Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pesquisa da BBC Sobre Liberdade de Imprensa


Na Folha de S. Paulo de hoje:



Um estudo encomendado pela rede pública britânica BBC e divulgado nesta semana revela grandes variações nas crenças sobre o papel e a importância da liberdade de imprensa no mundo. No estudo, 56% das pessoas disseram crer que a atuação da mídia é importante para uma sociedade livre.

Por outro lado, 40% dos entrevistados em 14 países disseram que a importância da harmonia social e da paz supera a de uma imprensa livre, ainda que isso signifique controle do que é noticiado.



Foram consultadas 11.344 pessoas nos EUA, no México, na Venezuela, no Brasil, no Reino Unido, na Alemanha, na Rússia, no Egito, na Nigéria, no Quênia, na África do Sul, nos Emirados Árabes Unidos, na Índia e em Cingapura entre 1º de outubro e 21 de novembro de 2007.



Em parte da pesquisa, os entrevistados foram instados a escolher entre duas afirmações: "A liberdade da imprensa para relatar notícias honestamente é muito importante para garantir que vivamos numa sociedade livre, ainda que isso leve a debates desagradáveis ou à instabilidade social" e "Apesar de a liberdade da imprensa para relatar notícias honestamente ser importante, a harmonia social e a paz são mais importantes, o que às vezes significa que é preciso controlar o que é noticiado pelo bem geral".



Na maioria dos países, a liberdade de imprensa foi considerada mais importante do que a estabilidade, mas Rússia, Índia e Cingapura são exceções. Nesses países, cerca de 48% apóiam o controle para garantir a paz, contra 40% que priorizam a liberdade de imprensa.


No Brasil, 52% afirmaram que a liberdade supera a manutenção da estabilidade. Nos EUA, 70% dos entrevistados -o maior percentual entre os países pesquisados- escolheram a primeira afirmação. Na Venezuela, o percentual chegou a 64%, terceiro maior, atrás do Reino Unido (67%).


Quando os entrevistados foram questionados se consideram que em seu país existe imprensa livre, numa escala de 1 (sem liberdade) a 5 (muito livre), os americanos foram mais duros na avaliação da própria mídia, com 53% optando pelas notas 4 e 5. Foram superados por países como Quênia (82%), Índia (72%), Venezuela (63%) e Egito (64%). No Brasil, 52% optaram por notas 4 e 5.A pesquisa foi encomendada dentro das celebrações dos 75 anos da BBC World Services e foi conduzida pelos institutos GlobeScan Incorporated e Synovate.

Nenhum comentário: