Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 9 de março de 2011

Agir ou Não Agir? Eis a Questão ( O Dilema de Obama)


Os rebeldes libios querem. Grande parte do mundo quer uma nova "invasão" americana na Libia para ajudar "o povo unido que jamais será vencido" a derrubar o Kadafi ou Gaddafi. Enganam-se aqueles que acham que os EUA nunca estão do lado dos "bonzinhos". Na grande maioria das vezes os EUA sempre estiveram ao lado dos "bonzinhos. Dois exemplos, Tio Sam esteve do lado dos muçulmanos na guerra genocida da Iugoslávia e eles  ajudaram a derrubar o regime tirano do Taleban no Afeganistão. Chegou a vez de ajudar os libios, mas Obama titubeia.  

Opções dos EUA para a crise líbia vão do ruim ao péssimo


Com exceção de Muammar Gaddafi, nenhum líder no mundo está tão só hoje como Barack Obama. Criticado pela direita e pela esquerda e ante o risco de uma carnificina maior na Líbia, o americano confronta opções que vão do ruim ao péssimo.


Sua demora em agir, no comando da maior potência militar do planeta, é pintada como sinal de fraqueza por seus críticos de sempre e de inexperiência por gente dentro do próprio partido.


A tarefa, porém, não é simples e vai além de calcular uma eventual ação militar com uma guerra em curso no Afeganistão, outra ainda fumegando no Iraque e uma crise mal curada em casa.


Envolve mexer com fantasmas ainda muito presentes da política externa americana. E não há consenso nem dentro do governo nem na oposição.


Afinal, uma invasão a plena força e sem coordenação com a ONU evoca o Iraque em 2003, um lodaçal que atraiu a antipatia mundial e cujo visgo ainda está nas botas dos militares americanos.


Já uma ação "humanitária", pontual e centrada nas zonas de exclusão aérea, lembra os Bálcãs nos anos 90: a faxina étnica continuou, e os EUA e a Otan se viram levados a bombardeios até hoje questionados.


Mas não fazer nada acorda a assombração de Ruanda em 1994, quando o governo Clinton hesitou em classificar a matança como genocídio e foi parar na berlinda diante de 800 mil cadáveres.


E armar os rebeldes? A mais infeliz das soluções aventadas ecoa o corolário de barbaridades praticadas por rebeldes com fundos americanos na América Central (pense na Nicarágua) e no Afeganistão dos anos 80.


E, uma vez que assumam um lado a ponto de armá-lo, os EUA serão vistos como co-responsáveis pelo que aquele lado fizer, no poder ou fora dele, lembrou à Folha Audra Grant, analista no centro de estudos de segurança Rand.


Ainda assim, a expectativa é imensa. Obama é considerado um comandante-em-chefe mais leniente (ou ponderado) do que seu antecessor, George W. Bush. Ao mesmo tempo, é visto como simpático ao mundo árabe.


Há lógica, portanto, em crer que sua chegada ao poder tenha dado confiança àqueles que iniciaram os levantes democráticos correntes, disse em conversa em Harvard David Sanger, do "New York Times".


Ontem, Richard Haas, que dirige o prestigiado Council on Foreign Relations, advertiu no "Wall Stret Journal" que os EUA deveriam ficar longe da Líbia.


Os argumentos de Haas minimizam a eficácia das ações possíveis e questionam as intenções dos rebeldes (sem, claro, questionar a virulência de Gaddafi).


É um fator crucial, sobretudo quando governantes mundiais parecem acordar para a realidade após anos de afagos ao ditador, inebriados tanto pela promessa do fim do programa nuclear líbio como pelo cheiro de petróleo no subsolo do país.


Despertos de tamanho estupor, é difícil que saibam agora quem abraçar.

Artigo de Luciana Coelho - de Boston - na Folha de hoje.

2 comentários:

PoPa disse...

O certo seria Obama ter ficado de fora desta confusão. No entanto, tomou partido e assanhou ainda mais os rebeldes. A situação ficou mais violenta, em parte, por causa das declarações de Obama pela saída de Kadafi.

Uma grande sinuca mas para ele e os americanos - e o ocidente - o melhor é ficar quieto e deixar que eles resolvam seus problemas, já que não tem anjinhos naquela confusão.

Douglas disse...

Vemos muito na Televisão falado mal sobre o ditador Muammar Khadafi.
O que nós não vemos é a luta política por trás desses ataques a o ditador.
Antes das revoltas populares no oriente médio o “governo norte americano” era aliado do ditador e não só dele e sim de vários ditadores que governa até hoje os seus países.
Por que do ataque? O governo do Obama que não é nada bobo, sabe que o governo do ditador vai cair. Porque não dar uma força e ainda ficar de bem com os opositores, no futuro ser aliado do novo governo.
Sou a favor de manifestações contra o governo mas no momento que os lideres da oposição pegam armas para atacar o governo, nesse momento o governo de Khadafi tem total direito de contra-atacar o rebeldes.
Nesse momento não é uma manifestações que está acontecendo por lá, sim uma guerra civil aonde a oposição quer tirar e matar o ditador e sua família.
Quem não lutaria para proteger a si mesmo e sua família, quem não iria para guerra com aptidão de defender tais pessoas?
Que governo que país deixaria que rebeldes atacasse o próprio governo e não atacaria de volta?
Quem deixaria alguém bater em você e não atacaria de volta? Você ia deixar acontecer isso?A oposição não quer negociar quer simplesmente matar e seguir o mesmo caminho que ele, virar outra ditadura.

Não pense que autorização intervenção da ONU foi para auxiliar a população líbia. Servir de meio para manter o bom senso no mundo.
ONU não serve para nada, o G20 controla todas as ações e manipula para servi a seus próprio interesses.

Qual é a diferença entre o governo colombiano e o governo líbio ? Qual é a diferença entre as farc a oposição líbia?

A Farc quer controlar a Colômbia e a oposição quer controla a líbia. A diferença é os interesses do governo americano e da ONU.

O governo de Muammar Khadafi tem meu total apoio. O ocidente não ter o direito e nem o dever de controla os países do oriente médio.
Cada país tem o direito de ter sob o seu domínio, sob a sua vigilância a sua nação.