Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

No Turbulento Vôo de Ontem a Piaui Foi Minha Salvação


Esta Não é a Última Edição da Piaui.


Fiquei sabendo do apagão quando cheguei em Porto Alegre, ontem, pela meia noite. Meu avião deveria sair de Brasília pelas 20 horas e só partiu às 22. Foi um caos. O aeroporto de Brasília estava fechado devido a um grande temporal. A pista de decolagem ficou sem luz e todos aviões tiveram que aterrisar (ou aterrar como dizem os portugueses) e decolar na mesma pista. Finalmente, o Airbus 320 da TAM, decolou e pegou de frente o temporal e balançou por um bom tempo. Mais tarde, na altura de SP e PR pegou outro temporal, o mesmo que pode ter rompido as redes de transmissão de Itaipu. Nova turbulência e por tempo bem razoável. Detesto turbulências. Quando chegou no RS pegou o nosso velho minuano. Resultado, minhas costas tensas estão doloridas até agora.

Eu tenho um grande problema: só leio a Revista Piaui nos aviões. E como viajo eventualmente de avião deixo de ler a maioria das edições. A última edição é realmente muito boa. Recomendo as seguintes matérias:

O Setembro Negro da Sadia que trata da história da Sadia, desde sua fundação, a história do patriarca, as brigas internas dos herdeiros, a criação da Transbrasil, as fofocas, a ala do ex ministro do Lula, Furlan, os investimentos financeiros de risco que quase levaram a Sadia à falência na crise do ano passado e, finalmente, como ocorreu a fusão da Sadia com a Perdigão impulsionada pelo governo Lula que satisfez seu desejo de criar uma super indústria nacional de alimentos, com participação estatal, of course.

A longa guerra de Stanley McChrystal - Esse general é magro como uma caveira, corre 13 km por dia ouvindo leitura de livros, ele é o responsável pelas tropas da OTAN no Afeganistão. A matéria aborda o dia a dia do general na complicadérrima situação que se encontra aquele atrasado país. 3 de 4 adultos são analfabetos, como criar um razoável serviço de segurança nacional nessas condições? Os americanos não tem saída (there is no way out) não há como sair agora do Afeganistão e vão ter de derramar mais e mais dólares. Se sair agora o Al Qaeda toma conta.

9 de Novembro de 1989 e Eu - Esse artigo está disponível no site da revista, aqui.
Escrito pelo alemão Tim Apmann que subiu no muro de Berlim há 20 anos e copio e colo a seguinte parte:
A construção do muro erguido para manter inviolável a Berlim socialista coincidiu com o meu nascimento (em 1962) e o do meu irmão (três anos depois). Ela também levou meus pais a dar nomes americanos aos dois filhos - Tim e Tom. Se na Alemanha de hoje você conhecer alguma mulher de prenome Mandy, pode ter certeza de que ela é originária da antiga Alemanha Oriental. Tom e eu entendíamos que o muro, erguido a não mais de dez minutos a pé de onde morávamos, era necessário para manter os nazistas no Ocidente.
Era -óbvio que os nazistas estavam se preparando para ocupar o nosso país a qualquer momento e acabar com o nosso regime progressista e socialista. Só não entendíamos por que não podíamos, nós, dar um pulo do outro lado e ver como era um país cheio de nazistas. Tom e eu daríamos qualquer coisa só para ter uma oportunidade de ver esse lugar misterioso atrás do Muro de Berlim, tão perto e ao mesmo tempo tão distante. Quando perguntávamos por que os berlinenses ocidentais não vinham todos para o nosso lado, onde havia trabalho, educação e sistema de saúde gratuito para todos, meus pais se entreolhavam. E então respondiam de forma enigmática: "Tenho certeza que eles sabem por que não querem viver no nosso lado." Era óbvio que evitavam o assunto.

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