Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O Negociador e o Ponto da Discórdia


Entidades ambientais convocam o  "negociador" para debater  na Cop 15.


Lula é a Grande Marca de Seu Governo

Se existe algo que admiro no Lula é o espírito conciliador. Ele sempre gostou de negociar. Temos de concordar e reconhecer: o  "cara" é um bom participante em mesa de negociações. A grande virtude do governo Lula  é o Lula. É que o "filho do Brasil"  tem bom trânsito com entidades que são meio intransigentes, refratarias, intolerantes e reacionárias. E o mundo avança mitigando, ponderando, havendo sensatez nas conversas. 

E esse espírito conciliador do nosso presidente já é de conhecimento mundial.  Lula -- dizem os jornais que certa esquerda não gosta -- é tido como peça chave nas mesas de negociação da Cop 15. Sabedor disso, o  Barack Obama -- que não é bobo -- ligou para o Lula para impulsionar  um resultado positivo da cúpula sobre mudança climática que acontece em Copenhague.

Segundo a Folha:

"O presidente Obama destacou ao presidente Lula a importância de os dois países continuarem trabalhando para conseguir um acordo concreto que signifique um verdadeiro progresso e determinar uma ação global para enfrentar a ameaça da mudança climática", segundo informu a Casa Branca. "

Na conversa, Obama disse que o Brasil tem um papel-chave. E tratou sobre as medidas tomadas pelos EUA e sobre o compromisso para um acordo em Copenhague, em respeito à redução das emissões, o financiamento e um regime de cumprimento transparente e internacionalmente observável.

O ponto de discórdia não diz respeito apenas aos valores para formação do  fundo ambiental e as condições de financiamento, mas também prazos para que os países desenvolvidos se adequem às novas regras.  Os EUA não concordam com as datas propostas.  Quer mais prazo.

Washington tinha oferecido reduzir suas emissões de CO2 em 17% até 2020 em relação a 2005, o que representa 4%, em comparação com os parâmetros usados pela União Europeia (UE) e por outros países industrializados, que partem de 1990.

Na terça-feira (15), o enviado norte-americano para as mudanças climáticas, Todd Stern, disse que os EUA não pretendem aumentar, suas metas de redução de emissões de gases-estufa até 2020.
Stern também defendeu a oferta que apresentaram para a redução das emissões de gases estufa, que, de acordo com os americanos, é "comparável às demais" e, em alguns casos, até melhor que a da UE --apesar de ser, na prática, inferior.

Com esse ponto de partida dos EUA e diante do bloqueio atual das negociações na cúpula, a única solução é que os mais de cem chefes de Estado e de governo que começaram a chegar à capital dinamarquesa assumam diretamente as negociações, disse Ampugnani.

A questão não parece difícil de ser superada. Tem de sentar na mesa, conversar, mitigar, ponderar e, sobretudo, conversar. Lula, o negociador, vai tentar convencer entidades mais refratárias a um acordo a dar mais prazo para os EUA. Essa é a sua importância.Afinal, é assim que se soluciona os impasses. Os avanços ocorrem sempre assim.


Lula convenceu o ex"tucano" Michel Temer a aderir para o seu lado. O espírito conciliador do Lula é  a grande virtude de seu governo.

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