Representante da delegação chinesa dorme em conferência da Eco 15.
A Eco 15 ainda não terminou. As razões do fracasso -- que dizem vai acontecer -- das negociações podem ser analisadas de diversos ângulos. A versão do lado ambientalista é a seguinte:
Por Nelson Tembra, engenheiro e consultor ambiental, pescado do Terra Magazine:
Motivos que evitaram um novo acordo global na COP-15, em Copenhague
Não seria preciso ser esotérico para prever o fiasco da COP-15 nas negociações para um novo acordo climático, diante da resistência de países ricos e desenvolvidos, especialmente os Estados Unidos, e ao analisarmos os resultados práticos não obtidos após uma longa série de reuniões climáticas infrutíferas se realizando ao longo de quase quatro décadas.
Aliás, a COP-15 é apenas a última de uma série que teve início com a 1ª Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Depois, vieram a Eco-92, no Rio de Janeiro, em 1992, a COP-1 na Alemanha, em 1995, a COP-2 na Suíça, em 1996, e finalmente, em 1997, na cidade de Quioto, no Japão, foi realizada a terceira Conferência das Partes (COP-3), que a essa altura do campeonato já deve estar no necrotério.
A realização dessas reuniões sugere que teria havido um aumento significativo da consciência ambiental nos últimos anos, no entanto, não inspirou mudança de comportamento. Os países “desenvolvidos” ainda resistem em alterar seus hábitos de crescimento econômico, sobretudo quando isso traz reflexos diretos em seus bolsos. Falar em desenvolvimento social, então, nem pensar, e dizer que o planeta não tem mais o que crescer, muito menos.
Isso tudo poderia reforçar a tese levantada por Peter Joseph em “Zeitgeist, O Filme”, lançado online livremente, via Google Vídeo, em Junho de 2007, onde são apresentadas teorias de conspiração relacionadas ao cristianismo, aos ataques de 11 de setembro e ao Banco Central dos Estados Unidos.Na terceira parte do filme, por exemplo, focaliza-se o sistema bancário mundial, que estaria nas mãos de uma elite de famílias burguesas, que deteriam o verdadeiro poder sobre todos os países a eles associados e na conspiração, para obter um domínio mundial total, eles já teriam modelado toda a mídia e cometido diversos crimes, muitos deles apenas “encenações para fins ocultos”.
O Banco Central dos Estados Unidos teria sido criado para roubar toda a riqueza. Como exemplo, é demonstrado o lucro obtido pelos bancos durante a Primeira Guerra Mundial, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra do Vietnã, do Iraque, do Afeganistão e até a futura invasão à Venezuela para a obtenção de petróleo e o comércio de material bélico.
Estariam secretamente criando um governo unificado, exércitos, moedas e poder unificados, que serviriam apenas aos interesses dessa elite. O aspecto mais impressionante disso tudo é que tais mudanças seriam aceitas pelo próprio povo naturalmente e pacificamente, pois ele estaria sendo completamente manipulado pela mídia.
Em outubro do ano passado foi lançado um segundo filme, continuação do primeiro, chamado “Zeitgeist Addendum”, onde se trata da globalização e manipulação do homem pelas grandes corporações e instituições financeiras.
Esse segundo filme parte da premissa que todo o nosso sistema financeiro mundial foi criado e é mantido para que se perpetuem as diferenças sociais, para que os mesmos detentores da produção de moedas em fábricas se mantenham sempre no controle das finanças mundiais.
Ao longo da história, muitos presidentes latino-americanos foram dados como ditadores ou comunistas, sendo depostos e até mesmo mortos para que novos governos fossem formados e o mundo ficasse livre do “medo” e de “déspotas como estes”.
Na verdade, os governos norte-americanos, durante anos, influíram e insistem em continuar influindo em governos de outros países, principalmente nos da “América Latrina”, para que eles não adotem políticas econômicas e sociais que prejudiquem os interesses econômicos das grandes empresas e das poderosas corporações norte-americanas.
E é exatamente nesse sistema monetário que está a base de nosso mundo violento, com as profundas diferenças sociais existentes. E é justamente por esses motivos que devemos sempre divulgar a informação, para que isso tudo não se perpetue em subjugação. Não me importa que me chamem de idiota, mas fico verdadeiramente furioso quando pensam que sou.
♦ Nelson Tembra é agrônomo e consultor ambiental
9 comentários:
A tal calota aumentou. No hemisfério norte é o inverno mais frio da década. Em compenhage todo mundo congela enquanto discute o aquecimento. É hilário.
Charlie, falar em clima citando o período de um ano é inútil. O que importa é a direção das coisas - A calota aumentou esse ano, mas vem diminuindo há vários. O que dizes é o mesmo que se eu dissesse que um veranico em junho é prova do aquecimento global.
Melhor analisar as coisas com um pouco mais de profundidade. E em Copenhagen neva todo o ano, no inverno.
http://www.news.com.au/antarctic-ice-is-growing-not-melting-away/story-0-1225700043191
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u626403.shtml
"A paper to be published soon by the British Antarctic Survey in the journal Geophysical Research Letters is expected to confirm that over the past 30 years, the area of sea ice around the continent has expanded."
Legal, Charlie.
Só falta eu entender mais o que eles falam no artigo, especificamente:
- o "sea ice" não contribui no nível dos oceanos, já que não é gelo da calota polar, mas gelo desprendido da calota;
- O "sea ice" aumentou no leste da antártida, mas no oeste houve diminuição, e a conclusão é que o nível geral não se modificou;
No final, o parágrafo que citaste, dizendo que o "sea ice" aumentou.
Tudo muito interessante, mas muita areia pro meu caminhãozinho.
guimas:
" o "sea ice" não contribui no nível dos oceanos, já que não é gelo da calota polar, mas gelo desprendido da calota;"
Esse é fácil explicar por uma experiência que se fazia antigamente no colégio. Pegue um copo de água e coloque pedras de gelo nele. Marque a "linha d'água". Espere o gelo derreter e verá que não houve aumento nessa linha. Isso acontece porque o gelo imerso na água é... água congelada. Faz parte do todo. Os gelo no continente não. É algo a mais "no copo" seria como se nesse mesmo copo depois de marcarmos a linha d'água colocássemos mais pedras de gelo lá.
Não sei se consegui explicar bem...
Explicou bem, Pablo, mas eu já sabia o que significava isso. O que eu não sei é como isso toma parte no contexto geral do aquecimento global. Até onde eu já tinha lido, esta pode ser uma parte pequena da explicação das consequencias do aquecimento. Mas, digo de novo: não tenho conhecimento suficiente para entender o "global warming" como um todo. Por isso não opino, fico só de orelhas em pé.
Não existe consenso nem entre cientistas.
Guimas - Você não é diferente de 99% das pessoas. O que eu acho mais incrivel é que você sendo uma pessoa inteligente, prefere ficar a margem do debate, enquanto pessoas que não possuem conhecimento nenhum advogam por um lado ou pelo outro. Eu estudo esse fenômeno a pelo menos três anos. Não sou cientista, mas não sou burro.
Ontem vi um vídeo de um Lord inglês cético que pegava pessoas, partidários do Greepeace e outros grupos "ambientalistas" e lhes fazia perguntas básicas sobre o aquecimento global.
Era de ficar constrangido com as respostas, ou melhor, a falta de respostas das pessoas.
Ficava claro que a maioria estava ali simplesmente seguindo uma ordem, seguindo um bando, sem a menor identidade própria.
Ortega y Gasset definiu bem esse fenômeno de "homem massa" e para mim esse é o mal do milênio.
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