sentindo-se em desvantagem, que estudem mais e passem no vestibular por seus méritos educacionais, e não econômicos.

Simples assim.

guimas disse...

Faltou um PS:

A politicagem em cima dos problemas do último ENEM passou dos limites.

São uns 1000 estudantes com problemas na prova. Contra 4 milhões que fizeram. É pouquíssimo. Desqualificar o ENEM por causa disso é uma imbecilidade sem tamanho.

E essa classe que está gritando contra o ENEM é massa de manobra, sim. Não é só pobre que se presta a isso.

Diego Corte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diego Corte disse...

Numa visão amplificada isso é:

# Efeitos colaterais de uma péssima escola que temos no país

# Fruto dos conteúdos “doutrinários” nos livros

Pensando positivamente: é bom ver que os jovens se movem quando se sentem “agredidos”.

##

charlie foxtrot disse...

Bah. O texto é nojento.

Pablo Vilarnovo disse...

Guimas -

2. Tem todo o direito. Independente de serem ricos ou pobres. Pagam pela educação como qualquer um no Brasil paga: através dos impostos. Se podem pagar por uma particular ou não, não é questão do Estado. Segregação é racismo.

3. Ué, isso não vale para os cotistas?

Sobre o ENEM. Ele já vem errado faz tempo. Era para ser um instrumento para identificar fraquesas, pontos a serem combatidos, aperfeiçoar a escola pública. Hoje virou um outro vestibular. O que é lamentável pois a proposta inicial do ENEM era bem interessante.

Massa de Manobra = aqueles que protestam mas não pelo que "nóis qué".

Maia - Tá vendo? Até o direito de protestar foi privatizado. Se não é pela cabeça deles, és massa de manobra. Isso me lembra o caso de um rapaz que fazia uma daquelas greves particulares da USP atacando um outro rapaz que queria ter aula. O garoto gritava com todas as forças: "ao ir para a aula ele está impedindo o nosso DIREITO de fazer greve". Nunca passou pela cabeça dele que o outro rapaz também possuia um direito. E era o de NÃO fazer greve.

guimas disse...

Pablo,

Claro que eles têm direito de protestar, e não disse que não.

O ponto é que jovenzinhos que recebem tudo na vida (e não tem nada de errado nisto) reclamarem que estão "em desvantagem" é ridículo.

Sobre o ponto 3, é claro que vale para os cotistas. E as cotas estão aí justamente para "equalizar" a diferença que há entre a boa educação privada da classe média contra a educação precária dos pobres.

Essa coisa me lembrou um protesto no centro de Porto Alegre. Era contra a proibição das máquinas de bronzeamento artificial. Foi suuuuper politizado e importante.

Pablo Vilarnovo disse...

Guimas - Desculpe mas está sendo preconceituoso. Não interesse se esses jovens recebem tudo na vida. Estão lutando por um direito deles. Eu tiro por mim. Fui um jovem desse, estudei em escola particular a vida inteira e fiz faculdade pública.

Só que para conseguir isso tive dois pais que batalharam a vida inteira, abrindo mão de vidas mais confortáveis de uma aposentadoria melhor para educar seus filhos. Gastaram muito dinhiro, oriundo de seu suor, de seu trabalho pagando coisa que deveriam ter sido fornecido pelo Estado.

Ridículo é segregar protestos por classe social. Além de ser ridículo é racismo.

Isso para você é algum tipo de privilégio?

Ué, estão errados em protestar contra a proibição de máquinas de bronzeamento?? Não é direito deles? Ou existem pessoas que definem sobre o que as pessoas podem protestar??