Fiquei sabendo agora, lendo o diario gauche que 'Porto Alegre abriga 82 urnas para o Plebiscito Popular para Anulação do Leilão da Companhia Vale do Rio Doce. As urnas estão localizadas em sindicatos, escolas e locais públicos como a rodoviária central, a praça da Alfândega e na Esquina Democrática.'
E mais, o tal do plebiscito particular (é particular, porque não é público e nem oficial) consullta a população sobre a permanência dos pedágios, o preço da energia elétrica, a reforma da Previdência e a dívida externa.
Alguém duvida qual vai ser o resultado?
É evidente que o vivente não quer pagar pedágio, quer pagar menos pelo preço da energia elétrica e quer manter os seus direitos previdenciários. Mas o que o vivente, o homem comum sabe sobre a Vale do Rio Doce? A idéia que se passa é que a União passou esse patrimônio para um grupo privado de 'lambuja', a preço de banana, mas ninguém diz que as reservas continuam sendo da União que concede à iniciativa privada a sua extração.
É por isso que um plebiscito que é submetido a vontade da universalidade das pessoas deve ser sempre oficial e nunca particular. Oficial, porque teve ser precedido de campanhas de esclarecimentos acerca das opções. O povo, para votar, deve estar suficientemente esclarecido, como ocorreu com o plebiscito do desarmamento.
Outra perguntinha, por que o governo do PT não revoga a concessão da Vale? As reservas não pertencem a Vale do Rio Doce, as reservas pertencem a União, ao povo brasileiro. A Vale continua sendo nossa, apenas sua exploração é feita por empresa privada. Será que colocando uma estatal na gerência haveria alguma mudança para o povo brasileiro? O povo brasileiro é testemunha de como os recurso de uma estatal pode ser usado para manter um partido no poder. Será que não é isso o que almejam os sectários da ignorância?
Se isso não é demagogia, o que é demagogia?
Nenhum comentário:
Postar um comentário