Sessenta pessoas podem ter morrido ontem em duas explosões ocorridas em Argel, capital da Argélia (foto acima). Esses ataques atingiram escritórios do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e do Acnur (agência da ONU para refugiados) e foram reivindicados pelo Al Qaeda no Magreb Islâmico que deixaram o seguinte comunicado na internet:
"recorda aos cruzados que ocupam nossa casa e usurpam nossas riquezas de que devem ouvir bem as exigências (...) do nosso emir, Osama bin Laden, senão as espadas dos mujahidin do Magreb Islâmico cairão sobre suas cabeças".
Esse texto, segundo a Folha, divulga o nome dos dois suicidas que conduziram os dois carros bombas: Abdul Rahman al Aasmi e Ami Ibrahim Abou Othman, os quais "golpearam os cruzados e seus agentes escravos dos EUA e filhos da França". O mesmo comunicado referia-se à ONU como "QG dos infiéis internacionais".
E hoje no Iraque, segundo a CNN, pelo menos 30 pessoas (todos iraquianos xiitas) morreram em Amara, em atentados conduzidos por carros bombas.
Iraquianos mortos por Iraquianos. Argelinos mortos por Argelinos. Não houve nenhuma participação de soldados americanos nestes atos.
Certamente -- e disso não tenho dúvida alguma -- nenhum comentário sobre esses fatos será divulgado nos blogs e nas mídias alternativas de esquerda. Por que este tipo de assunto simplesmente não interessa. É impertinente e atrapalha.
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