A nova Tv pública está no ar. Ainda não assisti, não vi e nem me interessei. Li apenas a matéria abaixo que saiu hoje na Folha. Dizem que Lula aparece bastante, mais do que o normal, um mau sinal.
O "Repórter Brasil", telejornal da nova TV Brasil, destacou ontem em suas duas edições de estréia, de manhã e à noite, a vitória do "não" no referendo constitucional da Venezuela e reportagens com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela manhã, a edição trouxe três reportagens com Lula e nenhuma referência à oposição brasileira. Curiosamente, a oposição venezuelana teve voz no telejornal, com a entrevista de um ativista contrário ao presidente Hugo Chávez. À noite, a oposição brasileira ganhou espaço. O líder do DEM no Senado, José Agripino, falou sobre a CPMF, e o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) comentou a situação venezuelana. Imagens do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assinando o protocolo de Kioto, sobre mudanças climáticas, foram mostradas. O presidente Lula apareceu falando sobre o início da TV digital, a votação para presidente do PT, a questão ambiental e na reprodução de seu programa de rádio semanal, "Café com o Presidente" Também houve uma referência indireta ao fato de o time do petista, o Corinthians, ter sido rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Lula teria previsto que a equipe se salvaria, mas "errou", segundo o apresentador. Na abertura de conferência sobre direitos da criança e adolescente, à noite, Lula defende a TV pública e atacou a TV comercial. "Em parte da programação dos meios de comunicação neste país, sobretudo a televisão, a gente vai se perguntar: em que momento vai ter alguma coisa educativa na televisão? (...) [com a TV pública] a gente vai poder ter programação e usar a cultura e educação para ajudar na formação das crianças e dos adolescentes." Segundo ele, nos últimos 30 anos não houve políticas voltadas aos jovens. Novo olhar Para mostrar um "novo olhar" sobre a Venezuela, os jornais da TV Brasil mostraram um material produzido por uma emissora comunitária daquele país, com narração em português sofrível. Para a TV pública brasileira, "o venezuelano respira democracia". De manhã, o noticiário de política teve espaço reduzido no telejornal. Uma repórter, ao vivo do Congresso Nacional, lembrou que hoje deve ser votado o segundo processo de cassação do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cujo resultado é "imprevisível", segundo a jornalista. À noite, o espaço foi maior. Ao introduzir uma reportagem sobre Ouro Preto (MG), cidade histórica, o telejornal citou números positivos do setor de turismo, com destaque para o fato de que essa indústria cresce 18% ao ano. A pasta é comandada pela petista Marta Suplicy, pré-candidata do partido à Presidência da República -que, no entanto, não foi citada nominalmente. O jornal teve um viés de autopromoção, com reportagens sobre a nova emissora e sobre ele próprio, cujo objetivo seria "jornalismo com foco no que realmente interessa". O jornal também noticiou que o DEM entrou no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a medida provisória que cria a TV.
Colaborou JOHANNA NUBLAT, da Sucursal de Brasília
Colaborou JOHANNA NUBLAT, da Sucursal de Brasília
Um comentário:
Meu caro Maia
Temos que dar um crédito de confiança para a TV Brasil, em função do curriculo dos profissionais que estão à frente dela.
Acredito que não vai muito longe, sendo apenas uma nova paginação da hoje extinta TV Educativa.
Chegar até o patamar de uma BBC de Londres é muita pretenção.
De qualquer maneira, vou aguardar.
Forte abraço
Senna Madureira
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