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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dilma Fala Grosso na Cop 15


Minc e Dilma, o time brasileiro na Cop 15, que insiste na responsabilidade histórica dos países ricos para controlar a emissão de gases de efeito  estufa.

Quem é Que Vai Pagar a Conta?

O que se discute na Cop 15 é dinheiro. Quem é que vai despejar dólares e euros para o fundo global de combate às mudanças climáticas? A ministra Dilma resolveu falar alto e classificou de absurda e escandalosa a proposta de que os países em desenvolvimento devem também arcar com esses gastos, mas os países em desenvolvimento também não poluem, Sra Ministra?

Disse ela:

"Sinto uma inversão de responsabilidades aí. Digam quanto vocês (os países desenvolvidos) vão colocar (no fundo), a responsabilidade é de vocês. Aceitar que desenvolvidos e em desenvolvimento tenham o mesmo tratamento é um escândalo".

Na verdade, o que se discute é qual a contribuição de cada país (desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos) no bolo que vai se formar com o tal do fundo global. E também como essa grana pode ser retirada para financiamento das medidas para a defesa ambiental.

Os países ricos querem que o dinheiro do fundo seja reservado para os países mais pobres. O Brasil entende que também pode ter acesso a esses financiamentos.

Sobre o assunto disse a Dilma:
"Hoje, no Brasil, estamos nos financiando com dinheiro próprio. Estamos fazendo a nossa parte. Se houver financiamento (internacional), vamos fazer mais rápido", disse a ministra. "Quem achar que tem dinheiro, que contribua. Mas tem de ter muito dinheiro ou então não cumpre as próprias metas. Nós não vamos dar um passo maior que a perna."

Leio no Estadão que o Protocolo de Kyoto   fala em responsabilidades históricas dos ricos pelas emissões e, como consequência, a parcela maior de sacrifício também caberia a essas nações industrializadas.


"Eles (os países desenvolvidos) não aceitam. Eles contornam essa questão. Mas não é possível ir adiante sem falar nisso", disse Dilma. "É um absurdo pensarmos em abrir mão da responsabilidade histórica", respondeu a ministra ao ser questionada se os países em desenvolvimento poderiam esquecer a questão em nome de um acordo maior. "O que está em jogo é se acreditamos ou não que houve acúmulo de emissões, que não há diferença per capita, se há pobreza ou não. Se eu puder passar por cima de tudo isso eu transformo todos os países pobres em ricos, abro mão de tudo que vamos negociar. Não poderia nem voltar para casa."
Ninguém abre mão da convenção e ninguém abre mão do Protocolo de Kyoto"..


Algumas das negociações em Copenhague sugerem abandonar Kyoto - o que agradaria aos Estados Unidos e outros países ricos. O protocolo é o único instrumento legalmente vinculante da Convenção, que estabelece as metas obrigatórias de redução de emissões para os desenvolvidos. Os EUA nunca ratificaram o protocolo e não aceitam participar dele, segundo o Estadão.

5 comentários:

Terráqueo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Terráqueo disse...

Excluir comentário de: Depósito do Maia


Terráqueo disse...
Essa é uma questão muito delicada, cujo consenso acredito somente ocorrerá quando a temperatura da Terra estiver pelo menos 1C mais alta. Qual percentual deverá ser custeado pelos países ricos e pelos países em desenvolvimento? Pessoalmente acho que essas duas categorias deveriam contruibuir com proporações diferentes. Somente deveriam estar fora desse cômputo os países pobres ou utilizando a denominação politicamnte correta, menos desenvolvidos. A China e Índia que são dois dos maiores poluidores recusaram-se a esse tipo de compromisso é ridículo. Até mesmo o Brasil, cujas industrias paulistas exportam CO2 até para a longínqua Australia

Terráqueo disse...

Errata:

A China e a Índia que são dois dos maiores poluidores recusarem-se a esse tipo de compromisso é ridículo. Até mesmo o Brasil, cujas indústrias paulistas exportam CO2 até para a longínqua Australia

PoPa disse...

Este discurso da "responsabilidade história" cola bem por aqui, com quilombolas e terras indígenas, com cotas e outras bobagens...

senna madureira disse...

Maia, velho amigo

A Dilma "esverdeou" de uma hora para outra ?

Tem gente que não ter vergonha na cara.

A Dilma já começou a dizer bobagens, querendo pular fora de contribuir com o Fundo.

Se tem dinheiro para emprestar ao FMI tem que haver dinheiro para isso, certo ?

Se deu mal a Dilma, ponto para Marina.