Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sábado, 8 de setembro de 2007

A África de Idi Amin Dada


A África é um continente fascinante, mas por que ela não dá certo?

Assisti ontem , em DVD, ao primeiro filme de ficção do diretor Kevin MacDonald (Oscar 99 pelo documentário: “Um Dia em Setembro”) sobre Idi Amin Dada, O Último Rei da Escócia.

Recomendo por vários motivos: a história é real e interessante, o roteiro é bom, e o Forest Whitaker - que ganhou o Oscar de melhor ator neste filme - está magnífico como Amin.

As histórias se repetem na Africa: Ruanda, Uganda, Angola, Congo são países recorrentes em massacres, genocídios, guerra civil. Enfim, as barbáries.

Amin tinha carisma. Era um homem engraçado. Não admitia crítica. Paranóico ele duvidava de todos e mandava eliminar. 300 mil ugandenses de diversas tribos morreram de 1971 a 1979. Amin foi um genocida que -- não sei exatamente porque razão, gostava da Escócia.

Anderson inseriu no roteiro um personagem interessante. Um médico escocês recém formado que após a formatura fecha os olhos e gira o globo - o país escolhido é Uganda. Lá vai ele para a aventura.

O Cloves Geraldo, jornalista do Vermelho (site do PC do B), achou o filme tri preconceituoso.

Diz ele, é a visão americanófila e ocidentalista sobre os tadinhos africanos. A questão é econômica, aquele povo sempre foi explorado, etc. etc. etc.

Não é bem assim, Cloves, a África é um continente que se nega -- por diversos complicados motivos -- a ingressar no rumo da cidadania e da civilização. A culpa pode ser externa, mas também é interna.

Recomendo o filme.

3 comentários:

PoPa disse...

Sem dúvida a culpa maior é interna, mas ao final da segunda guerra, a Onu resolveu colocar fronteiras sem respeitar tribos e etnias. Deu em uma guerra infinita!

Anônimo disse...

Concordo com o pobre pampa. Antes do colonialismo, ou o proprietário deste democrático blog, esqueceu que a África foi um continente colonizado? As froteiras existiam, mas eram demarcadas por rios, montanhas, árvores et caterva. Aí veio o colonizador e passou uma régua, criando fronteiras onde elas não existiam. Esta é apenas umas das causas dos conflitos étnicos lá existentes. Isto também ocorre no Oriente Médio, foram criadas fronteiras onde não existiam. Sem falar na espoliação, em nome da modernidade (Revolução Industrial).

Carlos Eduardo da Maia disse...

A Africa foi um continente colonizado assim como o Brasil e a Austrália. Mas tanto Austrália como o Brasil seguiram uma linguagem de desenvolvimento que a Africa -parece- não quer aprender. Não aprende porque não ensinaram, não tiveram interesse em ensinar, porque não existem recursos econômicos e humanos para ensinar. É evidente que a colonização, a espoliação, a exploração da África pelo ocidente é motivo desse atraso. Mas esse não é o único. Existem outras causas intrínsecas - que o discurso politicamente correto insiste em omitir ou sonegar. Há um choque de civilizações e a questão é a seguinte: pode o ocidente civilizado impor uma sociedade civilizada na África? Assim como tenta impor no Iraque?