Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Estatísticas


Os dados estatísticos são concretos, objetivos. É a matemática pura, a ciência exata, o" pão pão queijo queijo." Os dados estatístisco são o termômetro, a medida para se saber se a política econômica de um determinado governo está ou não está dando certo. Nesse sentido, apesar de tudo, o governo Lula vem acertando, porque vem incluíndo -- apesar do vício do assistencialismo -- pessoas em um melhor padrão de vida.


Mas não se pode descartar, também, que Lula apenas continua a mesma política de seu antecessor. Não há como negar isso. E esse fato objetivo é também uma demonstração de que o Brasil está consolidando a democracia. É claro que muitos passos este país tem que dar. Estamos engatinhando, ainda, na convivência democrática, como se viu na votação secreta e medieval do processo do Calheiros.


Mas a vida segue, o Brasil continua e o IBGE, essa importante autarquia, anuncia os novos números estatísticos e o país está acertando: a renda média do trabalhador brasileiro cresceu 7,2% entre 2005 e 2006 e beneficiou principalmente a metade dos brasileiros que ganham menos. Esse índice foi o maior em um ano registrado desde 1995. Na média, o trabalhador ganhava R$ 824 em 2005, enquanto em 2006 recebeu R$ 883.


Por outro lado, o Brasil tem de resolver, de vez, a questão previdenciária: Mais da metade dos trabalhadores brasileiros não contribui com a previdência social brasileira, apesar do crescimento de 1,4 ponto percentual dos que integravam o sistema entre 2005 e 2006. Isso quer dizer que 51,2% da população ocupada, ou 45,8 milhões de trabalhadores não possuem garantias previdenciárias. O índice dos que contribuem passou de 47,4% para 48,8 e somam 43,6 milhões.


O problema é que o Brasil inteiro está parado e as reformas necessárias não saem do papel, porque o Senador Calheiros resolveu pagar a pensão de sua filha por um lobista da Mendes Júnior. É o Brasil medieval que emperra nosso futuro.

3 comentários:

Anônimo disse...

O problema é sempre não o instrumento, mas o uso dele. Por exemplo, as médias nada ou pouca coisa medem, em uma sociedade complexa como o Brasil. O fato da rede média do trabalhador ter crescido pode indicar que qualquer uma das classes está ganhando mais, desde os mais pobres, aos mais ricos. Os ricos ganhando mais pode influenciar na média geral, dando um dado ilusório.

O mais correto seria escalonar os diferentes estratos da sociedade, para daí tirar conclusões mais concretas...

Daí vermos todos os dias o governo ser sempre melhor e pior que os outros. Basta escolher o ponto de vista, que o resultado virá

abração,

Carlos Eduardo da Maia disse...

Mas acho, CAtatau, que essa pesquisa identificou onde a renda cresceu e foi nas camadas mais carentes e isso é bom e significativo. A pesquisa não é genérica, mas escalonada. É assim que trabalha o IBGE. E assim tem que ser. Os ricos -- em qualquer economia capitalista -- sempre vão ganhar mais. Isso faz parte do sistema, faz parte do pacote. Por isso o Estado é importante e o serviço público, de qualidade e eficiência, é importante. Abraçoooo

Anônimo disse...

opa, a propósito, te convidei para uma corrente sobre livros, rsss