Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Princess Hijab


Trabalhos da grafiteira Princess Hijab que pinta véus islâmicos nos anúncios de publicidade no metrô de  Paris.


Em Paris todo mundo pergunta: quem é a princess Hijab? Será ela mulher? Ou um  homem disfarçado? Dizem que tem 20 e poucos anos. Discreta ninguém sabe quem ela é, mas todos conhecem seu trabalho.

Abaixo mais informações na Zero Hora de hoje sobre essa enigmática grafiteira.


O trabalho da artista é aparentemente simples: ela desenha um niqab, ou, nas suas palavras, “niqabiza” modelos em anúncios publicitários do metrô parisiense. Realizadas desde 2006, as intervenções ganharam visibilidade com o debate em torno da proibição do uso do símbolo islâmico por mulheres em espaços públicos no país – a lei foi aprovada em outubro.

Ao contrário do que se possa imaginar, a “princesa hijab” (hijab é o véu preto com o qual as mulheres islâmicas cobrem a cabeça) não é uma ativista e se nega a revelar se tem origem muçulmana. Apesar de adotar um nome feminino, a artista esconde sua identidade, até mesmo se é homem ou mulher – quando esteve com jornalistas, cobria a cabeça com capuz e usava roupas andróginas que não permitiam identificar seu sexo. Uma repórter do jornal britânico The Guardian que viajou a Paris para entrevistá-la disse estar claro que a artista de 20 e poucos anos não veste o símbolo que transformou em assinatura.

Seus fãs a idealizam como uma jovem rebelde do subúrbio de Paris que vai à capital deixar sua marca, imagem que não agrada Princess.
– Eu me posiciono como artista. Nunca pretendi ser a bandeira de uma comunidade – disse à BBC.
Seletiva, grafiteira diminuiu o número de intervenções
A ideia de realizar as intervenções surgiu quando a artista trabalhava com moda e costumava desenhar uma espécie de burca colada ao corpo.
– Paris é a capital da moda. É um ato forte fazer isso aqui – afirmou, referindo-se às “niqabizações”.
Por uma estranha coincidência, o primeiro graffiti, em 2006, foi desenhado sobre um pôster da rapper francesa Diam’s, recentemente convertida ao islamismo. Em quatro anos, Princess tornou-se seletiva com as intervenções. Tem feito de quatro a cinco por ano. A proteção aos espaços de publicidade no metrô de Paris aumentou e agora cada obra sua dura no máximo uma hora até ser limpa. Fotografados, os graffitis despertam atenção internacional ao circular na internet.
O alvo preferido da artista são as publicidades da marca H&M, loja de departamentos que ela argumenta terem democratizado a moda a preços baixos e tem entre suas clientes muitas mulheres trajando hijab.

Zero Hora de hoje.

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