Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Preocupante



Abaixo artigo de Rui Castro na Folha de hoje. O editor deste blog é um crítico a uma certa ditadura do politicamente correto, como ocorreu recentemente neste caso do livro de Monteiro Lobato, mas é realmente preocupante a história relatada abaixo, sobretudo pelo aspecto espontâneo do menino ou da menina que fez o texto que deve ter 13 ou 14 anos. Isso realmente demonstra ausência de limites, sobretudo familiar que é essencial na formação da personalidade. O adolescente que escreveu o texto deve achar absolutamente normal escrever o que escreveu, atacando minorias que devem sim ser respeitadas.

Sem limites


Uma amiga me envia, assustada, cópia de uma redação escolar que circula na internet. É um trabalho de sala de aula. Tem 20 linhas, foi escrito a mão e parece produzido por um aluno da 7ª ou 8ª série -13 ou 14 anos?-, não sei em que colégio ou Estado do Brasil. O tema é o homossexualismo. O garoto não se conforma com a existência de tantos "gueis e sapátas" à sua volta.


O tom da composição é de ódio e ameaça. Se, em vez de palavras, o menino usasse qualquer ferramenta, teríamos uma grave ocorrência policial. Mas a violência já está na própria linguagem com que ele se expressa. "Esses bando de filho duma éguas não tem vergonha na cara deles mesmos própios", diz. "Eles deveriam morrer para sempre da vida eterna".


"Eu não tenho nada contra nem a favor, muito pelo contrário", continua, num lampejo de culpa que logo se dissolve. "Eu fico é puto com esse negócio de cú (çanecagem) entre eles. Deixo minha indignação (tou puto mesmo) e peço os corretos que intenda minha revolta". Outros trechos da redação são marcados por "é foda", "esses viados" e "vão pra puta que pariu".


Como alguém tão pouco à vontade com a língua pode passar da 2ª ou 3ª série? Isso é o ensino no Brasil? E o que permite que um estudante brasileiro componha tal redação em aula e a entregue à professora? Onde estão os limites que deveriam balizar a postura do aluno em face da autoridade ou de uma pessoa mais velha? E se este não for um caso isolado?


A professora anotou 27 erros na redação -na verdade, são mais de 50. Deu zero ao garoto e escreveu ao pé da página que encaminharia o texto à direção do colégio. Se for uma escola pública, tudo bem. Mas, se for um colégio particular, arrisca-se a ser suspensa ou despedida por contestar a paupérrima, miserável expressão de um aluno em dia com suas mensalidades.

4 comentários:

PoPa disse...

Respondendo algumas perguntas do texto.

Sim, a educação no Brasil está um verdadeira droga. E das ruins, já que medicamentos também são drogas.

Sim, os erros são grandes e, sim, podem ter sido escritos por alguém de 13 ou 14 anos, pois é o que se vê na internet.

E, não, esta redação não deve ser real. Deve ser um "oax" destes que perambulam pela internet, buscando crédulos. Provavelmente, é coisa de gente que quer criar um ambiente favorável a promiscuidade.

Atenção, não confundir esta declaração do PoPa com homofobia. Nada mais errado! O que existe hoje, no Brasil, é uma tentativa de glamourização de um homosexualismo banalizado e isso é muito errado. Que cada um faça com seu corpo o que quiser, mas não se tente lançar isso como regra, como normalidade. Principalmente, não se pode confundir homosexualidade com promiscuidade, que é o que se vê, já que os não promíscuos tem vida normal em sociedade, com seus pares fixos.

Dito isso, esta redação não tem nada para ser real. É boato de internet. Coisa feita por alguém (provavelmente um homofóbico, mas também pode ser um homosexual) que acha que ganhará alguma coisa criando um ambiente de raiva cotra quem é hetero ou não morre de simpatias pelos homo. Que quer mostrar que os homofóbicos nem sabem escrever direito... Uma desgraça em todos os sentidos.

PoPa disse...

Preocupante, caro Maia, é um jornal como a Folha, dar espaço a um texto escrito por um aluno de alguma escola de algum estado deste País, em que alguma professora usou o tema homosexualidade em uma redação.

Preocupante é alguém conseguir dizer qual a série e idade da criatura, através da letra e não se preocupar com o fato de que pode ser uma solerte bobagem.

TARDE disse...

Mais uma lenda urbana. Não sei como ainda tem gente que cai nessa...

Fábio Mayer disse...

Duvido que seja de um aluno dessas séries... mas se efetuvamente foi escrito numa escola pública, com essa quantidade de palavrões e preconceitos é um retrato bem feio do país.