Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A Teoria na Prática é Outra


O Stédile, o Emir Sader, o bispo de Jales e o Moroni, presidente da Abong (Ong´s) escreveram, a oito mãos, um artigo com o título por uma reforma tributária justa, na Folha de hoje. Resumindo tudo numa frase eles defendem a idéia de que a classe dominante deve pagar bastante imposto, muito mais do que paga (ou sonega). E o imposto arrecadado pelo Estado -- ao invés de ir para o pagamento dos juros da dívida -- deveria ser investido no social, na educação, na saúde e na seguridade (notem que eles omitem investimento em segurança). Tudo lindo, tudo muito bonito.


Mas, infelizmente, a vida não funciona dessa forma, porque a teoria na prática é outra. Se o Estado taxar demasiadamente a riqueza, a produção, a poupança, a renda, muito possivelmente tal capital vai produzir riqueza em outras bandas, vai investir em outros lugares, vai gerar renda em outros sítios, vai gerar emprego e imposto em outras localidades. Por que a Grandene saiu de sua terra natal, o Rio Grande do Sul, e foi produzir sapatinhos de plástico no Ceará?


E, também, por trás de tudo isso está o interesse político. Os bancos gostam de destinar seu rico dinheirinho para as campanhas políticas, para os políticos, para o poder. Na mesma Folha de hoje está a notícia de que o PT (partido que o Stédile, o Emir, o Bispo de Jales e o Moroni simpatizam e votam) é o partido que proporcionalmente mais tem recebido doações do setor financeiro.Segundo dados da prestação de contas dos partidos ao TSE, o PT recebeu, em 2006 (último dado disponível), 19,26% de suas doações de bancos.Foram R$ 8,33 milhões de um total de R$ 43,23 milhões que entraram nos cofres do partido. O setor bancário foi o segundo maior doador para a sigla em 2006, perdendo apenas para as empreiteiras, que doaram R$ 12,47 milhões.

Definitivamente, a teoria na prática é outra.
*Foto de Lucas Pupo

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