Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Que É Isso, Companheiro?


O intelectual orgânico César Benjamin

Desconstruindo o Mito do Filho do Brasil

César Benjamin é um cara de esquerda, sempre foi de esquerda, ajudou a construir o PT, conviveu com Lula, se desfiliou do PT, foi vice de Heloísa Helena, na eleição de 2006 e se desfiliou do PSOL. César Benjamin brigou com o complicadérrimo Emir Sader e Ivana Jinkins, donos da editora Boitempo, tendo em vista suposto desvio de verbas da Fundação Rosa Luxemburgo que doou 100 mil euros para a edição do livro: Governo Lula, Decifrando o Enigma. O caso virou notícia da página policial.

César Benjamin continua de esquerda e conhece muito bem os bastidores dos atuais donos do poder. Por que motivos, César Benjamin, por vontade própria, trouxe a tona, na semana passada, o episódio envolvendo Lula e o Menino do MEP? Que mensagem Benjamin quis mostrar ao Brasil contanto o episódio?
Ora, tudo começou porque empresas que prestam serviço ao governo Lula resolveram financiar o filme Lula, o filho do Brasil mostrando a figura de um vencedor, o retirante miserável que saiu do interior de Pernambuco e foi fazer sua vida na grande São Paulo, virou sindicalista e presidente da república. Mas que mito é esse?
O artigo de Benjamin visa exatamente desconstituir o mito, relembrando que o Lula verdadeiro não é o Lula, o Filho do Brasil. Lula seria, então, segundo Benjamin, uma espécie de macunaíma, um herói sem moral, o cara que chega ao poder fazendo pequenas (ou talvez grandes) picaretagens. Mas isso não pode ser dito e nem alegado. Não se pode haver dúvida acerca da boa moral do presidente Lula. Afinal ele é o Filho do Brasil.
E certa esquerda, que tem dificuldade imensa em conviver com os ares da democracia, fica criticando a Folha por ter publicado um artigo do César Benjamin, que tem responsabilidade pelo que escreveu. Não foi um carinha de direita que escreveu o artigo, foi um intelectual orgânico de uma certa esquerda que adora postar em seus Blogs artigos ácidos do mesmo César Benjamin criticando o sistema, o capitalismo e os malvados burgueses. Esses artigos, evidentemente, podem ser publicados.

Custo a acreditar que o episódio grotesco contado por Lula seja mentira. Hoje na ZH, o cineasta Silvio Tendler admite que Lula falou sobre essa conversa, mas da seguinte forma:
Aquilo era uma piada. Lula sempre foi um cara brincalhão, não foi a única que ele fez. Todos os dias ele chegava com uma piada. Ele resolveu provocar e brincar. Estava evidente para todos que estavam na mesa que aquilo era uma brincadeira. O Cesinha levou 15 anos para elaborar que aquilo não era uma brincadeira e que podia ter um fundo de verdade. Não tinha. Aquilo era uma piada, todo mundo riu. (...) Lula “não seria louco, no meio de uma campanha eleitoral, de levantar uma lebre que derrubaria ele”, o cineasta questionou o cientista político:– Ele (Benjamin) precisa dizer por que levou 15 anos para revelar essa história e de onde tirou que era uma história real, e não uma piada.
Resta uma verdade, a história foi contada. Se foi piada foi de mal gosto. E por que Lula contaria uma piada desse tipo?

5 comentários:

guimas disse...

Maia, o César Benjamim é a própria "certa esquerda", ultrapassada, rançosa, rancorosa, que criticas diariamente.

Agora ele escreve um artigo rançoso, rancoroso, grosseiro para falar mal de Lula e... vira um "intelectual orgânico".

Lula conta uma piada de mau gosto num almoço, em 1994, e isto gera uma celeuma, pondo os anti-petistas de cabelo em pé. Supondo que isto seja verdade, ocorreu há 15 anos, e por favor, me explique: qual o problema em fazer piadas de mau gosto? Ou será que o Lula não pode?

Eu critico - e muito - a Folha por permitir este tipo de baixaria por um motivo bem simples: é uma grosseria, baixaria, típica de jornaleco de escâncalos. É o tipo de matéria que mina a credibilidade e a seriedade da publicação. E sabe do que mais? Anti-democrático é quem não aceita a crítica - extremamente óbvia e necessária neste caso - quando lhe convém. Chamar de autoritário quem critica a imprensa é argumento de criança.

"Custo a acreditar que o episódio grotesco contado por Lula seja mentira."

Contra o Lula acreditas em qualquer coisa? Não tem problema: tenho uns terrenos em Marte à venda, e o dinheiro que conseguir vou usar contra o PT. Queres comprar?

Maia, se este é o argumento para "desconstruir o mito Lula", começou muito mal. É melhor chamar gente mais esperta.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Se eu fosse chamado, Guimas, a falar sobre o governo Lula eu seria daqueles que aprovaria. Mas o Lula, filho do Brasil, não é o mesmo Luiz Inácio que nunca sabe nada sobre os escândalos a sua volta. Que não sabe das picaretagens cometidas por seu filho etc. Lula não é esse anjo que parte do Brasil acredita. Aliás, está muito longe disso.

guimas disse...

Que interessante. Lula não é anjo, então pode chamar ele de estuprador? Em nome da "democracia"? E quem discorda é autoritário?

É claro que Lula sabe sobre os escândalos a sua volta. Arruda não sabia? FHC não sabia? Yeda não sabia? É minha opinião que todos sabiam. A diferença é: participaram ativamente dos escândalos? Foram protagonistas na armação do ato corrupto?

E depois, e daí se alguns querem transformar a imagem do Lula em algo maior do que ele é? Fizeram isso para TODOS os governantes, para mais e para menos! O Lula é só mais um. Com uma diferença sensível: o governo dele não é ruim. O "saldo" é positivo, e o país progride.

Daí a chamá-lo de estuprador tem uma diferença. O artigo da Folha é um lixo escandaloso e deve ser enterrado e esquecido. A Folha ainda vai se envergonhar disso.

senna madureira disse...

O problema supera o filme do Lula.

O Cesar é um canalha e deve ter tido algum prejuízo com alguma maracutais.

O Cesar sempre foi um sangue-suga, sempre atras de uma "boqunha do PT."

Dizer meias verdades é sempre a arma dos canalhas.

Anônimo disse...

Guimas, todos podem ser grosseiros e estúupidos e assim podem contar piadas estúpidas e ou escatológicas, menos o FILHO DO BRASIL. Aí já é demais.