Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Sorte de Ser Viúva



Um Bom Livro Para o Ano-Novo

Nestas merecidas férias de fim de ano gosto de devorar livros. Atualmente estou abocanhando a viúva Clicquot. Sim a viúva que dá o nome ao famoso e caro champagne. Trata-se da vida de Barbe Nicole Clicquot de Ponsardin que nasceu um pouco antes da revolução francesa. Ela tinha 11 anos em 1789 e era filha de burgueses industriais -- não de vinhos e champagnes -- da indústria têxtil. A família era proprietária do famoso Hotel Ponsardin, no centro de Reims, no coração da região de Champagne, França.   Barbe-Nicole se casou com  François Clicquot, de família de vinicultores que tinha extensa propriedades na área nobre da Champagne. François morre, de febre tifóide, aos 30 anos. E a viúva assume o comando da indústria de champagne, que era uma novidade e estava em ascensão apesar das limitações impostas pelas guerras napoleônicas. Napoleão era grande amigo do concorrente, os Möet que tinham mais facilidade nos comércios e nas complicadas exportações.

Barbe-Nicole, por ser viúva, tinha mais condições de administrar do que uma mulher casada, que necessitava sempre da outorga do marido, na época do código napoleônico. Mas o mercado não era para qualquer um. A viúva aprendeu, com as complicadas vicissitudes e limitações daquela época, a linguagem e o segredo do bom negócio.

O livro - editado no Brasil pela Rocco --  da americana, fanática por champagne, Tillar Mazzeo, é bem interessante exatamente por isso, porque mostra como era o comércio e o mercado na França pós revolução francesa e as dificuldades e preconceitos  que as mulheres carregavam. Uma coisa parece ser certa, Barbe Nicole, a Viúva Clicquot, não teria feito o sucesso que fez, se não fosse viúva.


Barbe Nicole Clicquot Ponsardin, a veuve Clicquot.

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