Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Ganhou o brasil medieval


Ganhou o brasil medieval, o brasil arcaico, o brasil do coroné, o brasil do atraso que acha normal um lobista de uma empreiteira pagar pensão para o senador. Ganhou o brasil da banda podre que os governos de plantão (PSDB e PT) gostam de se aliar (gozado, nesses momentos lembro da concertación chilena). E o governo do PT foi complacente com o resultado. Não fez força nenhuma para que Renan fosse cassado. Enfim, participou. O governo que prometeu ao Brasil um país decente. Foi péssimo para o governo do PT esse resultado. Pegou muito mal. E não venham depois colocar a culpa na mídia.

6 comentários:

PoPa disse...

Eu acho, Maia, que o governo do PT fez muito para que Renan não fosse cassado. A razão pode aparecer em poucos dias, se ele se licenciar (não renunciar) à presidência do Senado. Desta maneira, Tião Viana, do PT fica de presidente do Senado por tempo indeterminado. Se houvesse a cassassão, ele assumiria e, em cinco dias, teria que fazer eleição. Com a CPMF chegando, seria um caos para o governo. Já pensou o que ele (governo) teria que ceder para conseguir esta boquinha?

Anônimo disse...

Eu gosto destas situações "lose-lose" que os anti-petistas põem: se o governo não interfere, é complacente com a corrupção. Se interfere, está violando a independência dos poderes e demonstrando autoritarismo.

Acho que a questão é bem mais simples: se for por decência, por que cassar só o Renan? Se for or decência, por que a mídia ataca seletivamente somente alguns personagens?

Esse foi mais up "top top top" pra essa mídia fajuta que está aí.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Se não fosse a mídia "fajuta e golpista", Guimas, ninguém saberia que um lobista da Mendes Júnior paga as contas para o Calheiros. Nossa mídia não é bolivariana, mas republicana. O governo e os petistas poderiam e deveriam sim, nos bastidores, fazer movimentos pela cassação. Fizeram pior, deram apoio a Calheiros. Não sei, pampa, se Calheiros vai se licenciar. O problema é que essas questões estão obstruíndo a pauta de votação legislativa e tudo isso poderia ter sido resolvido ontem. Mas não foi. E o governo não fez força alguma para evitar o pior.

Anônimo disse...

Opa! Vamos então fechar a Polícia Federal, o Ministério Público, quem sabe até o Judiciário, já que é a mídia que denuncia, e, atualmente, julga e condena!

Permanece a questão. Se a mídia é tão boa assim, onde está a indignação contra o senador Azeredo, pra lá de enrolado no Valerioduto? Onde está a investigação e a denúncia da lista de Furnas, que convenientemente está enterrada, morta, e não se fala mais nisso?

Pfft, Maia. É a famosa indignação seletiva. E a piada do dia fica por conta de que a nossa mídia agora é republicana. Boa, me fez cair da cadeira de tanto rir.

Anônimo disse...

Via Campesina faz marchas pela Reforma Agrária no Rio Grande do Sul

Esta semana movimentos sociais que integram a Via Campesina realizam três marchas no Rio Grande do Sul. As marchas partem das regiões onde estão localizados os acampamento do MST e seguem em direção à Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul. Hoje, dia 12, a marcha que saiu da região metropolitana passa por Porto Alegre onde os trabalhadores realizam um ato em frente ao Palácio Piratini.

A Fazenda Guerra foi escolhida como destino para as marchas por se tratar de uma terra símbolo do modelo do agronegócio. A Fazenda ocupa uma área de 9.000 campos de futebol, ocupando 30% do território do município de Coqueiros do Sul. Apesar do tamanho, gera apenas dois empregos fixos e outros 20 temporários. Em impostos, a Fazenda Guerra contribui para Coqueiros do Sul com a mesma arrecadação que quatro aviários de pequenos agricultores. Além de dirigir toda sua produção para a exportação.

As marchas são motivadas pela lentidão do processo de Reforma Agrária no estado. Atualmente no Rio Grande do Sul, 2.500 famílias permanecem acampadas a espera de um pedaço de terra. Algumas há mais de já se encontram nessa situação há mais de cinco anos. Nesse mesmo período apenas 800 famílias foram assentadas.

Se por um lado a lentidão em se fazer reforma agrária é resultado da política agrária do governo federal, que não deu conta de assentar as 140 mil famílias acampadas pelo país, por outro, também existe uma política de desmonte das políticas sociais e retirada de direitos por parte da administração da governadora Yeda Crusius.

O gabinete de reforma agrária foi extinto e não há, hoje, qualquer órgão público responsável pela reforma agrária no governo do estado. As ações dos movimentos sociais no mês de abril demonstraram na prática que a única política para as questões sociais no Rio Grande do Sul é a repressão policial e a criminalização.

PoPa disse...

Por favor, alguém cite ações do Gabinete da Reforma Agrária nos governos anteriores, desde sua criação. Vão achar... nada!

E a via campesina bloqueou a entrada da VCP (rica, mas nacional), impedindo 200 trabalhadores de chegarem a seus postos de trabalho. É justo? É legal? Vamos invadir uma propriedade que nada produz, mas vamos invadir também as que podem produzir e tirar espaço dos movimentos ditos sociais?