Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Please, deixem eu assumir meu lado esquerdista!
Todos me pressionam para assumir meu lado de direita. Eu não sou de direita, eu sou de esquerda. Sempre fui de esquerda desde criancinha. Não posso agora abandonar o que sempre fui. Não faço parto da esquerda rançosa, dogmática e manipuladora, mas de uma esquerda liberal. Dizem que não existe uma esquerda liberal - porque liberalismo é uma coisa e esquerdismo é outra coisa. O Pulha Garcia, blogueiro português, editor do Blog "O bom sacana", me disse em mensagem aqui enviada: Também achei a queda do muro um evento de grande importância e esperança para os povos. Apenas me demarco da perspectiva de "esquerda liberal" preferindo o centro-direita ...
Não, também não me considero de centro-direita. Posso até ser de centro-esquerda. Não sou de centro porque não estou em cima do muro. Não gosto de estar em cima do muro. Na eleição do ano que vem eu vou votar num candidato de centro esquerda, porque -- parece -- não existe candidato de centro direita ou de direita no Brasil de nossos dias. E mesmo que tivesse eu votaria num candidato de centro esquerda.
Sim, eu sei que eu sou teimoso, mas não vou me assumir de direita, porque não sou de direita: eu sou de esquerda.
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13 comentários:
Não precisa ser de direita.
Não precisa ser de esquerda.
Seja um liberal. Puro e simplesmente.
Parece mais questão de fé do que de razão. De paixão mais do que de sobriedade ("Não posso agora abandonar o que sempre fui"). Mas enfim, isso é uma questão pessoal, e a pessoa é o que ela acredita ser.
Mas prefiro os termos menos confusos como capitalista liberal, social democrata, socialista, para definir orientação econômica e liberal, conservador, autoritário para definir orientação política, e assim por diante. Esquerda, direito, centro-esquerda, centro-direita são confusos e muito genéricos.
MAS, eu concordo que és mais "esquerda" do que "direita".
hehe
Qual a sua definição de esquerda ou de direita? E ela é uma definição política, de forma de governo ou econômica? Ser de direita é acreditar no liberalismo econômico, no desenvolvimento sustentável,na dignidade da pessoa humana, ou ser de direita é ser acorrentado ao capitalismo selvagem, ao lucro a qualquer preço e a exploração do ser humano. Lembro que os acordos da OMC visam incrementar o comércio entre os povos, reduzir as distorções econômicas, e permitir que mesmo os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento tenham acesso aos mercados de uma forma competitiva.
Ser de esquerda é tentar redistribuir a renda, mesmo em um mercado aberto e com respeito a propriedade privada, um governo democrático, ou é ter um governo totalitário, vivendo em alto luxo e um povo trabalhando miseravelmente e sem direito a propriedade privada e sua dignidade?
No Brasil, salvo honrosas exceções, não temos partidos verdadeiramente de esquerda sob nenhuma ótica, pois seus integrantes se acostumam rapidamente ao luxo e utilizam frequentemente o dinheiro público para compra de imóveis, transporte de amigos,patrocínio de festas, viagens para lazer,etc. Sem falar nos escândalos em razão da corrupção gigantesca que acabam sempre em pizza para o povo e Champagne para os envolvidos. Ou seja, nem os políticos de direita ou esquerda possuem vegonha na cara.
Capitalismo, em algumas pessoas, desperta sentimentos bem ambíguos: amor e ódio, rejeição e desejo. O lucro é maldito, mas o desenvolvimento é desejável. A servidão é vil, mas o preço da liberdade muito alto.
Enfim, tenho alguns amigos vivendo essa tormenta atualmente. Caras que passaram parte da vida denegrindo o "grande capital", o lucro, a impessoalidade do sistema de preços, o individualismo egoísta, mas que hoje possuem empregos maravilhosos em empresas de tecnologia, que passam viajando pelo "império" ao custo dessas empresas. E eles escrevem de maneira surpreendentemente parecida com a do amigo de cima, o Terráqueo. Eles amam o capitalismo pelo que ele fez por suas vidas, mas o odeiam por razões imaginadas quando ainda eram adolescentes.
Opa, retiro do último comentário a referência ao comentário do Terráqueo. Não entendi da primeira vez que li!
Valeu Charlie. Mas estou começando a achar que esse é um blog de direita.
Esse Blog não é um Blog de direita, Terráqueo. Please. Eu não acredito no mercado absolutamente livre.Acredito sim no estado regulador e que protege o bom andamento do mercado. O estado não tem que estar do lado do empresário e nem do trabalhador, nem do comerciante, industrial, consumidor ou sindicalista. O papel do Estado é evitar os abusos do mercado e da sociedade e como vitar isso: fiscalizando, regulando e atuando também com o seu poder de polícia. Mas a pior coisa do mundo é a fé cega na ideologia e na religião. E qualquer ideologia e qualquer religião.
Continue repetindo este mantra Maia. Quem sabe alguém acredita.
Não é tão dificil identificar a orientação do Maia. Em economia ele é típico social democrata, acredita em mercado relativamente livre e que o Estado deve garantir mais coisas além de segurança, administração da Justiça e outras atividades de caráter administrativo. Em termos políticos ele é um liberal.
A sutileza da coisa está em quão grande deve ser a participação do Estado na sociedade, mas isso é secundário. Em essência ele é um adepto do welfare state, e isto é normalmente associado, pelo menos na Europa, com a esquerda liberal.
Não me parece um grande mistério...
E Sabino, se procuras pela direita, então prazer, Charlie, às suas ordens.
Maia,
Excelente o teu posicionamento. O Estado deveria ser apenas um regulador, um fiscalizador da atividade econômica. Pena que no Brasil o Estado extrapole a função reguladora, e resolva determinar até se as empresas privadas brasileiras podem investir no exterior ou não.
Cheguei tarde a esta discussão... e que pena. Tanto haveria para dizer sobre as diferenças entre esquerda e direita na política actual...
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