Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Derrota da Paranóia e das Prateleiras Vazias


Nenhum país do mundo, nenhuma Venezuela da vida vai resolver suas crônicas desigualdades sociais com política de enfrentamento, antagonismos e ressentimentos. A luta contra a desigualdade social se faz com politica de inclusão social. Errado estava o prefeito Fogaça que quando gauche (na época da ditadura todos éramos assim) compôs "Vento Negro" que dizia: não existe paz sem divisão.

Não querendo ser (mas sendo) piegas eu afirmo, a paz se faz com união, convergência e conciliação. Assim progridem os países econômica e socialmente.

A derrota de Chávez pode ter sido microscópica, mas foi significativa. O apertado e rotundo não é uma manifestação política importante e que está mostrando que a onda vermelha tem condições de se dissipar e se desinteressar pelos rumos do chavismo e do socialismo do século XXI. As longas filas do leite, do frango, dos ovos, da farinha (interessante, isso sempre ocorre nos socialismos) foram fundamentais para a derrota do bufão.

Chávez se queixou da abstenção, mas se abster (como nos ensinou o Mercadante no julgamento do Calheiros) é também uma manifestação politica. A Venezuela está mostrando sinais de cansaço com o chavismo e com as incansáveis brigas causadas por Chávez que parece adorar brigar com todo o mundo que não acredita nele. O paranóico do Chávez deve estar se sentido traído pelo nobre povo venezuelano.

Vou abrir, como prometi, um espumante para comemorar que finalmente existe oposição na Venezuela.

Foto do site http://www.terra.com.ve/. Oposicionista comemorando a vitória do Não no Referendo.

2 comentários:

Léo Bueno o Corvo disse...

Quem sabe agora ele reduz o tom quando for conversar com gente de fora também.

PoPa disse...

Tua análise está muito bem feita, Maia. Realmente, a abstenção diz muito em uma votação. Aliás, é o que muitos querem por aqui, mas não dizem exatamente o que pretendem. Talvez porque, ao contrário de lá, as abstenções seriam dos que não confiam nos políticos e no governo e favoreceriam a quem?

Agora, é esperar que Chávez não torne o voto obrigatório e convoque novo plebiscito para ouvir "todo o povo"...