Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Vida Indigna Embaixo da Ponte da Azenha



Hoje caiu uma tromba dágua em Porto Alegre. E a imagem acima mostra a comunidade que mora embaixo da Ponte da Azenha saindo de sua morada para se estabelecer em outros sítios. É sempre assim, a Ponte da Azenha só fica vazia, na parte de baixo, quando tem chuva das grossas. Recentemente a prefeitura de Porto Alegre gastou zilhões para melhorar o aspecto da ponte que é histórica. Fez pintura, arrumou as estruturas, colocou iluminação de época (todas elas hoje quebradas), mas não fez o que deveria ter feito: impedir o acesso das pessoas na parte de baixo da ponte. E por quê não fez? Ora,caramba, porque a prefeitura de Porto Alegre, capitaneada pelo prefeito medroso Fogaça tem medo do discurso "foucaultiano" do politicamente correto de que se fizer isso estará fazendo o fascismo da limpeza étnica. O certo é que a cidade de Porto Alegre oferece abrigos para as pessoas que moram na rua e embaixo das pontes e viadutos, mas grande parte desse povo não quer saber em morar em abrigos públicos, muito melhor transformar o espaço público em lar. Ou seja se privatiza o espaço público para uso privado. Um dos princípios fundamentais da cidadania é a dignidade da pessoa humana. Todos devem ter o direito de uma vida digna. E uma vida digna não é viver embaixo da ponte.

2 comentários:

charlie disse...

Ainda quando estava na polícia percebi que boa parte dos mendigos preferem a "liberdade" de pernoitar em uma praça ou sob uma ponte do que em um albergue municipal. Cabe a administração da cidade impedir que espaço público se torne a residência de alguém...

Fábio Mayer disse...

São duas coiss tristes nessa notícia:

a) A incompetência da prefeitura, que embarca no discurso coitadista de não mexer em pobre porque ele "tem direitos", mesmo que esteja cometendo o crime de invasão de coisa pública;

b) A constatação de que o povão ODEIA coisas limpas e bonitas, quebrando postes de iluminação, pixando e destruindo coisas públicas.