Muito discuti a questão do trabalho (arbeit) e sua precarização diante dos tempos pós fordistas com o professor e sociólogo Giovanni Alves, editor de alguns livros sobre precarização do trabalho e professor do campus de Marília-SP, na lista globalization há dois ou três anos. A crise do pensamento de esquerda, marxista ou marxiano está exatamente ai, na compreensão do mundo do trabalho pós fordismo. O próprio toyotismo e suas flexibilizações não foi muito bem assimilado pelos pensadores de esquerda, porque estes ficam presos a aspectos mecânicos típicos do pensamento do século XIX na base do "pão pão queijo queijo". Além disso, esse transição do mundo do trabalho foi aspecto importante na derrocada do império soviético, como bem refere o professor Angelo Segrillo no livro "A Derrocada do Império Soviético, editado pela Record. O mundo mudou e, ainda bem que mudou. Mas o que me impressiona é que certos scholars da velha esquerda ainda acreditam na extinção do Estado, ou como diz Istvan Meszarós, o Estado ainda pode fenecer (beyound capital, Além do Capital, editado no Brasil pela Boitempo, da namorada do reaça do Sader). E fico impressionado quando um pensador do naipe do filósofo Gorz (1923-2007) vem falar dessa mesma baboseira, ele que acompanhou de perto o desastre da antiga DDR. Se existe um Estado razoavelmente eficiente e que funciona é o Estado alemão, que sempre teve uma grande tradição no serviço público e no direito administrativo com grandes juristas. Mas o mundo tem que mudar, não se pode concentrar capital no mercado financeiro, como hoje ocorre. Infelizmente, nossas cimeiras que reunem grandes chefes não conseguem ir além, porque somos governados por um império chefiado por um troglodita. O mundo em compasso de espera do fim do mandato de George W. Bush. Tudo emperrou nele.Que saudades do Bill.
(o terno acima é uma obra de Joseph Beuys)
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