No engarrafado trânsito de Porto Alegre nesta quarta-feira, véspera do feriado farroupilha, sintonizei a rádio gaúcha neste início de tarde e escutei as ponderações do secretário Aod Cunha da Fazenda que está em Brasília resolvendo os problemas das finanças gaudérias. Aod teve encontro com o ex secretário da Fazenda do RS na época do governo Olívio, Arno Augustin que negou ao RS o repasse de investimento em estradas. Péssima notícia, porque seria uma receita extraordinária que -- tão cedo -- não vai ingressar nos cofres públicos.
Mas o que me chamou a atenção - e o fato revela a imensa gravidade que passa o Estado gaúcho - é que a despesa com pessoal, com os servidores do RS, aumentou de 2006 para 2007 em 14%. Isso mesmo 14%. E não houve nenhum reajuste, mas a despesa aumentou.
Impossível, completamente impossível que este Estado --que detém o récord nacional de gastos com servidor público e com aposentadorias e pensões -- consiga fazer grandes investimentos imediatos em educação, saúde, emprego e segurança. É necessário, em primeiro lugar, arrumar o caos financeiro. Quanto tempo isso demorará?
O RS caiu numa areia movediça e não existe galho onde se possa segurar.
Um comentário:
O bizarro é que esta pendenga realmente foi levantada por Augustin quando era secretário do Olívio. Não conseguiu convencer a ele mesmo... Mas, claro, todos sabemos da penúria do governo federal!
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