Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Venezuela Próxima do Mercosul




A Câmara dos Deputados brasileira aprovou na noite de ontem, por 265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela ao Mercosul, bloco regional formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006, ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. Os Congressos do Uruguai, Argentina e da própria Venezuela já votaram pela entrada do país no Mercosul. Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o acordo.Diferentemente do ocorrido em outras comissões, a votação no plenário da Câmara foi calma ontem, enquanto os líderes do Mercosul estavam reunidos na cúpula de Costa do Sauípe (Bahia), que condensou encontros regionais. Houve apenas manifestações contrárias isoladas de deputados do PSDB.Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional mostram que a entrada do país resultará em um bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 12,7 milhões de km, PIB superior a U$ 1 trilhão (aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e comércio global superior a US$ 300 bilhões.O PSDB foi o único partido a orientar a votação contrária. O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) argumentou que a ingressão da Venezuela no bloco pode ser prejudicial para a economia da região, graças a postura polêmica do atual presidente do país, Hugo Chávez. "Nós temos hoje um forte antagonismo entre o presidente da Venezuela e vários parceiros da região e isso poderá dificultar a integração com outros blocos econômicos. Votamos contra por razões de ordem econômica e não ideológica", disse.Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) lembrou ainda que a Venezuela deixou de cumprir diversos requisitos estabelecidos do protocolo de adesão. O líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) liberou a bancada na votação de ontem no plenário.Deputados do PT saíram em defesa do país. José Genoíno (PT-SP) disse que o isolamento da Venezuela poderia levar a uma crise e a um fundamentalismo. "A integração entre países é pluralista. Não podemos fazer o crivo ideológico sobre quem está na Presidência da República para realizar a integração", disse.




Folha de hoje.

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