Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sempre Desconfiei de Dubai




Eu sempre achei muito estranho Dubai. Aqueles condomínios fantásticos com formas impressionantes, prédios altíssimos de arquitetura arrojada, cidade modernosa, futurista num país árabe tão distante governado por um Emir chamado Mohammed bin Rashid Al Maktoum . Dubai é o centro turistico do oriente e cada vez mais atrai turistas ocidentais. Em pouco tempo (dizem que 10 anos) não haverá mais petróleo por isso o emirado resolveu investir em turismo, serviços e imóveis. E a atração desses investimentos é feita por uma estatal chamada "Dubai World."


E agora o mundo descobriu que o tigre parece ser de papel. A conta negativa da estatal do emirado é pesada e a perigosa alternativa foi pedir moratória, prazo de 6 meses para o pagamento das dívidas. As bolsas mundiais desabaram. A Bovespa caiu dois pontos ontem. O diário gauche já postou um texto dizendo que Dubai se dissolve no ar e está anunciada mais uma fraude neoliberal. A esquerda adora comemorar esse tipo de notícia.

Mas amanhã, como sempre ocorre nas crises do capitalismo (é possível capitalismo sem crise?), tudo voltará ao normal. Daqui a uma semana -- talvez -- as bolsas já estejam equilibradas e nada se dissolveu no ar. O DG vai continuar postando bobagens e o Maia vai continuar tomando malbecs.
Mas que Dubai é um local meio estranho não há dúvida.

8 comentários:

charlie disse...

O DG é como aquele mendigo que caminha usando uma placa "the end is near". Eles anunciam e torcem pelo tal colapso do capitalismo, que pra infelicidade dos seus violentos leitores nunca chega. Deve ser frustrante.

Fábio Mayer disse...

Nem Dubai vai sumir do mapa, nem o capitalismo vai acabar porque 50 bilhões de dólares não são nada, num contexto em que se gastaram pelo menos 2 trilhões pelo globo afora para evitar uma crise econômica ainda mais drástica.

Mas o que DUbai acabou de descobrir é que, se quiser ser polo tiristico e ganhar dinheiro com isso não pode agradar apenas a sheiks do petróleo, deve ser acessível à classe média do mundo todo... ou seja, sua opulência custou caro e não necessariamente retornará o dinheiro nos níveis desejados.

guimas disse...

Maia, uma sugestão: continua chamando o Diario Gauche de "certa esquerda". Tem gente boa na esquerda que torce o nariz pra eles.

Ao ponto: só a relevância de Dubai pode salvá-la - algum capitalista rico pode achar que vale a pena investir lá e manter o negócio funcionando. Nada de novo. E concordo: Dubai é realmente estranho.

Terráqueo disse...

Será que o DG também acha que o acelerador de partículas criado na Suíça para simular o Big Bang vai destruir o mundo? Imagino a manchete: "Liberais criam imenso buraco negro que começou por engolir os depósitos bancários dos insensíveis capitalistas." O chato é que nessa hipótese ele não vai ter tempo para postar: "O DG bem que avisou."

ZEPOVO disse...

O Dubai pode ser mais uma "bolha", não digo estranho, digo suspeito!
As "matérias" que assisti na TV mostrando uma opulência pornográfica e ao mesmo tempo cafona além do mal gosto parecem ser a cara de novos ricos, escroques que se deram bem ou coisa pior. Gente rica de fato, odeia a opulência.
Quem paga U$ 15.ooo,oo para tomar um sorvete de creme coberto de "ouro coméstivel" (só pode ser 171) em uma taça de ouro é muito rico, mas antes de tudo um idiota!
Com Dubai brilhando ou quebrado o capitalismo segue seu caminho, é muito maior que um Dubai inteiro, mas já está no limite de sua vida útil, simplesmente porque um sistema perfeito para apenas 5% da população mundial não tem futuro, mesmo que dure muito!
O moderno socialismo permite que ricos tomem seu sorvete de creme na torre refrigerada de 200 andares no meio do deserto, mas usa a taça de ouro para comprar milho e alimentar algumas milhares de crianças africanas... Sim é piegas, e muito. mas as crianças morrendo de fome existem mesmo. E o tal sorvetinho de U$ 15.000,00 também...

charlie disse...

Pô, Ze, escreve com mais clareza. Qual teu ponto?

Anônimo disse...

charlie,
Qual meu ponto?
Sei lá, eu espalho pontos e vírgulas e rezo para tudo fazer algum sentido...

zepovo

Pablo Vilarnovo disse...

Dubai acabou de conhecer uma máxima que os liberais conhecem há tempos: não há almoço grátis.

O engraçado da esquerda é que, por não conhecerem nada da doutrina econômica liberal, costumam colocar essa crises como sendo liberais.

Um dos motes liberais é ser totalmente contra a esses endividamentos louco que governos praticam. Há muitos liberais que advogam pela volta do padrão ouro! Liberais sempre foram críticos à capacidade de políticos de criar dinheiro, imprimir dinheiro, de se endividar acima da capacidade, de alavancamento.

Como podem dizer que é crise do neoliberaismo se o liberalismo é contra tudo isso?